Capítulo 3

605 Words
Flávia Narrando.. -Furiosa, bolada, raivosa qualquer uma dessas palavras me definem nesse momento. Quem aquele jumento, lindo, delicioso, malhado(foca na raiva filhota), digo ridículo, arrogante, cretino, pensa que é? Tudo bem é o Dono da p***a toda, Rafa me contou que ele é o Chefe do CV, mas é gente e deveria tratar os outros de acordo e com educação. -Quem mandou enfiar qualquer uma aqui dentro disse o energumino! Me confundiu legal com aquelas Chechelentas que ficam caçando homem naquela boca. -Respiro fundo, sou explosiva, faca na bota como diz meu pai, mas tenho que me acalmar e não arranjar confusão, preciso demais desse emprego, imagina ser barrada de subir o morro, faço o que? Mando as crianças descerem e sentarem no meio fio pra eu dar aula? Impossível né, o negócio é engolir esse sapo e vida que segue. - A culpa desse meu jeito é da minha mãe, que desde novinha sempre me disse quando eu estivesse certa devia falar mesmo, me defender, problema é que eu sempre tenho argumento aí complica. - Rafaela vem correndo até mim esbaforida e com cara de braba. Rafaela: -Tá doida Flávia? Quer morrer cedo? Olha o jeito que você tratou o Dono do Morro! Eu não sou medrosa mas tenho amor aos meus cabelos ruivos e você não faz ideia de como as coisas funcionam por aqui. Flávia: - Foi m*l Rafa, vou tentar me controlar mais, agora aquele homem o que tem de gostoso tem de babaca na mesma proporção. Rafaela: Olha o povo aqui da Comunidade gosta muito dele, falam que é uma pessoa justa, se preocupa muito em ajudar mas é bem rígido quanto as regras e bagunça. O problema mesmo foi com você -risos- deram choque! Fica de olho ódio e amor andam lado a lado...dizem. Flávia: -Hahaha, tô rindo mas é por dentro. Tá doida menina? Vim atrás de homem não muito menos aquele lá que se sente o único g**o no galinheiro! Desconjuro, vá de ré. Rafaela: - Certo então, enterra o assunto. Quando você se sentir a vontade e quiser me contar o motivo de mudar pra cá sou toda ouvidos. Flávia: - Outra hora eu conto tá? Por hoje chega de fortes emoções-risos. (...) -Ja tinha resolvido tudo lá na casa e amanhã quando eu for já levo tudo para me instalar. Isso aí Dona Flávia tá na hora de começar uma nova etapa. - Pego o telefone e ligo pra casa, minha irmã Débora atende. Flávia: -Oi Dé, já consegui um lugar pra morar, como estão as coisas por aí? E a mãe? Débora: -Olha irmã, bem ela não está, reclama bastante de dor, está fraca e emagrecendo, o médico fala que é do tumor que precisa ser retirado logo mas pelo SUS tudo é uma novela, os exames levam uma vida, aconselharam colocar na justiça mas tudo é dinheiro. Flávia: -Calma irmã, a gente sabia que não ia ser fácil, mas vamos ter fé. Agora pelo menos tenho um emprego e salário fixo, não é fortuna mas quando vê consigo um empréstimo. Vou tentar um emprego a noite também, o que não falta no morro é bar. Tudo que puder farei. Débora: -Disso não tenho dúvidas nosso problema é o tempo. Mas vamos orar. Flávia: -Vamos sim, vou dormir, manda um beijo pra todos e qualquer coisa me liga. Tchau. Débora: - Tchau, beijos. - Deito na cama mas o sono nem vem, a preocupação é maior. De uma coisa tenho certeza por falta de esforço não vai ser, faço qualquer coisa pra salvar minha mãe. Flavinha é esquentada mas tem coração bom! Estão gostando?
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