Any
— Você tem certeza que a viu entrando na maldita clínica novamente?
Leonor voltou me deixando com uma pulga atrás da orelha. Maquini nunca foi uma pessoa boa, mas isso só piorava a cada dia mais. Ela deveria estar traumatizada e não ficar fazendo visitas, a não ser que tenha encontrado alguém interessantes lá dentro, e se ela está pensando em vir pra com de mim por causa da grana achando que eu vou dar de mãos beijadas ela está muito mais que enganada, nada mais justo por cuidar aqueles anos todo dela.
— Tenho Any, e eu vou te falar que ela não parece ter medo de nada.
— Como não Leonor? Você acompanhou toda a trajetória daquela garota e sabe que ela deveria estar muito em choque ainda, foram cinco anos e ela tira isso como se tivesse sido 5 dias? — Eu realmente esperava uma reação diferente dela, não porque ela mudou, mas estou achando que vinco anos ainda foram poucos.
— Eu não sei explicar Any, mas uma coisa que a garota não tem é medo. Mas mudando de assunto, não íamos sair hoje à noite?
— Claro, ainda vamos. Mas antes de irmos para algum lugar quero passar na pensão em que minha sobrinha está alojada, não posso deixar ela executar nenhum plano ou eu estarei perdida.
— Você quem manda e desmanda aqui, minha Lady. — Leonor e seus galanteios sem sentidos e ridículos também.
Chegamos a pensão e eu fui recebida por uma mulher, não muito velha, mas demonstrava não ter forças para nada.
— Boa noite senhora. – Disse e ela sorriu fraco.
— Boa noite, estão precisando de alguma coisa? Posso ajudá-los? — Ela olhou para Leonor e de certo pensou que o traste era meu marido.
— Não muita coisa querida, eu preciso de uma informação sua. Há algum tempo atrás minha sobrinha se mudou pra cá, sempre fomos muito unidas e ela não faz mais contato comigo, estou muito preocupada e há pouco tempo soube que ela estava morando por aqui, a senhora não conhece nenhuma jovem que veio morar por aqui há poucos dias?
— Sinto muito, mas eu não sei lhe informar sobre isso, não alugamos nenhum quarto recentemente, como a senhora mesmo vê eu não estou em um estado de saúde muito agradável.
Não acredito que Leonor não prestou atenção na Maquini, ele me deve explicações sobre isso ou quem vai acabar se dando m*l sou eu.
Santiago
O sinal ficou vermelho e quando eu parei com o carro pude ver um solitário que me chamou atenção, parei no estacionamento mais próximo e fui comprar. Quando cheguei em frente a pensão vi uma mulher conversando com a Louis e Eleanor estava ao lado dela, esse cara não vale nada e ainda tem uma dúvida bem grande pra acertarmos.
— Boa noite Louis, está acontecendo alguma coisa? — Perguntei fitando a mulher enquanto ela procurava alguém lá dentro, esse tipo de gente não me engana.
— Boa noite, Santiago. Não está acontecendo nada querido, só queriam saber se eu conheço alguma garota nova que veio morar por aqui, você conhece alguém?
— Infelizmente não, o Flávio está aí?
— Sim, pode entrar. Santiago, fique para jantar conosco hoje!
— Pode deixar Louis, tem a minha presença confirmada.
Entrei e fui direto ao quarto em que Maquini está, ela demorou alguns minutos para abrir a porta e quando finalmente abriu estava enrolada numa toalha, espero que ela não faça isso com mais ninguém.
— Oi… — Ela me olhou de cima para baixo e olhou para os lados, parecia estar se certificando de alguma coisa.
— Eu senti saudades sua. — Disse e ela me deu passagem para entrar.
— Saudades? Fala sério. O que está fazendo aqui? Não marcamos nada, não que eu saiba.
— Eu já disse que senti saudades. Ainda não ficou claro aquela cena que você viu no banheiro, eu e a Tina não temos nada, eu m*l a conheço. Por favor, Maquini. Me dê uma chance de me explicar sobre o que viu!
— Você é insistente pra caramba, em? Eu já disse que não quero saber e que você não me deve explicações de nada? Pois então, vamos seguir nossas vidas como sempre fizemos. Ok?
Maquini
Eu não tenho nada que me meter na vida dele, mas se ele não tem nada com ela então de quem ele será? Eu reconheci a voz dele na mesma hora que ele me chamou e estava indo para o banho pra depois descer para jantar. Ele me olhou por alguns segundos, senti meu corpo inteiro se arrepiar e uma onda de calor subiu por baixo das minhas pernas fazendo os b***s dos meus s***s ficarem duros e meu desejo s****l por ele ficar ainda mais intenso.
— Eu já disse que não me interessa o que você faz ou deixa de fazer, está me tratando como se eu fosse sua amiga ou algo muito próximo e eu não sou. Sabe disso!
— Então me diz, eu estou te incomodando? Quer que eu vá embora? Por que não disse isso antes?
— Não, não quero que você vá embora, só acho que se vocês dois não tivessem nada não teria peças íntimas dela distribuídas pelo seu quarto! — Respondi irônica e entrei no banheiro, deixando a porta fechada por dentro.
— Aquilo deve ser da Danira que toma banho no meu quarto e sempre deixa as coisas dela por lá. Você sabe que ela é minha irmã e… Danira às vezes perde a noção.
— Não força a barra, Santiago. Sua irmã não me parece ser assim. Mesmo que fosse, também não me deve satisfações. É o seu quarto e a sua casa.
— Você tem razão, ela é pior do que você pode imaginar. Quer ir ao cinema comigo?
O convite me pegou totalmente de surpresa, eu não quero me envolver com ninguém agora, não posso. Sei que as intenções dele comigo são as mesmas que eu estou pensando em relação a ele, mas eu sou humana e uma noite com alho casual não seria nada m*l.
— Eu não tenho roupas pra isso, pode marcar para outro dia?
— Então quer fazer alguma coisa?
— Hoje? Sinceramente eu estou bem cansada, mas se quiser beber algumas comigo aqui mesmo eu não vou recusar sua companhia.
— Podemos dar continuidade a nossa conversa daquele dia? — Eu gelei porque eu sei que devo ter dito alguma bobagem aquele dia, mas não quero que ele se sinta estranho perto de mim, ou me achei estranha.
— Claro que sim, você só não pode perguntar demais sobre a minha vida ou eu vou ser obrigada a calar sua boca!