Lua de mel?

953 Words
Pedro era tão romântico. Do tipo que te pega no colo para entrar em casa sabe! Era muito bom estar com ele. Poder lhe beijar e saber que agora, nada e nem ninguém nos atrapalharia. Que o nossa amor só iria crescer. Quando chegamos no nosso apartamento, Pedro me pegou no colo para entrarmos em casa. Eu estava nervosa, mas a felicidade era muito maior. Ele me levou direto para o quarto e, para a minha surpresa, havia outra garrafa de vinho esperando. Ele deve ter posto lá antes de sairmos e eu não percebi. Ele abriu o vinho e brindamos a nós dois e a nossa felicidade. Tudo estava perfeito. Até o momento em que começamos a avançar. Pedro, como sempre, foi fazendo tudo com muito carinho e amor. Mas eu, não sei. Parece que algo estranho estava acontecendo. Eu tinha uma sensação estranha a cada toque mais quente dele. A cada beijo. Pensei que deveria ser nervosismo por nós dois nunca termos ficado assim, com tanta i********e um com o outro. Usando esse pensamento, fiz o que pude para relaxar e curtir nossa primeira noite juntos e os carinhos que estava recebendo. Quando o dia amanheceu, estávamos abraçados os dois, nus na cama. Me levantei devagar e fui tomar um banho. Depois, fui direto para a cozinha preparar um delicioso café da manhã para o meu amor. Fiz questão de colocar em uma bandeja e levar para o quarto. Acordei Pedro com vários beijinhos e, quando ele viu a bandeja, sorriu. _ Ei moça! Não deveria ser o homem a preparar algo assim para a mulher da sua vida? O sorriso dele me deixava em paz e me fazia sentir vontade de rir também. _ E você fará. Teremos muitas oportunidades para você me surpreender. Mas hoje não. Hoje eu quis agradar ao meu lindo e carinhoso marido. E ele voltou a sorrir do jeito que eu amo tanto. Eu não tive coragem para lhe contar a sensação estranha que senti quando ele me tocou de maneira mais íntima e nem do quanto foi difícil para mim relaxar. Achei que se lhe contasse, isso iria magoar o Pedro e eu não queria lhe causar nenhuma mágoa. Poxa, ele estava sendo tão romântico e fofo, cuidando de tudo com tanto amor e carinho. À noite, ele foi tão carinhoso que até parecia ser a minha primeira vez. Eu não poderia deixar esse sentimento bobo estragar a beleza do que a gente sentia um pelo outro. Durante o dia, fomos passear de mãos dadas por vários locais de São Paulo. Curtir a nossa lua de mel. Mas cada vez que a i********e aumentava, o sentimento de que aquilo não estava certo e de que eu não poderia estar agindo assim com Pedro, aumentava. E por mais vezes, eu brigava com esse sentimento dentro de mim. Não tem como sermos parentes de sangue, Pedro e eu, para eu sentir que aquilo era errado. Eu estava convicta e certa da minha orientação s****l. Eu também estava convicta de que me casei por amor. E era um amor lindo e gostoso, do tipo que faz a gente querer mais. Resolvi então deixar esse sentimento de lado e fazer o possível para curtir essa, lua de mel, de uma certa forma, com o Pedro. Essa noite, ele resolveu cozinhar para nós dois uma de suas especialidades. Arroz, carneiro assado com um molho especial e batatas. Tudo parecia extremamente perfeito. _ Você está bem? - Pedro me perguntou. _ Sim é claro que estou. Por que a pergunta? - Eu respondi rapidamente. _ Você m*l mexeu na comida e me parece tão distraída. Não gostou do que preparei? Por favor me fale que não faço mais. Quero cozinhar para você, mas coisas que goste. _ Não é nada disso amor. A comida está deliciosa. Estou apenas pensando em seus pais e em meus pais. No quanto eles foram contra nós dois. Qual será o verdadeiro motivo que eles têm? _ Pensei nisso esses dias também. Mas se fosse algo grave já teriam contado. Deve ser apenas as implicâncias de família mesmo. Aquelas que já estamos acostumados. E começou a rir. Isso me fez sorrir e me ajudou a terminar o jantar que, de fato, estava delicioso. Os dias que se seguiram foram bem parecidos. Cheios de amor e muito carinho. Quando íamos para a i********e, eu lutava contra o sentimento de que algo errado estava ali para tentar relaxar e seguir. Pedro era super carinhoso e fazia tudo com tanto amor e cuidado comigo que me deixava triste quando eu não conseguia relaxar completamente e aproveitar. Cheguei a lhe perguntar se ele gostava do sexo entre nós. Ele sorria e me respondia que eu poderia ser mais atrevida, igual aquelas atrizes pornográficas. Aí eu percebia que era brincadeira dele e acabávamos gargalhando muito. Mas, de alguma forma, conforme eu lutava mais e mais contra esse sentimento horrível que sempre me impedia de amar Pedro completamente, mais ele vinha forte e dificultava a minha vida com ele. Pedro parecia não notar nada. Talvez eu estava ficando realmente boa em fingir. Mas eu não queria mais fingir. Eu queria poder sentir tudo aquilo que sonhei para nós dois. Então resolvi buscar ajuda psicológica. Eu precisava falar com alguém sobre esse assunto. E não poderia ser amigos já que nosso círculo de amizade era em comum. Meus pais iriam tentar separar nós dois a todo custo dizendo que não nos amamos. Então teria de ser ajuda profissional. Pois só uma pessoa muito imparcial conseguiria por a minha cabeça em ordem e me ajudar a seguir em frente com o casamento que sempre sonhei e com o grande amor da minha vida.
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