Maquini
Uma tremenda onda de choque interno tomou conta do meu corpo, me senti fraca e sozinha, mas ao ver aquilo na minha frente eu senti nojo, senti vontade de jogar aquilo fora, mas eu sei que vale uma grana boa. Mas a quem diabos eu vou vender isso?
Assim que cheguei Dona Louis me chamou pra jantar, já que eu passei a tarde toda fora, me perdi em algumas ruas e com esse dinheiro eu posso comprar um celular e melhorar minha vida. Tomei um banho rápido e abri a porta para sair, mas me deparo com seu Flávio parado do outro lado me olhando.
— Algum problema? — Perguntei o encarnado e desconfortável porque é como eu estou.
— Né diga você… pode me dizer como foi lá?
Foi normal, fiz o que o senhor pediu, recebi por isso e ponto. Por que, reclamaram?
— Não, querida, seu trabalho foi excelente. Na verdade eu queria saber se você está afim de ganhar mais uma grana extra, o triplo do que recebeu agora a tarde, e aí? Não acha uma proposta tentadora?
— Primeira coisa; não me chame mais de queria por favor seja Flávio, não somos íntimos e o senhor é casado. Segunda; o dinheiro veio em boa hora mas eu não quero mais fazer isso e terceira; o senhor irá mesmo conseguir um emprego pra mim? Ebpir fim, eu não quero nada seu, e isso não é uma proposta nada tentadora! — Eu não tenho tempo pra conversas afiadas, eu já deveria saber que ele iria me pedir mais alguma coisa. Chega a ser ridículo para um homem da sua idade.
— Por favor Maquini, aceite apenas desta vez. Pode pedir quando você quiser que você terá. Seu emprego está garantido, amanhã nós conversaremos sobre isso com mais calma, para eu te passar todas as instruções. Preciso que me dê uma resposta até às dez, pode ser depois do jantar…
— O que foi? Acha mesmo que pode me comprar? Você confia muito rápido nas pessoas, e se eu fosse alguma policial? E se eu te prendesse agora?
— Eu conheço bandido de longe, assim que a vi percebi que se tratava de uma pessoa igual a mim. — Seu tom de deboche me soava ofensivo e eu não gostava nada daquilo.
— Prepare meu dinheiro porque eu não trabalho de graça. — Por fim ele sorriu e me deu as costas, indo embora finalmente.
Tomamos rumos diferentes, desci as escadas já ouvindo risos lá embaixo e não posso negar que a alegria do pessoal daqui me deixa um pouco menos infeliz. Amanhã preciso falar com a Kate, sei o quanto está sendo difícil pra ela e não posso abandonar minha melhor amiga.
Jantei em silêncio e pensando em tudo o que o Flávio me disse, talvez só mais essa vez e acabou. Quando eu estiver trabalhando irei procurar um lugar para morar e me sair de tudo que ele pensa que eu estou querendo, servir de mula é a última coisa que eu quero. Subi e embaixo da porta estava outro bilhete, coisa mais cafona não é mesmo? Com o horário para buscar e o horário de entrega, eu iria chegar aqui quase uma hora da manhã e de certo dormiria aqui na calçada já que todos vão está dormindo, mas lá vou eu mais uma vez e a última.
Santiago
— Finalmente terei uma boa noite depois de muito tempo de imprudências. — Flávio finalmente estava agindo como já deveria estar fazendo a muito tempo.
— Eu te disse que as coisas estão melhorando para nós Santiago, mas ela não ficou muito contente com valor… — Pra ser sincero nem sei como está pessoa aceitou se submeter a isso.
— Eu p**o cinco vezes o valor anterior, desde que chegue tudo perfeito lá. Ela estava com aparência de quem usou? — Não gosto de trabalhar com pessoas que usam do que eu vendo, pois é muito arriscado.
— A gente ainda vai se resolver. Ela se faz de difícil, mas conheço bem a peça.
— Por acaso estão tendo um caso?
— Que maluquice é essa? Eu sou casado, Santiago, amo minha esposa e só acho que a tal mulher é nova, bonita e muito atraente. Não estou a desejando!
(...)
