CAPÍTULO SETE

2407 Words
O clima estava estranhamente calmo na imensa sala circular de mármore branca e hastes douradas que iluminavam o local que todos chamavam de Eclésia. Um local onde terminará e começará muitas guerras no Mundo Intermediário, onde somente uma parcela de bruxos, lobos, elfos e fairy com sangues legitimados pelas cortes podiam participar. E essa parcela diminuía ainda mais na tomada de decisões do mundo Intermediário que somente eram tomadas por aqueles eram considerados Soberanos do Poder. Filhos e filhas das duas famílias que construíram com sangue o imponente castelo da Academia, que levantava para cima das nuvens de tamanha grandeza. Apesar do local ser tão antigo quanto o mundo Intermediário, a sua beleza ainda era conservada. A exemplo da Eclésia, que esbanjava elegância ! Tinha confortáveis cadeiras que eram colocada em uma espécie de degraus que adornavam todo o espaço circular o deixando em formato de arena e não importava a onde você sentava conseguia ver com perfeição a estrela de seis pontas desenhada com perfeita geometria, com o mais puro ouro que parecia brilha no chão de mármore, ao representar o sol. E naquele lugar que tinha os mais excêntricos indivíduos que representava com suas bufantes capas as suas Cortes, começou a se encher de vozes conforme o horário de reunião se aproximava e lentamente todos os presentes começam ocupar os seus lugares em suas Cortes, que eram marcados por um círculo em cada ponta da estrela com animais guardiões, representando cada uma das Cortes presentes. Cada Corte tinha o estofados de suas cadeiras de cores diferentes, segundo a cor que representava a mesma, e o mesmo era para as capas bufantes, apenas o Mestre da Academia estava isento de tal condição, que no caso era o Mestre Heráclito. Pois as capas indicavam as Cortes dos presentes, e o Mestre da Academia tinha que está disposto a receber todo conhecimento e conselho dos Soberanos sem se deixar influenciar por sua própria Corte. E com um forte ruído vindo da porta central do local o burburinho de vozes se cessam e os poucos indivíduos que ainda estavam sentados se levantam em uma visível referência aos Soberanos da Academia. — A mão que guiou os mundos no decorrer dos séculos e que de bom grado cedeu os seus para transformar os mundos com sua razão e seus sentidos, abre essa Sessão Solene em busca do bem comum. — E a voz de Heráclito e ouvida no espaço sobre os passos dos soberanos que tomavam os seus lugares, com suas capas que desciam como correntes pelo seus ombros. — Eu Georgius Villin, Soberano da Corte Clássica sobre a ordem de Chaos, estou a favor da Eclésia Solar. — E o primeiro a se levantar foi Georgius, que se tratava de um senhor alto, de cabelos louros, e um porte que além de uma exagerada vaidade esbanjava arrogância em seus olhos negros. Não muito diferente dos demais Soberanos que comandaram a Corte Clássica que se destacava por sua capa preta e detalhes de tons prateados, cuja a grande maioria pertenceu a influente família Villin, a famosa família de inteiramente bruxos. A Corte Clássica parecia sempre ter Soberanos velhos e arrogantes em seu comando, que parecia carregar com fidelidade o legado da misteriosa família fundadora de duas casas obscuras das três ! Os Chaos. Tendo o seu dilema como inspiração o fogo que espelhava nos olhos do corvo solitário que era o guardião da Corte. — Eu Marvin Reynard, Soberano da Corte Estelar sobre a ordem de Reyna, estou a favor da Eclésia Solar. — Marvin ao contrario de Villin era um homem de vestes simples, e a única coisa que chamava atenção em seus traços era suas orelhas pontudas élficas e seus olhos amarelados que combinavam perfeitamente com sua pele morena como a terra que era muito conveniente para mostrar a conexão com a natureza que o Soberano tinha. De fato isso era característica evidente em todos da denominada Corte. A sua capa cor azul caía com leveza sobre os seus ombros e chamava uma relativa atenção com seus detalhes prateados, mas não tanto como o soberano da Corte anterior. Marven também estava no comando de sua Corte atrás do seu guardião incrustado no chão, que no caso era uma adorável lontra. — Eu, Elizabeth Hiss, Soberana Corte Acadêmica, e sobre a ordem de Chaos, estou a favor da Eclésia solar. — E pela primeira vez uma voz feminina ecoar pela Eclésia. Elizabeth era uma mulher de meia idade e cabelos platinados. Tão platinados que sua capa branca com alguns detalhes dourados pareciam ser uma extensão do mesmo. Quando o marido morreu na guerra sem deixar herdeiros a única opção que ela teve foi ocupar o lugar do marido na Eclésia. Apesar das controvérsias do Conselho que acreditava fielmente que a bruxa certamente era louca, ela ocupou o