Capítulo 4

1577 Words
Stefane Martins Após deixar o quarto caminhei a largos passos em direção ao primeiro banheiro que encontrei, ali chorei como uma criança indefesa e isso faz com que eu me sinta pior que já estou. Jamais imaginei passar por isso, ainda mais aqui, em uma viagem que planejei com tanto carinho para proporcionar um momento legal para mim e meu namorado. Ele não podia ter feito isso comigo, Marlon me magoou de uma maneira que eu serei incapaz de perdoá-lo, ele não tinha o direito de me humilhar desta forma. Ele não pensou em mim momento algum e da forma que aconteceu acredito que ele tenha pensado em tudo, acredito não, tenho a mais absoluta convicção que ele pensou em cada passo, pois insistiu que eu fosse naquele SPA, ele fez isso por imaginar que teria mais tempo para aprontar nas minhas costas, imaginou que eu demoraria horas, já que o lugar estava lotado. Eu não sei o que farei agora, estou nesse cruzeiro sozinha e imaginar que me endividei para estar aqui com aquele escrot0 faz com que eu sinta ainda mais raiva de mim, como eu fui idiot@, como eu pude ser tão ingênua ao ponto de ser tão cega… todos ao me redor me alertaram em relação a Marlon, mas eu burr@ não dei ouvidos, acreditei cegamente nele e agora estou aqui, sozinha, traída e cheia de dívidas. — Que burr@, Stefane! — resmungo sozinha tentando conter as lágrimas, não desejo mais chorar mais elas insistem em descer e isso me irrita ainda mais. Não posso ficar jogada nesse banheiro, mas também não tenho para onde ir agora, sei que ele é o errado, mas não tenho coragem de voltar naquele quarto nem para pegar minha mala. Então acho que a solução é ir para o bar, preciso beber para esquecer essa noite, quem sabe assim fico embriagada e durmo até o fim desse cruzeiro em qualquer lugar que me acolher. (...) Ao chegar no ambiente, caminho diretamente para um dos bancos do balcão do bar, peço uma bebida e quando viro meu rosto para observar o lugar, vejo o homem e******o de mais cedo. — Era só o que me faltava. — sussurro. Respiro fundo e desvio meus olhos para outra direção que não seja a dele, finjo não perceber sua presença, não desejo mais confusão nem decepção por hoje então o melhor a se fazer é evitar qualquer tipo de oportunidade que faça que eu entre em alguma encrenca por essa noite. O barman se aproxima e serve minha bebida, minha mão acaba deslizando na taça e a bebida se vira em meu colo, me levanto e praguejo enquanto tento limpar meu vestido. — Merd@! Que infern0, essa noite já pode acabar por favor. — brigo comigo mesma, o homem ao meu lado me encara e começa a rir. Respiro fundo e o encaro, séria. — O que foi? Gosta de sorrir da tragédi@ alheia? — questiono, irritada. — Desculpa, não foi por m@l. — ele continua rindo, mas desvia seus olhos de mim, eu respiro fundo e volto a sentar. O barman se desculpa e me serve outro drink, ao menos após com esse banho ganhei o direito de beber e comer o que desejar que tudo será por conta da casa. Ponto para mim, ao menos assim posso me embriagar sem medo de ser feliz, – ou melhor, sem medo de usar meu limite especial e dever até minhas calcinh@s agora. — Eu te conheço? — o homem ao meu lado me encara curioso e questiona alguns instantes depois, eu n**o olhando para ele como se nunca tivesse o visto, volto a olhar para frente e degusto um grande gole do meu drink. — Eu acho que te conheço. — ele insiste e degusta sua bebida. — Acredito que não, muitas pessoas pensam me conhecer mais isso é pelo meu rosto ser muito comum. — o encaro e ele aponta para mim. — É claro! O óculos, você é a moça desastrada que esbarrou em mim mais cedo. — respiro fundo e sorrio cinicamente. — Verdade. — falo como se tivesse me lembrado dele naquele exato momento. — Você é o homem e******o, sem educação que tive a infelicidade de esbarrar assim que cheguei aqui. — sorrio ao dizer e ele fica sério. — Eu não gosto do seu jeito, mas tudo bem, acredito que você não esteja em seus melhores dias assim como eu, então deixarei a ofensa passar. — forço um sorriso falso. — Idem! — ergo minha taça para ele. — Também não gosto do seu jeito e por mim tanto faz, sua