No dia seguinte Lyra acordou na cama do seu dormitório de cortinas esverdeadas um tanto atrasada. Não havia despertadores no mundo mágico e os sinos ficavam muito longe de sua torre, e todas as garotas saíram sem sequer fazer a gentileza de acorda-la. E agora olhando para relógio pendurado na parede que indicava dez para oito, a menina corria pelo seu quarto com seus cabelos cheios e bochecha rosada jogando seu uniforme pelo seu corpo. As suas aulas começavam pontualmente às oito ! Ela tinha apenas dez minutos para se arrumar e ir para sua primeira aula que seria de :
— Aristocracia diplomata — Lyra murmurou encarando o pequeno pergaminho em mãos se perguntando que diabos era uma “aula de aristocracia diplomata”.
Ela nunca tinha estudado em uma escola, quanto mais mágica. Tudo que aprendeu, veio dos poucos livros que ela conseguiu ler no orfanato. Porém sabia que nenhuma instrução sua faria ela escapar de um atraso e não tendo muito tempo de arrumar pela terceira fez a sua gravata no espelho que nunca ficava boa, Lyra com sua pesada mochila cheia de tudo que ela achava que iria precisar em seu primeiro dia de aula, sair de seu dormitório. Correndo o máximo que conseguia com a mochila em suas costas se perdeu muitas vezes pelo castelo. O local era enorme ! Tinha muitas escadas. Largas, grandes e pequenas ! Tinha bustos que as vezes se mexiam dando grandes sustos a ela que naquele momento já havia comprovado para si, que os bustos e estátuas do local realmente se mexiam. E alguns até se negavam a liberar entradas de alguns espaços para ela que eram proibidos alunos. Tinha também portas. Milhares de portas. De todos os tipos, grandes e pequenas. E nenhuma a levou ao lugar que ela precisava. Ela precisava está, como estava escrito no pergaminho ? “na ala onze na torre branca” Lyra não tinha ideia onde era isso. Não sabia mais oque fazer. Corria por um corredor um pouco apagado reverente aos outros que tinha tantos bustos e coisas para se olhar, quando algo com mesma significância de uma parede parar ela a fazendo cair com tudo no chão.
— Será que ninguém olhar por onde anda nesse lugar. — murmurou a menina um tanto irritada no chão sem nem mesmo levantar o olhar. Já havia caído duas vezes desde que chegará a Academia. Tudo bem que era incrivelmente desastrada, mas as pessoas daquele lugar, também não pareciam colaborar. Porém mesmo suas queixas sendo consideradas plausíveis ao seus olhos, quando finalmente levantou o olhar para arrumar seu uniforme, se arrependeu amargamente do que disse.
Lyra teve a sorte de bater com tudo justamente contra aquele homem assustador de olhos pretos como poço que pareciam sugar sua alma. Se fosse ao menos qualquer outro, talvez ela teria sorte de se explicar. Mas aquele homem obviamente seria diferente, ele parecia ser dotado uma imprevisibilidade estonteante. E sem dúvida deixava Lyra temerosa.
— Desculpa.... eu quis dizer...desculpe professor. — corrigiu Lyra rapidamente sobre o olhar severo do professor, que a fitava com uma face inexpressiva enquanto ela ajeitava o seu uniforme bagunçado devido a queda.
— Lyra Rowan ! — A voz grave do homem ecoou pelas masmorras um tanto cavernosas em um tom dramático. Com uma longa capa de tom esverdeado forte que caia sobre o ombros fazendo um contraste com as vestes totalmente pretas daquele que parecia o próprio conde drácula, prestes a beber seu sangue. — Não deveria está nas aulas ? ou e tão futilmente inútil como seu irmão, para também se perder pelo castelo. — Lyra não podia crer ! Realmente aquele homem estava a insultando ? Por Deus ela somente havia esbarrado nele, e ele que derrubou ela no chão. Não era para tanto !
— Desculpe professor, mas eu não estou perdida. Como o senhor disse eu estava indo para as aulas. — mentiu a menina levantando o queixo tentando se manter firme sobre o olhar frio do homem que a olhava de cima a baixo. Como se estivesse a estudando. Obvio que ela não iria revelar para homem a sua frente que estava perdida. Tinha o seu orgulho.