cargo com excelência. A verdade é que apesar Corte Acadêmica ter os membros mais inteligentes da Corte, nenhum deles pareciam serem muitos normais. Mas apesar da família Hiss ser um tanto excêntrica e formada por sua maioria mulheres o nome da família também tinha renome no mundo Intermediário, era uma das poucas famílias inteiramente de uma única herança mágica, que ainda conservavam o poder e o sangue apesar de ser maioria formada por mulheres. Uma dela sendo Soberana da Corte cujo guardião era uma feroz águia. — Eu, Nikolaus Roderick, Soberano Corte Romântica, sobre a ordem de Reyna estou plenamente a favor dessa Eclésia Solar. — O único presente que acrescentou uma palavra para dar ênfase a cerimónia, quebrando uma regra da mesma, foi um homem de cachos rebeldes e sorriso de quem não ligava para opiniões alheias, que enfeitava seu rosto forte de um lobo da noite. Regras que os membros da Corte Romântica não eram muitos observadores, e por isso quando Odessa passou os olhos na Corte de cores violetas e detalhes bronze não ficou surpresa por Sophia Vernet não está presente. Apesar de que uma das poucas regras que tinha punições era falta dos Mestres e Soberanos nas Sessões Solares e Lunares, essa regra somente poderia ser quebrada com a liberação do Mestre da Academia, que no caso era Heráclito. Odessa simplesmente não entendia o porque o Mestre confiava em pessoas tão imprudentes e imaturas como os membros da Corte cujo o guardião se tratava de uma Corsa e tinham como seu lema os tão tolos sentimentos. — Eu, Devil Domini, Soberano da Corte das Sombras, sobre a Ordem de Chaos, estou a favor dessa Eclésia solar — E por fim na Eclésia se silenciou com uma voz grave como entoar de um trovão que invadiu o local. Era Devil Domini. A voz não expressava nenhum sentimento de empolgação e muito menos de desagrado. Era fria e sem nenhum resquício de emoção. De fato era de se admitir que os membros da Corte das sombras, em especial Devil Domini, sabia muito bem usar a sua destreza quando requeriam dela. Destreza que não recaíam sobre as demais Cortes que não eram obscuras e que fizeram tal Corte se pôr a frente em alguns a aspectos. Porém também tirou muitas coisas de tal Corte, coisas que a corte Iluminada sempre se fez digna para ter, que naquele momento permanecia sem o seu Soberano. A verdade e que cada ano Heráclito fazia um grande esforço para achar alguém que sequer aceitasse ser soberano de tal Corte, porém depois da morte de cinco soberanos, espalhou-se o boato no mundo intermediário que tal Corte estava sobre uma maldição. — Durante esse ano o livro vermelho selecionou em nossos mundos coexistentes trinta crianças. Sendo sete de origem decadente, quatro de origens mestiças e três híbridas. — Após tal informação que Heráclio desejava esconder, porém não podia... não no círculo, ele bate duas vezes o seu cedro no chão e um grande livro de capa vermelha com aparência muito velha que parecia levitar com suas páginas abertas no centro da estrela surge, causando os primeiros incômodos de sua revelação : — Sete de origem decadentes ! Quatro mestiça ! E três híbridas ! Lembro-me bem que até um tempo atrás caçávamos híbridos e decadentes para a nossa própria segurança. — vindo de Georgius que se levantou visivelmente exaltado excitando a Eclésia que se levantou com muitas vozes se fazendo entre os presentes da sala, deixando a missão para Alef que se escondia nervoso atrás da cabeleira branca do velho mago estabelecer novamente o silêncio. E sendo apertado pelo velho mago sem nenhuma misericórdia, o ser minúsculo soltou um grito extremamente agudo que quebrou alguns óculos e outros objetos de vidro que pertencia os presentes, como relógios e óculos. Todos tampavam suas orelhas tentando abafar o agudo grito de banshee, que somente cessou quando o silêncio novamente se fez : — A Ordem somente será estabelecida pela a ordem. — Não haverá a Ordem se continuarmos aceitando os filhos de nossos inimigos no nosso mundo. — Georgius contestou novamente. — São apenas crianças ! E como a lei diz toda criança de origem mágica tem o direito a instrução. Todos nós sabemos que essa é uma das principais leis estabelecidas no acordo da Corte suprema para manter o equilíbrio entre os dois mundos. — Contestou Elizabeth de forma sensata se levantando do lado oposto do círculo contra Corte obscura irmã da sua. — Eu conheço a lei senhora Hiss. — Afirmou Georgius com peito estufado. — Muitas das quais foram feitas em períodos de guerra pela minha família. — Não estamos em guerra. — Lembrou Elizabeth. — Mas entraremos se continuarmos permitindo a entrada dessas crianças sem herança mágica dentro do nosso mundo. — Então oque sugere que façamos senhor Villin ? Que pegamos