Um Presente e Um Assassino

1314 Words
Os convidados entraram em desespero e muitos começaram a avisar que estavam voltando para casa e suas Cidades Fortes. Aya parecia desorientada e se segurava na camisa de um nobre como apoio. Seu cabelo estava um pouco bagunçado e sua boca vermelha como se estivesse fazendo algo inapropriado durante o ocorrido. _ Está faltando alguém? Quem foi? _ perguntou uma senhora de cabelos brancos olhando para a multidão. _ Era uma nobre. _ disse o homem que havia entrado. _ Vejam quem está faltando. _ Está faltando minha filha. _ disse o rei da Cidade Forte Ensolarada. _ Tenho duas princesas faltando. _ disse outro homem. Ethan guardou a espada e foi em direção aos corredores com seus soldados seguindo-o de perto. Enquanto as pessoas estavam correndo do perigo, ele estava indo na direção dele. _ A mulher era morena. Cabelo curto e preto. _ disse o homem gesticulando. Os homens que disseram que as moças estavam faltando fizeram sinal negativo com a cabeça, informando que as características não se enquadravam com as delas. Então quem era a mulher? Eron pediu licença para falar sobre as vozes de ansiedade e medo. _ Vamos fazer um levantamento de todas as moças aqui presentes, nobres e plebeias, dentro de instantes saberemos. Os guardas já fecharam o círculo e pegaremos o assassino. _ informou Eron. _ Designe soldados nossos para proteger as famílias durante a retirada. _ ordenei. _ Todos saíram de forma segura de nossa cidade forte, podem ficar tranquilos. _ informou Onto. _ Uma mulher foi morta. Como podemos ficar tranquilos? _ perguntou Aya. _ Todos podem ir para casa, mas estamos convidando para ficar um tempo mais longo alguns pretendentes, se desejarem. _ continuou Eron me fazendo gelar com sua lista e ignorando Aya. _ Gutam Silfa, Ethan Caim, Felipe Vander, Andrew Sona, Yohan Sobro e Yan Sobro. _ disse Eron finalmente recebendo a atenção de todos. _ Eu não estou na lista? _ perguntou um jovem que eu não lembrava nem o nome, muito menos de qual cidade forte era. _ Apenas os que acabei de nomear, se desejarem, podem ficar um pouco mais. _ respondeu Eron. _ Por gentileza, Eron. Eu tenho um presente para a Rainha Vermelha, depois desse presente acredito que não será necessário lista de convidados. _ disse o Rei da Cidade Forte Marrom deixando os convidados intrigados. _ Pode deixar seu presente na saída. Colocaremos servos responsáveis por possíveis objetos como jóias ou cartas que queiram entregar a rainha. _ esclareceu Eron. As palavras da minha tia giraram em minha mente, um presente que não vou querer aceitar, mas tenho que aceitar. Senti meu estômago embrulhar e não conseguia tirar os olhos do pergaminho que o rei estava segurando. Respirei fundo e olhei para Halan, ele estava sendo contido por um soldado para não se aproximar de mim. Nesse momento olhou para o pai como se não entendesse o que ele estava fazendo. _ Qual presente? _ perguntou Onto com curiosidade, pedindo para ele se aproximar. _ Um contrato feito pelo falecido Rei Auro, escrito de próprio punho. Dou-te o direito de recusar o contrato se o desejo do teu pai não for do teu agrado. _ disse Marco para todos ouvirem, olhando diretamente para mim. _ Vejamos só o que tem aí. _ disse Eron indo em direção a Marco e pegando o papel. Lendo silenciosamente. _ Eu conheço a caligrafia de Auro. Os convidados pareciam não se importar mais com o assassinato ocorrido e todos olhavam fixamente para Eron. Onto me indicou que subisse no trono, percebendo meu estado e me dando tempo para respirar. Quase falhei ao subir os primeiros degraus. Sentei-me na minha cadeira e tentei parecer o mais calma possível, mas minhas mãos suavam e ensinavam o vestido. Um contrato feito pela própria mão do meu pai, eu não poderia recusar, mas mesmo