opinião não me importa. — me viro para frente e bebo meu drink, ele me encara atento. — Está de TPM ou é sempre m@l educada? — puxo o ar e solto calmamente antes de encarar ele mais uma vez. — Após me endividar para estar nesse cruzeiro com meu namorado para flagrar ele transand0 com outra no quarto em que estamos, você pode pensar o que quiser que eu não importo. — ele arregala os olhos. — Por mim tanto faz eu estar de TMP ou ser sempre assim, eu não te conheço e não ligo para o que pensa de mim, agora se puder me deixar em paz para que eu sofra minha decepção, eu agradeço. — Porr@! Desculpa. — eu assinto com a cabeça e volto a minha postura. — Mais que filho da put@! — ele fala sério, após alguns instantes em silêncio. — Você pegou seu namorado com outra aqui no cruzeiro? — eu assinto, ele n**a com a cabeça. — Caralh0! — ele bebe seu drink. — Pensei que meu dia estava r**m, mas o seu acredito que esteja pior. — Pois é. — sorrio tranquila. — Prazer, meu nome é Vitor. — ele estende a mão em minha direção. — O meu é Stefane. — aperto sua mão em cumprimento. — Minha namorada me abandonou nesse cruzeiro para interpretar o cisne branco. — gargalho sem intenção, ele me encara sério e eu tampo a boca. — Perdão! — peço e ele acha graça enquanto degusta seu drink. — Tudo bem! Acho que não fomos muito felizes nesse passeio. — Concordo com você. — Um brinde a nós. — ele ergue sua taça, eu faço o mesmo, ali sorrimos ao brindar nossa falta de sorte. (...) Vitor e eu seguimos para uma mesa e ali conversamos um pouco mais enquanto bebíamos, ele é um pouco mais suportável agora, ele me contou sobre seu namoro e me mostrou o anel que comprou para presentear e pedir sua namorada em noivado. Eu por minha vez choraminguei o quanto gastei sem poder para que meu namorado me traísse em alto mar. — Triste realidade. — afirmo a ingerir mais drink. — Sorte no jogo, azar no amor, já ouviu? — Sim! — sorrio ao afirmar. — Então o que acha de irmos para o cassino? — encaro ele, confusa. — Seja minha companhia essa noite, o amor não está para nós, mas quem sabe temos mais sorte no jogo e você consegue ganhar ao menos o que gastou nesse cruzeiro, assim você pode ser apenas uma jovem traída. — acho graça. — Acha mesmo que isso pode dar certo? — ele sorri, tranquilo. — O que temos a perder? — ele se levanta e me estende a mão. — Vamos? — sorrio. — Eu não tenho nada para apostar, foi m@l. — ele continua com a mão estendida. — Não se preocupe com isso. — sorrimos. — Vamos lá, pelo menos divertimos um pouco e quem sabe ainda tiramos o valor da sua dívida do jogo. — ele afirma. — Tudo bem. — concordo e seguro sua mão, ele entrelaça meu braço no dele e assim seguimos em direção ao cassino. (...) Antes mesmo de entramos no lugar meu coração acelerou e eu travei na porta, ele me encarou e sorriu. — O que foi? — questiona, curioso, eu engoli seco e respirei fundo. — É melhor eu ir embora, meu namora… meu ex namorado está aqui. — ele segura meu rosto com uma de suas mãos sem soltar meu braço com a outra e faz com que eu olhe para ele. — Não faça isso, erga a cabeça e vamos seguir com o combinado. — Eu não consigo. — garanto, ele mantém a mão em meu rosto e encara meus olhos com atenção. — Consegue Stefane, não deixe que ele perceba sua aflição, você é minha companhia essa noite e eu não irei permitir que se diminua diante a ele. — ele afirma, sério. — Você acabou de me conhecer, por que deseja me ajudar? — Somos a dupla perfeita esqueceu? Sorte no jogo, azar no amor! — sorrio discretamente. — Erga a cabeça e confie em mim, você não precisa dizer nada, apenas mantenha se firme, tudo bem? — respiro fundo e assinto. — Quem é ele? — disfarçadamente informo a mesa que ele está. — Perfeito! Já temos nosso adversário no jogo, é com ele que iremos conseguir o dinheiro que você gastou nesse cruzeiro. — ele sorri ao afirmar. — Não iremos até a mesa em que ele está, Vitor, por favor. — ele continua sorrindo. — Confia em mim! — ele afirma tranquilo. — Agora respira fundo e vamos. — faço o que ele diz e caminho ao seu lado em direção à mesa de Marlon.
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