todas crianças e botamos elas em filas e depois a executamos ? — Perguntou Nikolaus com um sorriso irônico em seu rosto quadrado. — Essas crianças pegariam em armas para defender os nossos inimigos se houvesse uma guerra. — Serio ? — Exclamou Elizabeth parecendo cansada — Todos nos sabemos exatamente quem começou a última guerra a qual até hoje tentamos ter respostas palpáveis de seu fim do que a fantasiosa história de uma única criança sobrevivente. Arthur Vandergard ! a criança que hoje está conosco. E aqueles que vós dizeres "inimigos" do Intermediário ficaram evidentes no ano retrasado que ainda estão disposto a começar uma nova guerra. Não as crianças. — lembrou Elizabeth a Villin com um tom presunçoso — E quase curioso que devido a isso o senhor Villin esteja tão preocupado com a guerra. — Creio que a senhora Hiss esteja certa. — Anuiu Villin provocando certa estranheza nos presentes. Digamos que não era do feitio de tal Corte concorda tão facialmente com algo, quanto mais uma acusação. — Não foi uma criança sem sangue mágico que começou a última guerra e que teve consequências trágicas para todos nós. — Continuou o homem trazendo um olhar de Devil a si, que parecia saber exatamente oque ele iria falar. — Todos nos sabemos que foi um mestiço que conhecermos como o Terceiro Cavaleiro do Caos. Porém os acontecimentos que atuaram no fim da guerra e quase expuseram em sua maioria se deu por Maia Vandergard uma bruxa sem sangue mágico. — Concluiu Georgius tentando persuadir os presentes através do medo... medo não somente de uma nova guerra. Mas das consequências de uma exposição que traria o desequilíbrio nos dois mundos. — Então o senhor está dizendo que Maia Vandergard e a única culpada da guerra por querer proteger os filhos dela ? — Porem Nikolaus não pretendia deixar. — Bem, se ela tivesse confiado as crianças a Corte muita coisa poderiam ter sido evitadas. Como a perda da Profecia. — E também a morte do Terceiro Cavaleiro caos ? O único que poderia ressuscitar a morte sobre nós. — E Devil também não. Não concordando talvez pela primeira vez com sua Corte irmã, o bruxo rebateu. Levantando e encarando Georgius com um desprezo latente no olhar. Isso definitivamente não parecia ser algo comum. — Desculpe senhor Domini, mais oque senhor está sugerindo ? — Perguntou Georgius forçando um sorriso com uma expressão endurecida. A verdade que todos tinham suas suspeitas sobre as duas ordens obscuras e sua participação na guerra e nenhuma dessas suspeitas ficaram esclarecidas depois de tantas mortes e pessoas silenciadas. — Não estou sugerindo Georgius ! Estou afirmando. — Devil deu sorriso presunçoso de canto como se estivesse preste a enfiar uma espada no peito de alguém — A perda da Profecia com a lamentável morte da criança já aqui mencionada e claro, foi um m*l estritamente necessário ao nosso mundo. — fala Devil com tanta frieza que o ambiente ficou um tanto sombrio. Tal homem quase nunca falava na Eclésia, porém toda vez que ele falava o ambiente não ficava um dos melhores. Como naquele momento. Afinal, era a morte de uma criança. E obviamente tal falar ocasionou novamente um levantar de vozes. — Por favor silêncio ! — obrigando Heráclito intervi novamente. — Creio que o Soberano Devil poderá esclarecer novamente as suas palavras para todos. — Trazendo a palavra para Domini, esperando, ou melhor praticamente implorando para o bruxo se corrigisse. — Não há conhecimentos do poder que tal profecia daria ao seu dono, e por isso durante séculos e séculos a protegermos com as chamas. E claro que todo poder tem suas consequências e responsabilidades e temos experiência o suficiente para saber que sim devemos temer ao desconhecido. Principalmente o desconhecido que daria um poder que não podemos controlar. — Devil esclareceu fazendo algumas cabeças acenarem em concordância. — Por isso eu digo que a perda da Profecia com a morte da criança foi a melhor coisa que aconteceu em no nosso mundo. — e com isso todos se silenciarem. A verdade é que ninguém sabia ao certo oque falar, obviamente muitos não concordavam com o soberano, porém algo que não podia ser controlado, mesmo que fosse poder mágico, podia botar o mundo Intermediário em risco. Nada que podia incendiar um mundo inteiro era considerado bom. — Bem, sendo assim, eu acho que estamos de acordo com aceitação de todos os alunos nessa Sessão de a******a Solar. — Heráclito disse cortando o silêncio e todos pareceram satisfeitos, Então ele assim passou o seu bastão de madeira com uma pedra verde em sua ponta no livro, provocando chamas, que chegaram aos nomes que no ar selecionou os seus escolhidos voando pela Eclésia como chamas flamejantes.
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