O corredor era adornado com tons suaves, e os raios de sol filtrados pelas janelas criavam um ambiente sereno. Victoria Ashford caminhava com confiança em direção à recepção, seus passos leves ecoando pelo espaço.
Victoria Ashford saiu de sua suíte e caminhou pelo corredor, direcionando-se para a recepção do resort. A recepcionista, com um sorriso acolhedor, saudou-a. "Olá, Sra. Ashford! Como está o seu marido?"
Victoria respondeu com um sorriso educado, "Ele está se recuperando bem, obrigada. Eu, na verdade, preciso de dois favores."
A recepcionista inclinou a cabeça, pronta para ajudar. "Claro, estou aqui para ajudar. O que você precisa?"
Victoria inclinou-se levemente, abaixando a voz com um ar de confidência. "Primeiro, gostaria que não incomodassem meu marido. Ele precisa descansar devido à medicação. Então, por favor, ninguém além de mim, pode entrar no quarto."
A recepcionista assentiu com compreensão. "Claro, entendido. Vou garantir que ele não seja perturbado."
Victoria olhou ao redor, certificando-se de que ninguém estava prestando muita atenção. "E Eu gostaria de saber se há algum pintor aqui no resort, alguém que trabalhe com obras de arte."
A recepcionista fez um gesto para que Victoria aguardasse por um momento e depois se afastou para verificar a informação.
Enquanto esperava, uma voz desconhecida soou atrás dela, quebrando o silêncio. "Um pintor para retratar o sofrimento do marido ou apenas para que você possa guardar como lembrança as imagens do elevador?"
Victoria se virou com surpresa, encontrando o rosto familiar de Ethan Blackwood. Seus olhos se encontraram, faíscas de provocação dançando entre eles.
Ela sorriu com malícia, jogando o jogo. "Oh, senhor Blackwood, estou certa de que a criatividade de um pintor teria dificuldade em retratar a verdadeira profundidade do sofrimento do meu marido."
Ethan riu baixinho, suas palavras carregadas de insinuações. "Bem, então é a segunda opção, você deseja um souvenir para lembrar-se de nosso pequeno encontro no elevador."
Nesse momento, a recepcionista retornou, anunciando que não havia pintores hospedados no resort. Victoria agradeceu, satisfeita por sua suspeita se confirmar: Amelia estava apenas como amante de seu marido.
A recepcionista acrescentou, em tom de sugestão: "No entanto, se você estiver procurando por alguém para replicar algo, tenho um contato de uma pessoa que poderia ajudar. Ele não é exatamente um pintor, mas pode recriar qualquer cena com incrível precisão."
Victoria sentiu um arrepio de interesse. "Eu adoraria ter o contato dessa pessoa."
A recepcionista entregou um pequeno papel com um número de telefone. Victoria sorriu, agradecendo novamente, e começou a caminhar.
Ethan a seguiu, sua curiosidade aparente em sua expressão. "Então, Sr.ª Ashford, o que você está tramando com um 'replicador'?"
Victoria olhou para ele, seus olhos brilhando com malícia. "Nada que seja de sua conta, senhor Blackwood. Apenas uma surpresa."
Ethan se aproximou, seus olhos travando com os dela. "Que tipo de surpresa?"
Victoria não recuou, mantendo seu olhar firme. "Isso, meu caro, é algo que você terá que esperar para descobrir."
Com isso, ela virou as costas e começou a se afastar. Ethan ainda a seguia, um sorriso desafiador nos lábios. "Vamos, Victoria, você não acha que pode esconder uma surpresa de mim, não é?"
Ela se virou para ele, seus olhos faiscando com determinação. "Acredite em mim, Ethan, esta é uma surpresa que você não vai querer descobrir antes da hora."
Ela se virou e saiu pelo corredor, deixando Ethan intrigado em seu rastro. Com um sorriso provocador, ela tinha em mente um plano que poderia finalmente dar a ela a vantagem sobre Damien e Amelia.
***
Victoria Ashford caminhava pelo resort, concentrada em seu telefone enquanto buscava informações para seu próximo movimento na trama de sua vingança. Seus dedos deslizavam pelas telas do dispositivo, seu olhar focado nas informações diante dela.
