☆Rony Senegal☆

4313 Words
Horas Depois Jacarezinho Rony Senegal ×××××××××××××××××××××××××××××××××××××× "Sou o tipo de cara que falo com todos, ando com poucos e confio somente em Deus." ×××××××××××××××××××××××××××××××××××××× Fala ae meu povo! Vou me apresentar rapidão pra vocês ter um pouco da ciência de que tipo de cara eu sou. Me chamo Rony Duarte Senegal, tenho trinta e dois anos e já tô nessa "vida" do corre desde que tinha onze anos de idade. Comecei como aviãozinho e pouco a pouco fui subindo na moral, na suavidade e principalmente sem precisar passar por cima de ninguém pra conseguir o que tenho hoje. Sou cria do Jacarezinho e essa comunidade é minha vida sacô!? Perdi minha coroa ainda moleque por volta dos meus dezessete anos, ela tinha câncer de mama e a parada quando foi descoberta tava avançada pra c@cete. Nem sequer deu tempo de correr e fazer uma cirurgia ou lutar por algum recurso. Sou filho único, meu coroa nem sei quem era tá ligado!? Minha coroa morreu levando esse segredo pro túmulo junto com ela. Te falo que em certo momento eu até tentei correr atrás de informes sobre o veiote, mas larguei essa porr@ de mão. Pensei comigo mesmo: Esse filho da put@ abandonou minha coroa de barriga e deu as costas pra nós porque não queria saber de ninguém. Porque agora tenho que correr atrás dele? Se esse filho da put@ nem quis saber se eu vinguei ou se morri. Ele que se fod@ pra lá e eu vivo minha vida na moral como meu Deus permitir. Já fiz muita merd@ nessa vida... muita mesmo... Mas, tenho muita fé no meu Deus e sei que se tô de pé até hoje é porque minha hora ainda não chegou e na moral, Ele ainda deve ter algo melhor do que tudo isso que eu chamo de "vida", mas, que na real eu tô ligado que não passa de ilusão. Quando nós tá arregado é cheio de colete a nossa volta, mas quando nós tá na merd@ ou cai nós percebe que amigo de verdade so é colete a prova de bala. Já puxei cinco anos no sistema quando fui pego pelos carniceiro do BOPE no tempo que eles fizeram a limpa no morro e vou te dizer foi o mesmo que passar cem anos no inferno. Lá nós é tratado como bicho, visto como animal e chutado como cães sarnentos. Dormir? Só se for um em cima do outro ou de pé grudado nas grades como macacos. Comer? Hum... Jogam uma lavagem lá pra nós que eles chamam de comida e que os caras dos recursos humanos falam que é vida de rei. Nem uma quentinha no alumínio eles dão. Sabe porque? Porque eles tão com a antena ligada em tudo e já sabem que pra nós do corre até um pedaço de lixo virá arma lá dentro tá ligado!? Familia? Isso lá dentro não existe, vi muitos parceiro que a mulher pagava o maior p@u pra ele, mas assim que caiu no sistema, o amor acabou e o meu bem nunca existiu... tudo mudou e meu bem passou a ser teus bens pra lá e meus bens pra cá... Na moral, a verdade é uma só... Se quer sobreviver e aumentar teus dias naquela jaula tem que ter grana... Lá dentro a grana é o que faz tua situação melhorar um pouco... faz ter direito a visita íntima com quantas putas quiser, é claro que quanto mais mulher mais caro fica. Com grana liberam celular, um Wi-Fi, TV, frigobar e todas essas porr@s que aqui fora serve só pra nós sobreviver, lá dentro vira luxo meu parceiro. Conheço Badaue desde que era moleque, crescemos juntos e aprendemos tudo no crime um do lado do outro. Não somos irmão de sangue, mas somos brother de alma sacô? Por ele eu não tinha ficado um dia naquele inferno, mas eu quis sair de boa e tive paciência até o advogado conseguir diminuir a minha pena que era de vinte anos. Com um