sem saber do que se tratava já queria recusar. Eu não tinha nada deixado diretamente para mim pelo meu pai, nem uma carta, pois ele não sabia que ia morrer e esse homem tinha as palavras dele escrita por ele. _ Pois bem! _ disse Eron tentando recobrar os sentidos para começar a explicar do que se tratava. Mas parecia uma tarefa penosa para ele e eu tinha certeza de que não iria gostar disso. Marco fez um sinal para que Halan se aproximasse dele, o soldado o deixou passar, e ficaram os dois de frente para o trono com Halan olhando diretamente para ele com seriedade, sobrancelhas levemente enrugadas. Os dois homens tinham a mesma altura e apenas isso os faziam parecidos. Halan era uma beleza selvagem e indomada com cabelos pretos bagunçadamente sexy. Ele vestia as minhas cores e estava incrivelmente mais bonito, como achei que não era possível. _ Ajoelhe-se para sua rainha. _ disse Marco para Halan que se ajoelhou com o rosto voltado para o chão. Mesmo ajoelhado, era incrivelmente alto e forte, o que não o fazia nada submisso. Lembrava-me um animal feroz agachado, pronto para atacar. _ Pois bem! _ continuou Eron. _ É um contrato de casamento. O barulho de vozes era ensurdecedor. Todos ao mesmo tempo falando e alguns protestando. Mulheres fofocando e Onto batendo um cajado no chão pedindo silêncio. O mundo estava de repente girando e Halan não fazia questão de levantar o rosto. Era uma armadilha para mim? _ Não há dúvidas de que a letra é de Auro, pelo menos não para mim, mas o contrato será averiguado quanto a sua autenticidade. Halan é noivo de Saga desde os dez anos dela e quinze dele. _ disse Eron fazendo os convidados se escandalizarem. _ Um contrato irrevogável. _ Mas eu, como parte interessada, dou-te o direito de revogar. _ disse Marco olhando para mim tentando parecer humilde. Eu estava presa em uma armadilha feita por sua família. Senti todos os meus pelos do corpo se arrepiarem, unida a um possível lobisomen. Isso não tinha graça, os deuses e meu pai estavam entrelaçando meu caminho ao do meu inimigo. Eu tinha que recusar, eu deveria recusar, pois não posso ter tal união. _ A letra é do seu pai. _ disse Eron para mim. _ O brasão anelar também. Todos olhavam com nervosismo para o trono, procurei um rosto amigo na multidão, mas não encontrei. Minhas mãos suavam e eu não sabia o que deveria ser feito. Receber uma maldição dos deuses indo contra a vontade do meu pai ou viver uma vida amaldiçoada, da mesma forma, com herdeiros que uivam para a noite. Como meu pai seria capaz de fazer isso comigo? Acorrentar-me ao seu inimigo jurado. _ O desejo do meu pai era que eu governasse e cumpri sua vontade. O que eu desejo não importa, pois o meu povo e os deuses controlam quem senta e quem se levanta do trono. _ falei recebendo gestos sérios de aprovação dos nobres da Cidade Forte Vermelha. _ Os Deus já falaram com você e seu pai fala pelo povo. _ disse minha tia passando por um soldado e recebendo atenção da multidão. Todos sabiam quem era ela e a dádiva de ser mensageira dos deuses. _ Eu aceito seu presente Halan, príncipe da Cidade Forte Marrom. O casamento ocorrerá dentro de quarenta dias, na primeira lua cheia do próximo ciclo, durante meu aniversário de dezoito anos. _ falei olhando diretamente para Halan quando ele levantou a cabeça e olhou diretamente para mim e não foi o mar verde que me puxou, mas uma tormenta vermelha. Seus olhos eram vermelho sangue. _ Devemos escolher a melhor data, entrar em um acordo. _ disse nervosamente o rei da Cidade Forte Marrom. _ A minha rainha já decidiu, e assim ocorrerá. _ pontuou Halan se levantando e pedindo licença para se retirar. Se eu teria que me casar com um lobisomen, que seja o próprio a me receber no altar.
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