Capítulo 3

1390 Words
Kendell Blande. Eu não sou nenhum saco de batatas, mas ele me trata como se eu fosse um. Ele me mete no carro, e tranca logo em seguida, indo entrar do outro lado. - i****a. - balbuceio. - Coloque o cinto. - ele diz, iniciando o carro. Sem me dar a mínima. E eu não o faço! Não sou empregada dele. Vejo ele jogar a cabeça para trás, ele faz isso quando está irritado, mas nem razão tem, quem deve estar irritada aqui sou eu! Ele pega o cinto, e passa por mim, o fechando em seguida. - Você é um i****a! - digo irritada. - E você muito teimosa. - ele diz e eu reviro os olhos. - Não estava tratando de negócios? Porquê veio até aqui, porquê não volta? - questiono indignada. - Quando eu chamo, você responde. - ele diz e ah, isso foi porque eu não respondi o senhor Liam, quando ele me chamou na luxuosa sala dele? Olhem o homem. - Não sou obrigada! - respondo. - Para esse carro, eu não quero ficar no mesmo lugar que você. - falo com raiva. - Mas que p***a! - ele esbraveja. - Dá para você escutar e parar de ser infantil? - ele questiona e por alguma razão eu calei. Tudo o que eu quero é o meu buscopan, minha dor só aumenta! E ele só está aumentando mais. - Ótimo. - ele diz e eu reviro os olhos. - Eu não quero te ouvir, muito menos falar com você agora. - falo e parece que ao menos isso ele ouviu. E fomos o caminho inteiro em silêncio, quer dizer, só ressoava o som de eu mastigando os folhados deliciosos. • Chegamos, e eu logo saio do carro e entro no monstral. - Kendell! Tudo bem? - a dona Otilinha cumprimenta assim que me vê entrar. - Oi, dona Otilinha! - a saúdo! - Não está nada tudo bem, na cozinha tem remédio para cólica? - questiono e ouço o Liam entrar logo em seguida. - Tem sim! - ela responde e eu assinto aliviada. - Senhor Liam, já chegou! Como está? - ela questiona surpresa. Essa não é a hora do Liam voltar. - Eu desço daqui à pouco dona Otilinha! - falo e ela assente. - Tudo bem! - ela responde. Corro para ver os meus mini pestinhas, que estão dormindo como previsto, devem ter brincando à bessa na escolinha. Os gostosos só chegam daqui à duas horas. Após os conferir vou para o quarto, preciso de um banho, um remédio e distância do chefinho, que hoje eu não estou bem! Ouço ele vindo, e corro para o banheiro trancando a porta. Me julguem depois. - Kendell! - ele me chama. - Liam, me deixa. - digo, tirando a minha roupa. Ele não fala nada por uns segundos e depois diz: - Eu disse para a Joana trazer o que você precisa para às cólicas. - ele diz e argh, que raiva. Ora ele é o senhor preocupado, outra é o grunho. Eu estou de TPM, não baralha ainda mais o meu humor, chefinho. - Não precisava. - respondo. - Mas obrigada. - digo e vou para o chuveiro. • Anônimo. Eu sinto, sinto que é ela. - É ela, eu tenho certeza. Seria demasiada semelhança se não fosse. - Eu também acho, mas precisamos de provas e não apenas semelhanças para intervir. - Ela ficaria assustada. - Nós somos da mesma classe que os Blande, nos aproximar deles não deve ser difícil. - Deus queira que seja ela. Eu estou prestes à infartar. • Kendell Blande. Me vesti e tudo com o meu pijama de coelho igual ao da Kelly, e saio do closet. Ao menos ele já não está no quarto. - Pode me contar tudo do começo. - a Joana diz entrando no quarto com uma bandeja. - Nem enche, Joana. - digo pegando a bandeja, deixando na cabeceira. - Que está de TPM, eu já sei. - ela diz me fazendo revirar os olhos. - Foi o teste que você disse que tinha hoje? - ela questiona enquanto eu tomo o