jeitinho bem carinhoso eles convenceram o juiz a me liberar e hoje tô aqui de boa de volta a vida loka. Porque não adianta mermão,, depois que nós conhecesse esse lance do corre essa p***a se torna um vício do caralho... dinheiro fácil, regalia, vida boa, mulher de primeira na nossa cola e tudo de melhor que o dinheiro pode comprar. Mas, também tem o medo de morrer, de cair numa tocaia, ser fuzilado, esquartejado ou cair no sistema que acompanha nós desde sempre. Enfim... O certo é que dou a minha vida pela do Badaue se for preciso, mas também quando ele faz merda e tenta fo.der tudo como agora chamo ele na chincha e o encaro sem medo. Sou conhecedor das lei e dos mandamento do tráfico, mas também sou um sujeito que corre pelo certo, caminha na transparência e luta pra cima do que acredita. Badaue diz que sou um put@ de um sentimental do c@ralho que fica todo emocionado com o morro, os morador e que não pode ver uma criança que se derrete todo. Diz também que nem pareço ser bandido ou traficante, quem olha pra minha cara nem acredita que já fiz muito sangue jorrar, muito neguinho se mijar e c@gar todinho implorando por misericórdia pra não morrer. Talvez ele tenha razão e eu esteja no lugar errado, no movimento errado... Mas, o que posso fazer se preciso sobreviver e esse foi o único meio rápido e fácil de ter grana pra tentar ajudar minha coroa na doença, pra pôr comida na mesa e nós não morrer de fome? Sei que minha coroa não era a favor da minha entrada nesse mundo, ela chegou a dizer várias vezes e se ajoelhar na minha frente implorando pra eu sair do tráfico. Mas, não dava mais... eu já tava enfiado até as tampa no corre, sabia de cabo a r@bo como tudo funcionava na boca, tava ganhando dinheiro a rodo que nem água... ouvir ela sempre implorar chorando pra eu sair me deixava m@l pra c@ralho. Nunca gostei de ver nenhuma mulher sofrendo, muito menos minha coroa, a que me colocou no mundo e fez de um tudo até quando tinha saúde pra me oferecer o de melhor. Entrei nessa vida por safadeza, porque eu tinha pressa de conseguir as coisas e não por falta de quem me ensinasse o certo. Mesmo ela tendo pouco estudo sempre foi uma mulher digna, trabalhadora e de muita fé. O pouco do lado bom que tenho dentro de mim e da consideração com as outras pessoas aprendi com ela tá ligado!? Até hoje lembro das últimas palavras dela deitada naquela cama, toda magrinha, careca e usando um lenço do Mengão na cabeça... enquanto segurava minha mão com lágrimas nos olhos antes do aparelho apitar e ela fechar os olhos de vez dessa Terra. — Tenho certeza que algum dia você vai sair dessa vida meu filho e vai ser um homem de bem... vai ter uma família, filhos, uma boa esposa que te ama de verdade e que será tua companheira até o fim. Essas foram suas últimas palavras e logo em seguida o m@ldito aparelho cardíaco apitou e ela se foi. Eu ainda segurava sua mão e a abraçava como se ela pudesse voltar. Mas, não... minha coroa tinha ido embora de vez... mas, antes de ir ainda me abençoou com essas palavras que carrego comigo até hoje. Sei que isso é difícil de acontecer, porque onde que uma mulher boa, de bons sentimentos vai querer se meter e tentar modificar um traficante que carrega tantas mortes nas costas? Só mesmo na cabeça da minha coroa, que Deus a tenha num bom lugar. Enfim... voltando a parada que rolou à horas atrás com a maluquinha da Flor... Ô menina linda viu... mas, doidinha... doidinha... — Penso nela sorrindo e balançando a cabeça. Ela saiu daqui como uma louca e nem deu tempo pra nada. Mandei nossos