RIO DE JANEIRO-BRASIL
POR MARIA EDUARDA
Eu sei o que Ella está tentando fazer, e de verdade não gosto nenhum pouco dessa idéia, ela diz que é para comemorar meu aniversário, mas eu sei que no fundo ela está tentando me empurrar aquele i****a do irmão dela.
Miguel é bonito e sexy pra caramba, mas estou farta de homens como ele que só pensam no próprio umbigo.
Mas se é pra provocar é comigo mesma, coloco um vestido que evidencia todas as curvas do meu corpo, deixo meus cabelos soltos e passo uma maquiagem significativa.
Olho-me mais uma vez no espelho antes de escutar a buzina e em seguida minha mãe me avisar que um moço bonito me espera lá fora.
Pego minha pequena bolsa, onde coloco meu celular, um batom, meu documento e saio.
O vejo parado do lado de fora do lindo carro preto estacionado, olho para os lados procurando algum sinal dos homens de Evandro, mesmo após esses anos ainda tenho medo e sei que ele ainda me segue.
Miguel abre a porta do carro para mim, como um bom cavalheiro, se eu não o conhecesse até acreditaria na face de bom moço.
Ele segue rumo a boate, e às vezes ele me olha, eu finjo não perceber, mas a verdade é que sinto seus olhos me queimarem.
Chegamos à boate e logo encontro Ella que está conversando com Felipe que mais parece um guarda costas atrás dela.
Sigo para a pista de dança enquanto observo Miguel subir para o camarote, vejo muitas mulheres lá em cima também e não sei por que mas isso me irrita, começo a dançar me deixando levar pela batida da música, logo sinto mãos na minha cintura e um belo rapaz me sorri, mas em fração de segundos ouço a voz de Miguel ao meu lado.
Ele me puxa e diz.
—Ela está comigo.
O cara sai andando rumo ao bar.
—Você está bem?—ele me pergunta.
—Sim estou, porque fez isso?—questiono.
Ele passa a mão pelo meu rosto e diz.
—Por que você é minha.
—Que história é essa de sua? Você é maluco—digo o empurrando.
Quem ele pensa que é? Não sou dele.
Ele passa a mão em meu rosto novamente colocando uma mecha de cabelo solta atrás da minha orelha e diz.
—Ouça passarinho, você pode não ser minha hoje, mas será minha em breve, e quando estiver gemendo sob meu corpo não irá desejar estar em outro lugar—ele diz me soltando e volta ao camarote, eu continuo o olhando subir as escadas.
Vejo quando uma loira peituda se aproxima dele, ela se oferece de bandeja para ele, e ele claro dá espaço para ela, vejo quando a v***a segura o p*u dele, e o pior ele ainda me olha.
Decido que aquilo basta para mim, saio rumo a saída, passando por Ella e Lipe.
Chego ao lado de fora, e pego meu celular na bolsa, preciso chamar um carro, vejo um cara se aproximando ele segura em meu braço.
Um carro para bruscamente á nossa frente, vejo então Miguel descer, eu ainda tentei chamar por ele, mas ele apenas socou a cara do homem.
—Venha—ele diz segurando em meu braço e me colocando dentro do carro, ele coloca o cinto de segurança em mim e se acomoda atrás do volante.
—O que faz aqui? Não estava ocupado com a loira peituda?—questiono.
—Você tem o que na cabeça Maria Eduarda? Sair sozinha a essa hora, com essa roupa, você consegue imaginar o que poderia te acontecer caso eu não viesse atrás de você?—ele inquire.
Ele para o carro na orla em frente a praia e me olha.
—Me desculpe atrapalhar a f**a da noite, senhor gostosão—digo com tom de deboche, e pelo olhar que ele me lança ele está seriamente irritado.
—Repita isso—ele diz sério.
—Qual parte? A que atrapalhei a f**a da noite?—digo irritada.
—Não, a parte em que diz que sou gostosão—ele diz e me puxa rapidamente para o seu colo, olha em meus olhos e diz.
—Eu vou te beijar.
—Me beije—digo manhosa.
E como se ele conhecesse cada parte do meu corpo, e os pontos certos onde deveria me tocar, ele me beija, passando suas mãos pelo meu corpo me deixando arrepiada.
Sinto o ponto úmido entre minhas pernas latejar enquanto me esfrego em seu volume duro ainda preso sob as calças.
Eu queria seu corpo tanto quanto ele queria o meu, e quando vi seu p*u livre das calças e cuecas, parecia me chamar, as veias saltavam pela sua extensão, e eu só conseguia o imaginar dentro de mim.
Me acomodei sobre aquele monumento que era seu p*u, e iniciei os movimentos de sobe e desce me apoiando em seus ombros, ouvindo-o gemer em meu ouvido e guiar meus movimentos segurando em minha b***a.
Chegamos ao ápice do prazer juntos, e não que eu queira que ele saiba, mas nosso corpo tinha um encaixe perfeito e pareciamos termos sido feitos um para o outro.
Ele leva as mãos à cabeça visivelmente preocupado, então digo.
—Não se preocupe, eu uso contraceptivos, que estudante de medicina eu seria se não me cuidasse, e ter um filho seu é uma coisa que realmente não quero, e me cuido faço exames periodicamente, estou limpa e espero que você também esteja.
—É claro que estou, não saio por aí comendo qualquer uma sem preservativo, mas por que ter um filho comigo te assusta tanto?—questiona.
—Por que você não é o cara que vai montar uma casa para nenhuma mulher, você não é para ser levado a sério, e a verdade é que nem gosto de você—digo saindo de cima dele e arrumando o meu vestido.
