(continuação..) 121. Carolina Narrando A mulher que eu tanto odiava, tanto temia, estava ali, e eu me sentia uma criança de novo, vulnerável e pequena diante dela. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim dizia que eu não podia deixar ela me destruir de novo. Não dessa vez. Eu precisava tomar uma decisão, e rápido. Mas naquele momento, eu só conseguia ficar ali, parada, encarando aquela que me trouxe tanto sofrimento, sem saber se eu ia conseguir enfrentar esse novo pesadelo que acabava de começar. Eu ainda tava congelada, tentando processar a presença dela ali na minha frente, quando a Ana começou a chorar. As lágrimas escorriam pelo rosto dela, e eu não sabia se sentia pena ou raiva. — O que você quer? — perguntei, tentando manter a voz firme, mesmo com o coração batendo na garganta.