Capítulo 32

763 Words
Clara Oliveira 26 de novembro de 2023 | São Paulo, Brasil Depois do confronto com Pedro, a tensão no ar entre mim e Leonardo parecia ter se transformado em algo diferente. Uma mistura de alívio, adrenalina e uma necessidade intensa de nos reconectar. As palavras de Pedro ainda ecoavam na minha mente, mas o que dominava meus pensamentos era o quanto eu precisava estar com Leonardo naquele momento. Queria sentir que, apesar de todos os obstáculos, nosso relacionamento era sólido, real... e, acima de tudo, inegável. Estávamos em casa, o silêncio entre nós agora carregado de uma energia elétrica. Leonardo me olhou de forma intensa, seus olhos escuros brilhando como se quisesse falar, mas sabia que as palavras não eram suficientes para expressar o que ele sentia. Nem para mim. Eu me aproximei dele, sem dizer uma palavra, nossos corpos já entendendo o que nossas mentes ainda processavam. Precisávamos nos encontrar — de uma forma que fosse só nossa, sem o peso do passado ou dos julgamentos do mundo. Naquele momento, era só ele e eu. Leonardo me puxou com força, suas mãos firmes segurando minha cintura, trazendo meu corpo para o dele. A intensidade no olhar dele era quase palpável, e eu sentia minha pele arrepiar ao menor toque. — Você me enlouquece, Clara — ele sussurrou, sua voz rouca, cheia de desejo e paixão. Eu sorri, sabendo exatamente o que ele queria dizer, porque eu sentia o mesmo. A química entre nós era explosiva, como se todo o drama e as dificuldades tivessem apenas acendido ainda mais o fogo que existia entre nós. Nosso beijo foi urgente, faminto. Era mais do que só paixão — era uma necessidade de estarmos conectados de todas as maneiras possíveis. Leonardo me pegou no colo, sem esforço, me carregando em direção ao quarto. Cada passo que ele dava, eu sentia a tensão crescendo, a antecipação do que viria a seguir. Assim que chegamos ao quarto, ele me colocou no chão, e eu me virei para ele, nossos olhares se encontrando mais uma vez. Havia uma promessa ali, uma compreensão mútua de que estávamos prestes a nos perder um no outro de todas as maneiras. Leonardo começou a tirar minha roupa lentamente, seus dedos habilidosos passando pela minha pele, deixando um rastro de calor por onde tocava. A sensação era intoxicante. — Você é tudo o que eu preciso — ele murmurou, enquanto me puxava para mais perto, seus lábios roçando minha orelha. Eu sorri contra ele, sabendo que naquele momento, tudo o que importava era nós dois. Ele me deitou na cama, e então, com um movimento ágil, assumiu o controle da situação, sua boca e suas mãos explorando cada parte de mim. O quarto estava imerso em uma tensão erótica, enquanto Leonardo e eu nos envolvíamos em uma dança de corpos que parecia nunca acabar. Cada toque, cada movimento era calculado para intensificar o desejo entre nós, e a maneira como ele me guiava, trocando de posição com uma facilidade que mostrava o quanto ele sabia do que gostávamos, me deixava sem fôlego. Posições diferentes, novos ângulos — tudo contribuía para tornar aquele momento ainda mais intenso e visceral. Nosso corpo parecia se mover em sintonia, como se soubéssemos exatamente o que o outro precisava, e o que o momento exigia. Leonardo estava focado em mim, completamente entregue a cada sensação, e eu a ele. Nós dois estávamos completamente imersos no desejo, e o mundo ao redor desapareceu. As mãos dele deslizavam por cada parte do meu corpo, como se ele estivesse mapeando cada curva, cada detalhe. Eu sentia a intensidade aumentando, o calor crescendo com cada nova posição, cada novo toque. Era uma sensação avassaladora de estarmos unidos de uma forma tão íntima que tudo o mais se apagava. A noite passou em um borrão de calor e sensações, com Leonardo me levando a cada vez mais alto, experimentando novos ritmos, novos jeitos de nos conectarmos. E quando finalmente caímos exaustos na cama, o quarto estava mergulhado em uma tranquilidade pós-turbulenta. Leonardo se deitou ao meu lado, ainda respirando fundo, com o corpo suado e a mente provavelmente tão vazia quanto a minha. — Eu não consigo imaginar minha vida sem você — ele disse, a voz rouca e baixa, quase um sussurro. Eu sorri, virando-me para encará-lo, sentindo uma felicidade que era difícil de descrever. Sabíamos que o mundo lá fora continuava sendo caótico, que os desafios ainda estavam ali, esperando por nós. Mas, naquele momento, era só nós dois, e isso era o suficiente.
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