fiel fazer a ronda pelos lugares mais frequentados aqui da Zona Norte do Rio de Janeiro e nada de encontrar ela. Não dá pra entender como essa menina conseguiu escapar tão rápido desse jeito, a maluquinha parece até filha do The Flash de tão ligeira que é pra correr. Se fosse homem até dava pra entrar nos corre com nós facinho. Até fiquei no encalço do táxi durante uma cota de tempo, mas fui fechado por um caminhão e perdi eles de vista. Conheço a Flor desde moleca quando o finado RK, que Deus ou o capeta o tenha né, ainda era o chefe e tudo andava nos conforme na comunidade. Eu ainda era soldado e tava subindo de cargo na boca pouco a pouco agindo na transparência e na manhã do gato. Flor sempre foi uma garota de bom coração e muito preocupada com todos nós, principalmente com o Badaue, mesmo ele não merecendo. Sempre fomos amigos, sempre cuidei muito dela como se fosse minha própria irmã e até impedi dela tirar a própria vida assim que soube da morte do RK daquele jeito que nem gosto de lembrar. Até hoje ninguém sabe quem fez isso e te falo que é bem melhor assim. Perder o pai daquele jeito não é pra qualquer um e consigo entender porque Flor ficou tão desesperada quando soube de tudo pelos noticiários da TV tadinha. Me preocupo muito com ela e por isso nem consegui pregar os olhos essa noite tentando rastrear onde ela tinha se escondido. Essa cidade é o bicho e ficar rodando por aí não é pra qualquer um não sacou? Ainda são quatro da madrugada e os morador de bem já tão tudo saindo pra pegar no batente, porque o povo pensa que favela é lugar só de marginal, mas geral tá muito enganado... Comunidade é lugar também de gente de bem, de família de respeito, que anda pelo certo e foge do errado. Mas, que as vezes tá aqui por falta de condição, por falta de ajuda do governo ou muitas vezes porque se sente mais protegido por um traficante do que pelos fardado do asfalto que só sobe aqui largando o aço pra cima de geral matando a torta e a direita dizendo que geral é traficante só pra mostrar serviço pros graduado. Geral fazendo suas correria da vida na moral, enquanto tô aqui em cima da minha moto seguindo direto pra fortaleza do Badaue. Aquele filho de uma cadel@ encheu o tampo de r@bo de g@lo e cheirou até não poder mais depois da merd@ que rolou ontem com o moleque. Se bem que depois de muito pensar até que algumas palavras que ele disse faz sentido, até tentamos liberar o moleque, mas a mãe do garoto e geral tava numa adrenalina do c@ralho e justo na hora que ela ia pegar o garoto aqueles filho de uma put@ da PM chegou já largando o aço pra cima de nós sem dá tempo pra nada. Na real eram eles ou nós naquela hora. Certo que nada justifica assaltar no asfalto e ainda por cima roubar trabalhador. Nunca nós fizemos isso e logo na primeira vez "kaboom" deu a merd@ que deu. Essa parada ainda vai longe pra c@ralho, a morte do garoto tá rodando em tudo quanto é lugar, até nos estrangeiro já tão anunciando o que rolou. Isso é bom? Isso é uma desgraça pra nós do movimento, porque tudo o que nós menos quer é ser visado e ficar chamando atenção dos cana. Avisei pra Badaue que isso ia dar merd@, mas ele com essa porr@ de querer libertar o parceiro dele Ferrugem do sistema e precisar de vários carros pra fazer isso acabou nos metendo nessa confusão da porr@. Digo parceiro dele, porque não confio e nunca confiei nesse cara. Mas, fazer o que né!? Nós vivemos debaixo da hierarquia e da lei da favela, então se quero me manter vivo tenho que baixar a orelha e fazer vista grossa pras merd@s que vejo "Animal" fazer por aí. Mas, com a Flor a parada é diferente. Por conta dele a garota tá por aí sem dinheiro, sozinha e correndo perigo de aparecer alguém pra fazer alguma m@ldade com ela. Chego de frente a fortaleza e JC libera logo o portão pra minha entrada. Chamo ele na chincha e nós desenrola logo as paradas que quero saber. — E aí parceiro, Badaue chegou? — falo fazendo toque de mão, colocando o descanso da moto no chão e descendo da minha Kawasaki — O chefe chegou a maior cota Senegal, entrou igual foguete e nem olhou pra nós parceiro. Parecia o cão véi. O pior é que ele voltou a usar os bagulho mermão. — JC fala me olhando assustado, porque sabia a merd@ que poderia dar se Badaue voltasse as antigas quando ele se drogava dia sim e outro também. Mas, nessa época era por conta de uma mulher aí que ele sempre foi arriado, mas nunca teve a cara de chegar em cima e por isso fica arrastando corrente até hoje. Soube disso pela Flor, mas nunca vi a cara dessa mina aí e é bem melhor assim, porque do jeito que ele anda fora de si pode até pensar que tô afim da mulher e isso vai dar mais merd@ ainda. Saio dos meus pensamentos olhando pra JC e perguntando. — Tô sabendo dessas treta já parceiro. Mas, fala tu... Tem alguma novidade da Flor irmão? — pergunto fazendo gesto com a cabeça pra dentro da casa — Tem sim parceiro. Um dos nossos viu ela lá pras banda da Zona Sul junto com um play mermão. — JC fala e fico nervoso pra c@ralho imaginando que algum filho da put@ esteja tentando abusar dela véi — Play? Que porr@ de play é esse parceiro? Passa a visão direito mermão. — falo levantando o boné e coçando a cabeça só o ódio já sentindo a adrenalina tomando posse do meu corpo — A parada é a seguinte mermão... o Kikito já tá na tocaia Senegal em frente ao prédio onde ela tá na Avenida Atlântica só no aguarde do que fazer véi. Faz mó cota de tempo que eles tão lá dentro véi. E aí, o que nós faz? Invade aquela porr@ ou fica só na espreita até ela sai de lá? — JC fala e sinto umas paradas estranha pra c@ralho Será que a Flor tá numa enrascada? Ou tá lá porque quer? Mas, de onde ela conhece um play se ela nem sai de casa? — penso por um tempo e logo minha mente dá um estalo que me faz gritar comigo mesmo: — C@ralho, a faculdade! Internet! Put@ que p@riu! Preciso pensar e agir na moral sem causar alarde. Nós já tamo visado por conta do assalto e se chegar na Zona Sul aí que vai dá merd@ mesmo. Olho pro JC e passo logo a visão: — Deixa baixo JC... avisa pra Kikito ficar de olho em tudo, e que se ela aparecer na janela é pra avisar e se ela sair do recinto é pra seguir e passar o rádio na mesma hora. Entendeu? — falo tentando manter tranquilidade colocando o boné com a aba virada pra trás, mas por dentro eu tava só os nervos. Primeiro porque perdi uma noite daquelas com a Renatinha, depois vem o sumiço com a Flor e agora essa porr@ dela tá colada com play do car@lho. Era coisa demais pra minha mente e pra piorar ainda tenho que ouvir JC cheio das graça com porr@ de rádio favela. — Tô ligado véi. Vem cá me responde uma coisa, é a vera os boatos que tão correndo e circulando por aí cara? — Do que tu tá falando parceiro? Que porr@ de conversa é essa que tá rolando na rádio favela? — pergunto já cabreiro — Tão dizendo por aí que tu paga o maior Love e arrasta um bonde pela Flor parceiro. Isso é real? Se for tá bem hein irmão, a Flor é maior gata e ainda é uma mina mil grau. A melhor mulher desse morro todinho. Mó gos... — JC antes de terminar fecho a mão e marco um murro no meio da cara dele gritando na hora — Cala essa boca c@ralho! Pensa mil vez antes de abrir essa merd@ de boca pra falar da minha Flor porr@. Respeita a Flor filho da put@. Nós não tem nada um com o outro, ela é uma criança ainda véi e quero graça com ela não. — grito olhando pra ele cheio de ódio e nem me toco do que eu tinha falado — Minha flor é? Isso é porque tem nada haver tudo o que o povo diz né parceiro!? — JC fala debochado — Esse zé povinho fala pra car@lho isso sim parceiro. Admiro tu ouvindo umas neurose dessa. Flor é uma menina ainda véi! Isso de nós dois é doideira, nada haver. — falo pensativo lembrando do sorriso dela, do jeito que ela sempre me tratou e da nossa briga lá na boca, além do tapão que ela me deu quando tentei impedir dela fugir... C@ralho! Será que? Não! Não! Isso é loucura Senegal, viaja não cara. Flor é só uma menina e nada além disso. Saio dos meus pensamentos com a voz do JC que me faz sair do prumo de vez. — Ela uma criança? A Flor? Tá doidão Senegal? Em que mundo tu vive mermão? Ela é uma mulher cara e vou te dizer viu... Que mulher! A mais linda que já vi nos últimos tempos! Se ela me desse oportunidade investia legal. — JC fala da Flor com segundas intenções e na hora me sobe um ódio que não consigo controlar. Viro meu braço direito e enfio o antebraço embaixo do pescoço dele empurrando de uma só vez contra a parede. Pego minha Glock 30 tiros das costas, destravo e aponto pra testa dele que fica branco igual cera. — Que isso Senegal? Ficou maluco porr@? Vai me matar só porque disse a verdade que a Flor é a maior gata, a mina mais linda e na moral do morro? É isso mesmo parceiro? — JC fala com dificuldade por falta de ar de tanto que eu pressionava o meu cotovelo no pescoço dele — Vou te mandar a real JC, se liga na visão parceiro porque vou falar uma vez só tá ligado!? A próxima vez que ouvir o nome da Flor na boca seja tua, dos soldado, vapor, fogueiteiro ou de qualquer um da nossa tropa vai dar merd@. Tô avisando de boa pra depois neguinho dizer que fiquei maluco. — grito arregalando os olhos cheio de odio e sentindo uma parada estranha dentro do meu peito — Beleza parceiro! Tá mais aqui quem falou não. — ele fala erguendo as mãos em sinal de rendição e solto ele de vez contra a parede — Depois diz que o povo fala demais e que não tá gamadão na mina. — Já te falei que não tô p***a! Mas, que c@ralho véi! — falo travando a arma — Beleza irmão... tamo junto... segue teu trajeto na paz aí e fico aqui com a minha paz no meu serviço tá ligado!? — JC fala se afastando recuperando o fôlego — Beleza véi. Agora continua teu serviço que vou ter um papo reto com o poderoso chefão. — Falou! Vai lá ceguinho gamadinho... o pior cego é aquele que não quer verrrrrr... — ele grita e sai correndo fechando o portão quando faço gesto de dar uma carreira nele, olho pro alto e levando o boné coçando a cabeça. Tô preocupadaço com a Flor, tô sentindo até uns aperto no peito cara. Se alguma coisa acontecer com ela eu mato o Badaue. Penso comigo mesmo e volto a si com a voz do Animal só o pó da rabiola gritando. — E aí parceiro vai entrar ou vai ficar moscando por aí? — Badaue grita me olhando da sacada do quarto e olho pra ele de lado ainda com a arma na mão e só miro nele de cima a baixo. — Qual é? Tá apontando essa merd@ pra cima de mim porque? Tu veio me matar? Tem certeza disso Senegal? — Badaue fala me olhando fixo — Vontade não me falta e você sabe véi. Mas, tu tá ligado que Pitbull não precisa latir pra colocar medo. O que tu fez com a Flor foi fod@ pra c@ralho e tá osso pra engolir. Se liga parceiro