comprimido. - Também! - respondo. - O Senhor Liam também está com aquela cara. Já não sei quem está certo ou errado. - ela diz enquanto eu pego a bandeja e o copo, indo para a porta e ela me segue. - A Alicia estava lá na empresa dele. - falo enquanto saímos. - Ah! - ela inspira desacreditada. - Porquê? Foi ver o Senhor John ou confundiu o caminho do shopping? - ela questiona e eu riu com a última pergunta. - Foi o mesmo que eu questionei. - digo indo em direção às escadas. - Ela disse que estava tratando de negócios, com o chefinho. - digo inconformada. - Ela trabalha? - ela questiona debochada. - Achei que o único serviço dela era correr atrás do Senhor Liam. - ela diz e eu riu revirando os olhos. - E como se não bastasse, aquele teste me deixou com uma dor-de-cabeça do c*****o, estou com umas cólicas dos infernos, e ele ainda ousou me chamar de infantil. - desabafo frustrada. - Ele foi te arrastar da empresa dos Louis, né? - ela afirma o óbvio, visto que voltei com ele e não com o carro que eu saí. - Então, eu acho que você deve ir lá e ouvir. - ela diz e eu apenas a encaro. - O que foi? Para de ser sonsa mulher e vai logo. - ela diz querendo me arrancar a bandeja. - Para de me atazanar e vai você atrás do Loan. - digo e é a vez dela de revirar os olhos. Hamn, falar das minhas coisas é bom, né? Senhorita Joana. - Não me fala daquele homem. - ela diz e ai, como eu me divirto com essa história. - Kendell. - o chefinho me chama, assim que me vê descendo, já que ele ia entrar no escritório dele. - Eu vou levar isso, com licença. - a Joana traidora diz levando as coisas da minha mão e saindo dali logo em seguida. - Entra. - ele diz com aquela voz de sete trovões dele e é nessas horas que eu sinto falta da minha bacia de batatas. - Eu tenho que ir para a cozinha... - falo mas ele me interrompe. - Eu disse para entrar. - ele diz e depois de uma luta interna, entro, ele entra fechando a porta atrás de si, logo em seguida. - O que você quer? - questiono. Porém antes dele falar, o celular dele toca e é sogrita ligando. Eu me sento na poltrona e ele deixa o celular na sua mesa em loud speak indo pegar seu whiskey. - Liam, filho. Tudo bem? - a Karine o cumprimenta. - Oi mãe. Tudo e com a senhora? - ele diz. - Mais feliz impossível! A Alicia é a sócia da nova empresa. - ah! Imaginem a minha cara agora?! Quê? - Mãe, não é o momento. - ele diz me encarando, e eu decido fazer um coque no cabelo, só para desestressar, sabe? - O que acha de fazermos um jantar aqui em casa, você, a Kendell, às crianças e eles para comemorar? - Ah! Eu? E os meus pestinhas? Com a Chiquinha da Alicia? - Haverá uma festa de inauguração mãe, para de criar jantares desnecessários. - ele responde. - Não é desnecessário, eu sinto falta de vocês. - ela reclama. - Nos vimos ainda esta semana. - ele diz. - A senhora anda muito carente, estou vendo que o papai não anda cumprindo bem com às suas tarefas. - ele goza e por pouco não riu. Eles tem cá uma liberdade, que eu às vezes me engasgo. - E não anda mesmo. - ela afirma e pronto, não resisto em sorrir. - Vou ligar para a Jenny, é a única que presta dentre todos que pari. - ela diz dramática. - O que vale, é eu sou o único lindo dessa família. - ô achometro. - Mas se não é convencido. - ela diz e eu concordo internamente. - Beijo, filho. Manda um beijo para a Kendell e para os meus netos. - ela despede-se. - Beijo. - ele se despede e desliga o celular. - Sócios. - balbuceio incrédula.
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