Já está quase na hora de tudo acontecer e como essa é uma carga grande eu vou ter que mandar dois homens ficar de olho nessa tal mulher, não posso perder tanto dinheiro se ela resolver fugir com tudo quem se dá m*l sou eu. Quando peguei o celular e disquei os números do Irfan. Max chegou com uma cara nada legal, mas pior que o humor dele estava o meu.
— E aí por onde é que esse pedaço de estrago tava até essa hora? Esqueceu que quem marca horário aqui sou eu?
— Foi m*l Santiago, tive que ir resolver umas coisas aí mas eu já estou de volta, o que tem pra mim hoje?
— Nada demais! Flávio conseguiu a pessoa pra fazer todo o trabalho duro de levar as encomendas até o aeroporto hoje e por mais que pareça mentira ela não usa drogas e se saiu bem hoje à tarde.
— Então quem está fazendo esse trabalho é uma mulher? Sabe que isso vai dar merda, não sabe? A última vez que uma mulher fez esse trabalho a gente acabou ficando sem nada e até hoje ninguém a encontrou, imagina se essa fizer a mesma coisa, estaremos ferrados pela segunda vez.
— Flávio a conhece e pelo que ele disse ela não vai fazer nada do tipo. Jully morreu, Max. Eu achei que você já soubesse desse acontecido e… isso tudo é meu, vocês trabalham para mim e eu não sei quantas vezes vou ter que dizer isso, mas espero que você não se sinta afetado por minhas palavras, seja mais responsável com seus atos, antes que as coisas descansem cada vez mais.
— Qual foi, Sant? Vai querer me dar lição de moral a essa hora da noite? — Ele sorrir irônico, sei que ai tem coisa ele não iria está tão nervoso por nada. — O que eu vou ter que fazer hoje?
— Ah, nada demais, só preciso que vá até o aeroporto e fique de olho nos… você sabe quem. Se puder passar informações pra ver se consegue ver a Karine por lá eu vou te agradecer, você sabe que comigo nunca tem decepções.
Claro que eu estou com ódio por ela ter tomado essa atitude de se casar com um cara sem ser eu, não quero casar mas a queria pra mim e perto de mim. Ela disse que sairia à tarde, mas meus homens não viram ela em lugar algum e até o momento o GPS que está no celular dela está dando que ela ainda está aqui na França e não tão longe de mim. Depois que tudo estiver feito hoje eu vou até lá ver com meus próprios olhos que decisão ela irá tomar, preciso ver ela uma última vez antes que eu a perca pra sempre.
Danira
Achei estranho Sant não ter me ligado mais, deve ter ido a algum lugar onde possa esquecer a v***a da Karine. Só em pensar que eu não vou mais ver ela por perto já me deixa muito aliviada e feliz também, e muito.
— Não quero que fique bêbada demais, precisa se controlar Danira.
— Ah qual foi Samuel vai querer pôr limites em tudo que eu faço agora?
— Jamais faria isso, mas você já chegou ao seu limite e está bem visível isso. Precisa controlar Danira, já está bêbada o suficiente. Poderíamos ir pra algum outro lugar nós três, quem sabe seria melhor pra gente. — Tina concordou com ele e eu fiquei no puro ódio, odeio quando alguém diz o que eu tenho que fazer ou tentar impor limites nas minhas coisas, pra isso eu já tenho meu irmão.
— Eu não quero te controlar Danira, quer tomar um ar lá fora, eu vou com você! — Ele se aproxima e eu me afasto.
— Daqui a pouco, deixa eu só terminar essa cerveja que iremos conversar lá fora. — Eu também não posso estragar tudo agora, eu gosto dele, estou decidida em apresentar ele como meu namorado ao meu irmão.
Bebemos mais algumas cervejas por causa da minha insistência e quando eu me senti tonta chamei o Samuel. Tina estava dançando no enorme salão, vários olhares de desejo sobre ela, mas ela é uma mulher experiente que não se deixa ser levada por qualquer um.
— Podemos conversar agora? — Perguntei vendo ele me olhar de escanteio.
— É claro! — Ele não está tão animado assim, mas ele precisa entender que me conheceu assim e eu não vou mudar por ninguém, se ele me quiser nós dois vamos curtir juntos como hoje.
Saímos e o silêncio nos tomou por alguns minutos até que ele decidiu quebrar o mesmo.