Enquanto navegava pelo seu telefone, Victoria deu de cara com Amelia, que estava examinando roupas em uma das lojas do resort. Um sorriso falso se formou nos lábios de Victoria, e ela se aproximou da "amiga".
Amelia ergueu os olhos ao ouvir os passos de Victoria se aproximando. Seus olhares se encontraram, e Amelia não pôde evitar a pergunta de praxe. "Como está Damien?"
Victoria respondeu com calma, "Ele está descansando. O médico recomendou repouso."
Amelia voltou a atenção para as roupas, desviando o olhar. "Bem, pelo menos ele está se recuperando."
Victoria segurou a vontade de sorrir de forma triunfante. Ela parecia tão segura de si, mas não tinha ideia do que estava por vir. "O que você está fazendo aqui, Amelia?"
Amelia apontou casualmente para um vestido. "Estou apenas fazendo algumas compras. Gastando dinheiro, sabe."
Victoria a observou por um momento antes de soltar um comentário que parecia casual, mas estava cheio de veneno. "É interessante como você está gastando dinheiro tão livremente agora. Lembro-me de quando tive que te emprestar uma quantia considerável para manter sua galeria."
Amelia se virou para Victoria, seu olhar agora misturado com um toque de raiva. As funcionárias da loja também pareciam interessadas na conversa. "O que você está insinuando, Victoria?"
Victoria encolheu os ombros, fingindo inocência. "Nada, apenas me surpreende ver como as coisas mudaram tão rapidamente. De ter que pedir empréstimos para poder se bancar, para agora gastar livremente."
Amelia a encarou, seus olhos lançando fagulhas de raiva. "Você está falando alto sobre isso, Victoria. É um assunto delicado."
Victoria fez uma expressão de falsa surpresa. "Desculpe, não percebi o meu tom de voz. Sinto muito."
Amelia soltou um suspiro de frustração. "Tudo bem, não se preocupe."
Victoria mudou o foco, seus olhos se tornando mais afiados. "Mas falando em finanças, Amelia, como está a sua galeria agora? As coisas parecem estar indo bem."
Amelia respondeu com um tom de orgulho, "Sim, estamos mantendo as contas equilibradas. Eu finalmente posso me dar ao luxo de comprar algumas coisas."
Victoria concordou, dando a entender que estava impressionada. "Você tem um olhar apurado para a arte, Amelia. Deve ser por isso que você está conseguindo."
Amelia pareceu apreciar o elogio. "Bem, obrigada, Victoria. Eu sempre tive um olhar bom para essas coisas."
Victoria então decidiu jogar sua carta. "Na verdade, Amelia, eu estava pensando... Eu gostaria de investir na sua galeria."
Amelia ficou surpresa, não esperando por essa reviravolta. "Investir? Por quê?"
Victoria sorriu, tentando parecer altruísta. "Nós somos como irmãs, não é mesmo? Quero ajudá-la. Estou disposta a investir um milhão na sua galeria, mas com uma condição."
Amelia olhou curiosa. "Qual é a condição?"
Victoria inclinou a cabeça, seu sorriso se alargando. "Eu gostaria que você fizesse uma exposição com um pintor cujas obras eu admiro muito. Você poderia fazer isso por mim, Amelia?"
Amelia hesitou por um momento, mas finalmente assentiu. "Claro, só me passar o nome. Eu vou tentar entrar em contato com ele e ver o que posso fazer."
Victoria manteve seu sorriso. "Na verdade, eu já tenho o contato dele. Se você quiser, nós três podemos almoçar juntos e discutir tudo isso."
Amelia pareceu surpresa, mas concordou rapidamente. "Isso seria ótimo."
Victoria sorriu, sentindo uma satisfação interior. "Perfeito. Já está marcado então. Agora, se me dá licença, tenho alguém especial que precisa de mim."
Amelia tentou disfarçar seu desconforto, mas seu olhar a traiu. "Claro, até o almoço."
Com um último sorriso, Victoria se afastou, deixando Amelia para trás. Ela seguiu seu caminho com determinação, sua mente já traçando os detalhes de sua próxima vingança, enquanto Amelia ficava ali, desconfiada.