— E para onde estava indo correndo como uma selvagem pela Academia ? — Perguntou o homem com certa grosseria que se tornava c***l em sua voz terrivelmente grave. — Eu sei que não teve muito contato com o mundo onde estás agora, portanto gostaria de alerta-la que na Academia as pessoas são minimamente educadas e não ficam correndo como meras criaturas selvagens pelo castelo. — A arrogância na voz do homem de vestes pretas era visível, estava óbvio que ele queria humilha-la. E isso fez Lyra revirar os olhos inevitavelmente, óbvio que essa reação foi percebida pelo homem sua frente, que trincou o seu maxilar marcado em uma contida fúria fazendo sua mandíbula mover para um lado para outro tencionada, deixando Lyra naquele momento receosa, dando dois passos para trás. E apesar de ter pensado em correr, Lyra tinha um gênio incrivelmente forte e sempre uma resposta na ponta da língua afiada.
— Então creio professor, que o senhor deveria se apressar, pois se estou atrasada, o senhor provavelmente deve está também. E não é muito educado um docente fazer má figura. — Lyra proferiu ao homem de olhar frio, o fazendo franzi o cenho em uma face de incredulidade tão estonteante que Lyra sentiu vontade de rir, mas quando abriu os braços, a mão do professor captura o seu braço direito e aperta de forma bruta, fazendo a pequena menina exibir uma face de dor. Agora definitivamente tinha feito o homem a sua frente perde seu controle.
— Cuidado senhorita Rowan ! Muito cuidado ! Ninguém gosta de metidas a petulantes que falam mais do que deveriam. — A voz grave do homem pareceu mais assustadora para Lyra, apesar do tom dele não ser nada menos do que sussurro. Fazendo assim ela perceber que centímetros o afastava.
— E Vandergard ! — Lyra corrige tentando não fraquejar enquanto inutilmente tentava se soltar dos braços do homem. Mas ele era muito mais forte do que ela. Era como estivesse uma força desproporcional e Lyra estava começando a ficar assustada.
— Lyra ! — E por um momento quando achou que iria ser morta ali mesmo, ela ouve a voz do irmão, é relaxa os seus ombros ao ser solta. — Está tudo bem? — Pergunta Arthur olhando para a irmã que ainda segurava o seu braço recém solto pelo homem a sua frente.
— Estou ! — Respondeu Lyra, encarando Devil com ousadia. Tinha muitas testemunhas, e não tinha como o homem fazer mais nada com ela ou pelo menos era isso que ela acreditava.
— Pelo visto você não é a única cabeça oca com e******o talento intromissões. — Comentou o homem como se Lyra realmente quisesse esbarrar nele. — E faça também o favor de alerta a Hermes que ele pelo menos faça o dever de instrui a sua irmã a manter a decência e não sair por ai correndo como uma selvagem. — E por fim falou o homem antes de se retirar com sua longa capa em suas costas largas que arrastava no chão conforme ele se afastava a passos calculados. Não tinha nada no homem que não fosse assustador, desde da capa aos olhos.
— Oque você fez com professor Devil ? — Pergunta Florence. — ele estava lançando fogo pelos olhos.
— Devil ? Como o demônio. — comenta Lyra — Então esse e o nome dele ? — nada surpresa, afinal, o bruxo era muito assustador, e por mais que nome fosse incomum era bem propício.
— Sim, o nome dele é Devil Domini. — Respondeu a cacheada jogando uns livros nas mãos de Lyra, que ela tinha esquecido.
— Mas nos chamamos ele de morcego das sombras. — Caçoou Anthony zombeteiro e Lyra achou esse nome muito mais divertido.
— O nome e bem sutil, já que o professor Devil e o soberano da Corte das Sombras e sabem oque dizem sobre alguns. — comentou Arthur ao lado da irmã que olhou para baixo triste.
— Arthur ! Sua irmã e da Corte das sombras. — E Florence percebendo o repreendeu.
— Eu sei ! — Arthur parou na frente da mesma. — Eu esqueci. — E disse, e Lyra considerou aquilo um pedido de desculpas. Porque aquela chamas i****a não a ouviu ?
— Espera aí, eu sou da Corte das sombras! E se ele e o soberano da Corte das sombras... então ele é o meu s-
— Sim, isso significa que ele é o seu soberano. — Concluiu Arthur para o pavor de Lyra. — Mais não precisa se preocupar, eu irei te proteger.