— Eu gosto pra c*****o de você Danira, de verdade. Queria que sentisse o mesmo por mim, não quero te prender a mim mas só te queria pra mim, eu sei que estamos bêbados e você pode não levar o que eu vou dizer agora a sério, mas eu te amo desde a primeira vez que te vi, Tina. Sabe disso!
— Eu também sei disso Samuel e por isso quero te levar pra conhecer minha família, bom… meu irmão. Eu sei que estou sendo precipitada demais por estar te pedindo isso, talvez você nem me tenha como alguém importante pra você, mas se quiser ir mais além eu te convido pra jantar comigo amanhã. – Eu estava nervosa, nunca havia dito isso a ninguém.
Ele olhou pro nada durante uns cinco minutos e eu já estava aceitando o “Não” que poderia vir agora mesmo.
— Bem, eu vou entrar, acho que essa noite pra mim já deu. Quando estiver precisando de uma companhia pra beber pode me chamar que eu estarei disposta. — Eu estava mesmo disposta a pegar minha bolsa e ir embora pra casa da Tina, ou talvez pra minha casa mesmo, mas fui obrigada a dar meia volta quando ele pegou pelo meu braço com delicadeza e me fez voltar.
Nossos olhares se encontraram por alguns segundos até ele tomar minha boca em um beijo delicado, ele era todo delicado comigo e eu me sentia uma garota mimada em seus braços.
— É claro que eu quero conhecer seu irmão, você é a pessoa que eu precisava na minha vida a muito tempo e eu não sei se conseguiria te esquecer mais. Eu juro que não vou decepcionar Dan, e quem fez isso no seu rosto vai me pagar caro por isso.
— Não sei o quanto eu estou feliz em ouvir isso. Eu caí, foi somente isso Samuel, estou bem. Mas agora acho que quero me deitar um pouco, meu corpo está exausto e eu preciso de descanso.
— Dorme comigo hoje, vamos aproveitar nossa noite Danira. — Ele fala enquanto depositava beijos pelo meu pescoço segurando minha cintura, fazendo com que eu fique muito próxima dele, o que é extremamente gostoso.
Avisei a Tina que iria dormir com ele hoje e o sorriso que ela me deu foi satisfatório, ela realmente queria me ver bem e feliz ao lado de alguém e quando eu conheci o Samuel que inclusive foi através da Tina, pois os dois são amigos mesmo antes que eu os conhecessem.
Meia hora depois já estávamos na casa dele que era bem aconchegante, eu nunca havia vindo aqui porque ele sempre me levava ao apartamento que ele morava e isso aqui não é não é nem de longe aquele lugarzinho apertado que a gente já transou bastante.
— Você gostou?
— Eu adorei, mas você mora aqui mesmo?
— Sim. Aquele apartamento é apenas para que eu não me atrase para o meu trabalho, mas minha casa mesmo é essa aqui. Nunca trouxe ninguém aqui e sinta-se à vontade, quer beber alguma coisa?
— Quero uma dose de Bloody Mary com whisky, morango e bastante gelo, por favor. — Pedi enquanto tirava os saltos, afinal eu sempre fui muito vaidosa e não deixarei de ser nunca.
Alguns minutos depois ele estava de volta segurando uma bandeja com um champanhe e duas taças.
— Não foi isso que eu pedi! — Disse dando um sorriso cínico.
— Hoje você vai experimentar meus gostos.
Ele estava sem camisa e seu corpo moreno e definido me deixava louca e com um fogo insaciável.
— Será que eu posso? — Perguntei desabotoando minha blusa social.
Antes que eu a tirasse ele mesmo fez isso e me deitou no sofá passando a língua no meu corpo até chegar nos meus s***s, os b***s ficaram durinho e ele abocanhou um enquanto massageava o outro com a mão que não estava dentro da minha saia. Estava ardendo de desejo e nos entregamos ali mesmo no sofá, peguei no sono rápido e vi que ele também estava exausto, eu o amo!
Tento aproveitar cada minuto da minha vida mesmo tendo que abrir mão de algumas para usufruir de outras. Santiago não me deu escolha quando cometeu aquele duplo homicídio, lá sim eu era feliz mas aqui… vou tentando me preencher com os prazeres que a vida me oferece, às vezes nem são tão bons assim, mas…