Capítulo 5

1287 Words
Vitor Tavares Estava no bar quando encontrei a moça desastrada que esbarrei mais cedo, após um pequeno desentendimento enfim conseguimos nos entender, ela assim como eu, não está em seus melhores dias então decidimos ir até o cassino para distrairmos, quem sabe no jogo temos mais sorte, pois o amor hoje não está sorrindo para nós. Ao chegarmos na porta principal do cassino, Stefane simplesmente travou, ela viu que seu ex namorado estava ali, e eu precisei convencer a moça que devíamos seguir com nosso planejado e curtir a noite. Ela aceitou e nós seguimos na direção do traid0r. Passamos próximo a ele mais não paramos, segui caminhando ao lado da jovem, sobre o olhar furioso do ex namorado de Stefane que não parece nada feliz em ver sua ex ao lado de outro homem. Ele nos observa sem disfarce enquanto eu sorrio e conduzo a jovem pela pista de dança. — Está nervosa? — questiono, Stefane me encara e sorri. — Muito! — sorrimos, sem perdermos o ritmo de nossa dança. — Ele não para de nos olhar — acho graça, ela disfarça e olha na direção do homem. — Está furioso em te ver ao meu lado. — Tenho certeza que ele não esperava por isso. — Mas para o desespero dele, você está aqui, linda e feliz ao lado do homem mais charmoso desse cruzeiro — ela gargalha e eu acho graça. — Disse alguma piada? — questiono, divertido. — Você é muito convencido — ela acha graça. — Mas eu estou achando ótimo em ver ele tão irritado. — ela afirma. — A parte do convencido foi um elogio? — questiono, animado, e ela mantém o sorriso genuíno nos lábios. Continuamos a dançar, enquanto vários olhares conhecidos se concentram em nós. Isso se deve ao fato de muitos saber sobre meu relacionamento com Sabrina, com certeza nesse momento estão se perguntando o que eu estou fazendo ao lado de outra mulher que não seja minha namorada. — Como está se sentindo? — questiono, Stefane enquanto continuamos dançando, ela respira fundo e sorri. — Muito melhor, obrigada. — sorrio. — Isso é ótimo! Confesso que estou me sentindo menos sozinho, obrigado por ser minha companhia essa noite. — Por nada! — ela fala, divertida. — Sei que não sou a melhor companhia nesse momento, mas estou me empenhando para não te decepcionar. — Somos uma boa dupla. — afirmo, ela concorda e ali continuamos com nossa dança por mais algum tempo. (...) Ali enquanto dançamos lembrei da mensagem que Sabrina me enviou enquanto ainda estava no bar “Eu te amo e irei voltar, Vitor, me espere meu amor, eu não saberia viver minha vida sem você, estou realizando meu sonho e em breve voltarei para os seus braços, não seja egoísta e não me puna por um momento de raiva, estou contando com sua bondade, e sei que você não irá me decepcionar.” Com tanto para se preocupar e ela apenas aflige se eu irei ou não bloquear seus cartões. Ela até agora não se preocupou em ter me deixado nesse cruzeiro sozinho, em um passeio que deveria ser nosso, meu e dela, e pensar em tudo que conversei com Sabrina durante a ligação e no que ela fez, me deixa realmente irritado, pois mais uma vez ela me deixou por sua carreira, novamente me rejeitou e eu já não sei o que fazer para Sabrina me aceitar como seu esposo. Eu faço tudo por aquela mulher, já disse que irei apoiar sua carreira, já fui contra a vontade de minha família quando disse a ela que não iria pedir que ela engravide e mesmo assim ela pensa apenas nela. Se ela soubesse o quanto me esforço para ficar com ela, quantos conflitos preciso enfrentar para continuar ao seu lado, talvez daria mais valor aos meus sentimentos por ela. Se minha família descobre que Sabrina não deseja ter filhos e que eu a incentivo por conta dos seus sonhos, eles me deserdam. Herdeiros são minha responsabilidade, sou filho único e isso é o que minha família espera de mim para quanto antes. Eu sei de minhas responsabilidades, e entendo o quão importante é para os meus pais e avós que eu dê sucessores a eles, mas por amor a Sabrina eu estaria disposto a enfrentar todos e ir contra minha família, mas ela não parece estar disposta a fazer nada por mim e isso é o que me deixa mais entristecido. Não sei mais o que fazer por ela, não sei o que posso fazer para que ela me inclua em sua vida, ela sempre deixa nosso relacionamento em segundo, terceiro plano e isso não é certo, deveríamos caminhar lado a lado e por mais que ela diga que me ama, suas ações mostram o contrário. Sabrina parece não querer o mesmo que eu. Não estou pedindo que ela deixe sua carreira, não é isso, eu quero que ela realize seus sonhos, eu quero que ela consiga tudo que almeja, mas eu desejo estar com ela, quero apoiar tudo que ela decidir realizar, eu só preciso que ela aceite se casar comigo, que ela deixe que eu faça parte de sua vida. Eu quero que Sabrina aceite ser minha mulher, desejo dividir tudo com ela, sonhos, felicidades, tristezas, dificuldades, conquistas, tudo, mas a todo momento ela parece pensar somente nela e em mais ninguém. Eu estou aqui, com o coração aberto para minha namorada, planejei esse cruzeiro para nós, mas ela não foi capaz nem de se despedir como se deve, ela preferiu ir embora sem dizer nada, me deixou novamente por seu sonho e eu não sei quantas vezes mais irei conseguir ficar em segundo plano em sua vida. Ela não foi digna de me dizer adeus olhando em meus olhos, se despediu por ligação e estava preocupada apenas se eu iria bloquear seus cartões, não pensou em como eu estava me sentindo e isso me deixou bastante decepcionado com minha namorada. Eu a amo e não me importaria de esperar, eu seria capaz de esperar Sabrina pela vida inteira se ela realmente voltasse para se casar comigo, mas como eu posso esperar por ela se eu sinto que nosso relacionamento está sempre em uma corda bamba, eu nunca sei o que esperar dela, nunca sei por quanto tempo ela estará ao meu lado, não sei quando ela pode me abandonar para seguir seu sonho, olha só o que ela fez, me deixou aqui sozinho, me abandonou em uma viagem que planejei para nós sem ao menos pensar no que eu sentiria. (...) — Está tudo bem? — sou retirado dos meus pensamentos ao escutar a voz meiga de Stefane, ela me olha preocupada e atenta. — Está sim! — sorrio contido. — Você mudou seu semblante de repente, ficou perdido em seus pensamentos. — ela afirma, eu respiro fundo. — Estava pensando em minha namorada. — Com saudades dela? — questiona, olhando em meus olhos. — Nesse momento estou com mais raiva do que com saudades. — ela sorri contida. — Posso compreender seus sentimentos. — olho para ela e assinto sem dizer nada. — Você quer ir para o seu quarto? Talvez descansar um pouco. — seus olhos encaram os meus de um jeito calmo, — Eu irei encontrar um lugar onde eu possa passar à noite. — Nada disso, iremos ficar aqui, ainda temos um dinheiro para recuperar, o que acha de irmos jogar agora? — ela olha na direção do ex namorado, eu seguro seu queixo e faço com que ela olhe para mim. — Vamos? — ela respira fundo enquanto assenti, eu sorrio vitorioso e conduzo a jovem até a mesa onde o namorado estava jogando.
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