que tá feio pro teu lado e se tu perder a postura já era mermão. — falo guardando a arma nas costas e cobrindo com a camisa da Lacoste — Logo ela volta cara e tu sabe como as parada flui. Sei pra que esse show todo. Onde ela vai sem dinheiro, com fome e com sede? E outra, sem conhecer ninguém por aqui? Isso é bom pra ela aprender a dar valor a tudo que faço por ela aqui no morro e assim deixa de ser uma ingrata. Agora entra porr@ que nós tem que desenrolar a parada da morte do CK. — Badaue fala virando de costas e entro na casa Ele desce a escada só de bermuda, usando o cordão de lei com a letra A e sem camisa com uma cara de monstro que até o capeta tremia. Vai pra cozinha e já sigo ele falando um monte. — Tu é um filho da put@ mesmo Badaue. E m*l informado pra car@lho. Sabe onde a Flor tá agora cara? Num apartamento na Avenida Atlântica sei lá com quem mermão. Mas, é um c@ralho mermão! Porr@! — grito nervoso pra c@cete esmurrando a mesa de madeora, só imaginando aquele zé bocet@ que nem sei quem é, mas que já é meu inimigo tocando na Flor — Calma c@ralho! Se tu quebrar alguma coisa aqui vai pagar hein porr@! Agora passa a visão direito parceiro! Como assim? Flor? Na Avenida Atlântica? — ele pega um copo d'água gelado e coloca dois sonrisal pra tentar curar a porr@ da ressaca e se assusta com o que escuta — Isso mesmo parceiro. Nossos fiel rastrearam ela e passaram a visão que ela entrou num prédio de granfino dentro do carro de um cara. Pelo visto geral aqui tava desinformado, principalmente tu cumpade e Flor agora tá passando sei lá o que nas mãos desse filho da put@. — falo só o ódio e ele dá uma ordem — Car@lho! Prepara tudo que nós vai ir pro asfalto atrás dessa doida. — Badaue se alguma parada de r**m acontecer com a Flor cara tu vai pagar caro por isso. Já te livrei de muitas mermão, mas isso já foi demais. E outra, tu não pode sair no asfalto. Já pensou se alguém te vê e lembra da tua cara? — falo o encarando — Para de dizer merda, ninguém vai me impedir de sair no asfalto e muito menos uma mulher como a de ontem. Bora Senegal e cumpre minhas ordem AGORA! — ele grita — Tô dizendo merd@ não cumpade, só tô te passando a visão das paradas e te mandando a realidade. Já chega às merd@ que aconteceu ontem com o moleque e com a Flor. — falo o encarando e ele tomar dissolve o sonrisal na água gelada bebe num gole só. Coloca o copo com força em cima da bancada e encara pra mim com um risinho de deboche que eu sempre odiei e ele sabia disso desde sempre. Mas, sempre fazia pra mostrar que tava por cima das paradas, só que a verdade era bem outra. — A real sabe qual é mesmo Senegal? É que tô percebendo a maior cota tu pagando paixão pra minha sobrinha cara. E aí, vai conseguir negar? Tu tá ou não emocionado pela Flor porr@? Badaue grita e fico parado pensando comigo mesmo antes de dizer qualquer coisa: Outra vez essa mesma história. Put@ que p@riu véi! Será que geral tá enxergando uma parada que no fundo só eu que ainda não percebi? Será que eu tô mermo com os quatro pneus arriado pela Flor? Olho pra Badaue e não falo porr@ de resposta nenhuma. Dou as costas e vou saindo da casa. — Onde tu vai Senegal? Responde a minha pergunta porr@! — ele grita — Tem nada pra responder pra tu chefão! Se adianta aí porque nós tem uma parada urgente pra fazer parceiro, bora resolver a merd@ que tu fez e trazer a Flor de volta pra onde ela nunca deveria ter saído... a casa dela. ×××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××× Continua...
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