CAPÍTULO QUINZE

1626 Words
Lyra havia comido o melhor banquete em toda sua vida. Tinha tantas comida que ela ficou infeliz por não conseguir experimentar todos os doces quando enfim terminou o banquete. Não era necessário dizer que ela não tinha privilégios como experimentar um bom bolo de chocolate no orfanato onde ela vivia. Ela quase sentiu vontade de levar o tabuleiro de bolo chocolate para o quarto quando um garoto alto, de orelhas significativamente grandes e olhos amarelos chamou todos os primaristas, e Lyra teve que deixar os doces. Como esperado ela teve que subir e descer escadas. O castelo era enorme ! E as cortes eram divididas em Torres. A direita, onde nascia o sol primeiro, ficava a do irmão, que fez ela sentir um pouco de inveja, era tão perto tudo. Ao contrário da dela ! Lyra já tinha andado tanto atrás do garoto de orelhas grandes que ela acreditava que já tinha atravessado todo o castelo. A torre das Sombras ! Era a última torre do colégio, onde também o sol batia por último, e Lyra conseguiu perceber imediatamente isso, quando chegou no local e sentiu o clima mudar. Tudo ficou gelado ! Além de escura a torre parecia ser um tanto solitária e cavernosa e havia poucas janelas no local, que fez Lyra se pergunta se o patriarca de sua casa era algum vampiro. — Os dormitórios de cada Corte são privados ! Isso significa sem convidados indesejados. E eu não repetirei isso ! — O garoto de orelhas grandes destacou em um tom grave de voz convidados “indesejados”. Com certeza isso era um problema constante — As regras estabelecidas estão em cima de suas malas ! Leiam... gravem e não me atormentem. — o garoto atravessou uma porta grande esverdeada a frente que tinha em suas laterais uma serpente, deixando suas palavras “gentis” para trás. Porque todo mundo parecia m*l humorado e sem paciência naquele lugar. Tinha comidas tão boas que ela não via motivos para ser m*l humorada ! Talvez as aulas fossem maçantes, mas como havia prometido o tio, iria se esforçar. E se lembrando do tio, ela se perguntou se o mesmo ficaria decepcionado por saber que ela não havia sido selecionada para a corte que pais pertenciam. Ela estava decepcionada. Acreditava que sua vida seria mais fácil se estivesse passado para Corte Iluminada. Lá ela tinha seu irmão, Florence, Anthony e até mesmo Ethel, mas agora em sua Corte ela estava sozinha. E como água gelada, sendo jogada em seu coração quente ela percebeu isso quando passou pela porta de seu dormitório. O local que ela estava agora era extremamente luxuoso, tudo que Lyra via se resumia a cores douradas e verde musgo em suas outras variações. No meio da sala tinha um jogo de quatro longos sofás de couro preto e uma mesinha dourada em seu centro e também alguns quadros de paisagens estranhas. Uma lareira aquecia o local cheio de vozes, e quando Lyra olhou para o alto procurando a luz que iluminava o local ela ficou ainda mais impressionada. Pois acima dela não havia teto, mais sim um céu tempestuoso com sutis formações de raios esverdeados. E quando um raio brilhou no teto Lyra fechou os olhos e apertou o braço de uma pessoa ao seu lado sem perceber, e quando não ouve o som do raio, ela abre os olhos, percebendo naquele momento que estava dando a mão alguém que a exibia o sorriso caçoador em sua expressões. — Medo de raios Vandergard ? — Fazendo Lyra encarar Draven Villin raivosa e puxar sua mão. Ela tinha que logo pegar a mão dele ? — Os dormitórios das meninas ficam a direita e os dormitórios dos meninos ficam a esquerda. — Ela rapidamente se afastar, a tempo de ouvir onde seria o seu dormitório. — Os seus nomes estarão gravados acima de suas camas. Assim também como suas malas estarão em cima da cama. — E com essa informação seguindo um pequeno grupo, Lyra se dirigiu para seu dormitório, tendo a infelicidade de se deparar com mais uma escada. Ao contrario das outras essa tinha apenas quatro degraus para sua sorte. E esses degraus a levaram a um corredor onde tinha três portas a direita e três a esquerda. A primeira porta estava escrito primaristas acima da mesma e como era primeira vez que Lyra estava naquele lugar concluiu que aquele seria seu dormitório, mas após verificar o nome em cada cama, postas uma do lado da outra no total dez, Lyra concluiu que aquele não era o seu quarto. Mas como isso seria possível ? E após está um bom tempo no quarto procurando respostas em sua própria cabeça, Lyra se retirar ao começar ser encarada de forma esquisita por garotas que felizmente não tinha nem idade para enfrenta-la, mas algumas tinha sua altura, facilitando assim a saída dela