Ele fica olhando para mim enquanto arruma suas próprias roupas.
Ele coloca o carro em movimento e logo entramos no Alemão, ele está pensativo, para o carro e antes que eu saia ele diz.
—Enquanto gemia você parecia gostar de mim.
—Miguel eu não gosto de você, mas do seu p*u eu gostei muito, obrigada pela carona baby—digo saindo do carro e entrando pelo portão de ferro pintado de branco.
Ainda o vejo bufar, enquanto entro em casa, a verdade é que eu não permitiria que alguém entrasse na minha vida, eu não queria e nem podia me apaixonar por ninguém, automaticamente essa pessoa se tornaria alvo de Evandro.
Ainda recordo do cheiro daquela casa, e da voz dele tentando me acalmar, Evandro não era uma pessoa r**m, apesar de ser quem ele é no Alemão.
Eu fui usada como um maldito p*******o pelo meu irmão, e fiquei dois meses presa junto ao Evandro, eu não poderia chamar aquela casa confortavel de cativeiro, a única restrição era não sair de lá, mas ele até me deixava falar com a minha mãe.
Evandro nunca me forçou a nada, ele nunca sequer me deu um beijo a força, eu me entreguei a ele por que eu quis, por que me apaixonei pelo cara a quem eu deveria odiar.
Quando finalmente minha mãe juntou o dinheiro para pagar a dívida de Mateus, ela foi até a casa do Evandro, mas ele não aceitou o dinheiro, e mesmo assim me soltou, voltei para casa com a minha mãe e naquele dia eu soube que Evandro não era o monstro sem coração que todos aqui pensam que ele é.
Desde então nunca mais o vi, até vejo seu carro de longe, mas não o vejo, apenas seus homens me seguem e creio que seja para a minha própria segurança.
Quando consegui entrar na faculdade de medicina, ao chegar em casa me deparei com diversos buquês de rosas brancas e alguns cartões me desejando muito sucesso, eu sabia que eram dele, e eu ainda o queria, mas Evandro nunca foi pra mim.
A verdade é que até hoje, até Miguel eu não havia me sentido atraída por ninguém como por Evandro.
LEMBRANÇAS ON
5 ANOS ANTES
—Mateus, como você pode usar a sua irmã dessa forma? Você tem noção do que pode acontecer com ela?—minha mãe diz.
—Eu não tinha saÍda mãe, eles iam me matar—Mateus diz.
—Eu quem vou te matar—ela diz desferindo alguns tapas nele.
—Mamãe se acalme, eu vou com eles—digo vendo o carro preto parado à nossa porta.
—Filha, você não pode ir—minha mãe diz.
—Ele não fará m*l a ela mãe, eu vou pagar minha dívida, vou atrás do meu pai—Mateus diz.
—Você não se atreva a procurar aquele homem Mateus—minha mãe diz.
—Mas ele é a p***a de um promotor não é? E é nosso pai—Mateus diz.
—O pai que os abandonou, o pai que me abandonou, para se casar com a moça rica de família nobre, que nunca nem voltou para saber como você estava ou menos ainda para conhecer sua irmã, não precisamos dele—minha mãe diz cheia de mágoa.
Uma batida na porta nos assusta, eu abro e vejo um rapaz de boné, ele me olha e diz.
—Ai morena tá na hora de ir, o Don tá esperando no carro.
Olho novamente para a minha mãe e a abraço, caminho até meu irmão e digo.
—Eu nunca irei te perdoar.
Vejo lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
Pego a mochila com algumas roupas e caminho até o carro.
Eu ia entrar na parte de trás, no entanto o mesmo rapaz de antes abre a porta do passageiro para mim, e foi aí que o vi pela primeira vez.
Seu perfume preenchia todo o carro, seus olhos pousaram sobre os meus, sua barba rala e seu rosto bem desenhado.
—Não precisa ter medo de mim, me chamo Evandro, apesar de por aqui só me chamarem de Don, poucas pessoas sabem meu nome, apenas as mais importantes e você é uma delas agora—ele diz sorrindo, exibindo dentes perfeitos e um sorriso de molhar as calcinhas.
—Eu sou a Maria Eduarda—digo tímida.
—Eu sei bebezinha—ele diz colocando o carro em movimento.
Chegamos a casa dele, uma bela e confortável casa no topo do morro do Alemão, ele estaciona dá a volta e abre a porta para me ajudar a descer, eu olho tudo à minha volta, encantada com o luxo,uma bela piscina iluminada refletia a luz da lua em sua água cristalina.
Caminho pelo corredor que dá acesso a uma confortável sala.
—Bebê você pode fazer o que quiser aqui, você não é uma prisioneira, só não pode sair—Evandro diz.
—Não sou uma prisioneira, sou a merda de um p*******o—digo irritada.
—Esse é seu quarto, mude o que quiser, se precisar de algo peça ao Isaque ele irá comprar—ele diz.
—Eu tenho um quarto? Achei que seria sua escrava s****l ou algo assim—digo em tom de deboche.
Ele me encosta na parede pressionando meu pescoço com a mão, sem força, apenas dominando, exibindo as tatuagens em seu braço.
—Bebezinha, não me provoque eu posso ser m*l ou bom depende exclusivamente de você, a minha vontade é colocar você de quatro e te f***r até que esqueça seu nome, mas eu sei que é virgem apesar desse corpo maravilhoso, e sei também que me quer aqui—ele pressiona o ponto úmido entre minhas pernas, e realmente eu o queria.
Ele deposita um beijo casto em meus lábios e sai do quarto me deixando confusa e em chamas.
LEMBRANÇAS OFF