do local em busca de seu dormitório. Talvez tivesse ocorrido alguma confusão e optaram por colocá-la em outro quarto. Afinal ela já tinha quatorze anos ! Não seria ideal dormir no quarto dos primaristas. Então ela se direcionou para o segundo, onde estava escrito secundaristas e adentrou o espaço que também tinha o total de dez camas, e recebeu olhares também nada legais das meninas que habitavam no espaço e se retirou presumindo com todas as camas ocupadas que o seu nome não estaria lá. E sem opção ao não ser prosseguir Lyra partiu para o seu terceiro quarto. Onde assim que ela entrou recebeu os piores olhares de um grupo de total seis garotas, que pareciam estarem conversando até ela entrar. E como se isso não fosse pior, ao procurar em uma das muitas camas, mais especificamente na última que ficava ao lado de uma janela Lyra encontrou seu nome no baú, a frente de sua cama. Inicialmente ela ficou realmente aliviada por ter finalmente encontrado seu nome, porém logo começou sentir o peço dos olhares sobre ela, que realmente a irritou. E as coisas somente pioraram quando ela percebeu que uma das garotas que a encaravam, era a mesma de olhos separados que ela encontrou na Madame Flu Flu. — Acho que se enganou de dormitório querida. — Falou a garota e Lyra permaneceu silencio arrumando suas malas. — Você é primarista não é ? — Meu nome não está lá. — Lyra rebateu prontamente em curtas palavras não querendo se meter em nenhum problema. — Parece que sua família finalmente começou tomar decisões decentes, mesmo você não sendo muito. — E com essas palavras Lyra posou sua mão sobre a cama, sentou balançando os pés, olhou a garota loira de cima baixo, reparando alguns vários botões de sua blusa escolar aberta e um batom vermelho um tanto exagerado em seus lábios e disse : — E imagino que você sejas. — Como disse ? — Me parece que você também e surda. Estranho ! — Lyra rebateu e jurou ter ouvido algumas risadinhas atrás que foram cessadas, quando uma garota de cabelos loiros claros que imediatamente saiu de trás do grupo e se colocou a frente. — Eu vou considera que você e nova aqui e vou te dar alguns conselhos. Ou melhor um conselho, alguns sangues são melhores do que outros e você pode descobrir isso do pior jeito ou do melhor jeito, então sugiro que você se coloque no seu lugar se não desejas descobrir isso do pior jeito. — é a ameaçou. Lyra em um segundo pensou em formas de como acabar com aquilo. Porém assustada com seu próprio pensamento ela voltou ao silêncio e com sorrisinho vitorioso a garota saiu acompanhada do seu grupo. E uma especial que observava Lyra cpm um sorriso torto. Era uma garota alta de cabelos lisos pretos muito bonitos que estava deitada na cama e se levantou por último e saiu desfilando com alto salto que Lyra duvidava que estava em seu uniforme. ☽︎ ✵ ☾︎ — Alguma coisa deu errada. — Falou Sophia olhando para o velho mago, que parecia muito calmo ao contrário das duas bruxas. — E claro que alguma coisa deu errada ! — Queixou Odessa andando entre os bustos na sala, como se procurasse algo fora do lugar para concertar — Ela foi selecionada para Corte errada. — Concluiu a bruxa arrumando um livro em uma mesinha. — Ela não foi selecionada para Corte errada, as chamas nunca erram. — Rebateu Heráclito com as mãos entrelaçadas sobre a mesa de acácia a sua frente. — Se a chamas nunca erram como que ela esta na Corte das Sombras ? — Indagou a mulher de vestimentas escuras parecendo impaciente. Como se exigisse do velho mago enquanto cruzava os seus braços uma explicação. — A profecia prediz... — A profecia prediz que seriam as Cortes fundadoras, não quais Cortes. — concluiu Heráclito interrompendo a bruxa. — Então o senhor está dizendo que alguém da Corte das Sombras poderia cumprir uma profecia da Corte Iluminada ? — Perguntou Sophia parecendo confusa. — A profecia não se refere a ela. — Concluiu Odessa e velho mago ficou em silêncio, como se desse razão a fala de Odessa. — Claro que não se refere ! Como no poderia se referir ? — Atrelou Sophia entrando na frente de Odessa parecendo discutir com sigo mesma, talvez surtando ! — Temos que fazer algo. — complementou Odessa sobre o silêncio do velho mago. — Talvez uma nova seleção resolva. — Sugeriu a mesma. — Não podemos intervir em quem chamas decidiu escolher. — obrigando Heráclito intervir. E Odessa pareceu pensar em algo para falar, porém preferiu o silêncio e se retirou pisando firme sobre os seus saltos. Como sempre com suas expressões fechadas que aquela noite estariam um pouco mais confusas.
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