CAPÍTULO DOZE

3207 Words
Lyra sentia como se estivesse atravessando uma grande névoa, uma grande e espessa névoa que impedia que seus olhos, que abriam e fechavam, de enxergar qualquer coisa a sua frente, e mesmo quando tudo clareou, Lyra ainda zonza pela névoa não viu a árvore a sua frente, é caiu com tudo no chão quando seu corpo a encontrou. — Lyra ! — fazendo Sophia correr até a garota enquanto alguns encarava a menina de m*l grado. — Você esta bem ? — Pergunta Sophia ajudando Lyra levantar, que atrapalhada se pois de pé olhando para céu azul do Mercado Mor e as folhas avermelhadas da arvore de galhos retorcidos acima de si hipnotizada. O Mercado se tratava de um quadrante realmente iluminado por muitas janelas e cheio de corujas, águias coloridas e pequenos pássaros que Lyra jamais saberia identificar, indo para todos os lados possíveis. Tinha também plantas, que decoravam o espaço e lojas. Muitas lojas ! Que tinha sua arrumação como se fosse uma pequena freira medieval. As lojas maiores tinha suas locações, porém a menores eram pequenas barraquinhas realmente charmosas, de vendedores que gritavam tentando atrair seus clientes. Esses eram pessoas que Lyra tinha certeza que a Madame Lourdes reprovaria, se vestiam segundo as suas personalidades. Uns usavam grandes túnicas, outros roupas muito coloridas e outros pareciam serem mais adeptos a cores escuras usando ternos realmente elegantes. Havia também senhoras de narizes em pé, que usavam luvas e chapéus bufantes ! Senhores que tinha uma grande quantidade de ouro em forma de anéis e bastões em suas mãos. O Mercado Mor tinha espaço para todos. — Vejamos o que nos temos para comprar. — Sophia disse abrindo o pergaminho a frente de seu rosto enquanto Lyra atrás da bruxa tentava acompanhar os passos da mesma lembrando naquele momento que não tinha dinheiro. Como ela iria comprar algo ? — Realmente temos muitos livros esse ano. A cada ano parece ter mais livros. Sabe oque digo ? um dia os cérebros de vocês irão fritar. Sabe o fato de sermos evoluídos não significa que os nossos cérebros não podem virar purê. — Lyra apertou os lábios nervosa. Eram tantos livros assim ? — Senhora Vernet ! — chamou a menina balançando a mão de Sophia que finalmente parou de andar apressada e olhou para a garota que parecia constrangida. — E... que eu... — Lyra buscava palavras — eu não tenho... dinheiro. — até que finalmente consegue revelar, fazendo Sophia rir como se ela tivesse acabado de conta uma piada. — E verdade ! E por isso estamos indo pegar seu dinheiro. — Mas a onde eu poderia ter dinheiro senhora Vernet ? — Lyra pergunta, lembrando que os bolsos de seu vestido estavam até mesmo furados. — Oras ! Onde todos nós guardamos o nosso dinheiro. No Banco do ouro Intermediário. — dito isso Lyra olha para frente, vendo prédio circular dourado, que reluzia como se fosse feito de ouro. — E feito de ouro senhora Vernet ? — A garota pergunta. — Não bobinha ! As hastes são feitas de mármore. — Responde Sophia para três hastes que circulavam o prédio. E claro que esse pequeno detalhe na visão de Sophia não fazia o prédio ser feito totalmente de ouro, de modo que quando Lyra entrou no prédio não pode deixar de ficar com vergonha pelas suas vestes. O chão de seus pés pareciam que realmente eram feitos de bronze, e também havia um grande lustre em seu teto que parecia ser de diamante de tanto que brilhava, deixando a menina boquiaberta. Porém oque mais chamou atenção de Lyra foi grandes estátuas ao redor de todo ambiente retangular, que tinham corpo de gato e cabeça de mulher, e Lyra ainda andava ao lado de Sophia quando dar um pequeno salto buscando proteção atrás da mesma, quando uma dessas estátuas pula e se transforma em uma mulher muito alta e felina que adentrar um elevador e some com um senhor. — Senhora Sophia, oque são... — Lyra aponta para uma das estátuas, que ainda não estavam vivas. — São esfinges. — Responde Sophia, assumindo um tom serio, enquanto Lyra olhava para sua direita vendo um senhor conversando com uma esfinge de olhos muitos vermelhos. — Elas não são muito cordiais, então fique atrás de mim e somente fale quando elas permitirem, está bem ? — Instruiu Sophia empurrando Lyra para trás de seu sobretudo e parando na frente de uma esfinge. — Olá, gostaria de abrir o cofre 609. — pediu a fairy e a esfinge se move, fazendo um barulho de pedras que fez Lyra curiosa olhar por de trás da silhueta de Sophia, sendo empurrada novamente pela mesma. — Nome completo ? — Pergunta a esfinge em voz como um rugido e Lyra estava prestes a sair de trás de Sophia novamente para responder quando : — O Mestre Heráclito mandou dizer que o Sol que está em Marte, e Vênus bate a porta. — Sophia responde em seu lugar, deixando Lyra confusa sobre oque aquilo poderia dizer, e a esfinge ficar em silêncio : — Quando as pessoas chegam até a mim estão muito velhas e quando eu as tomo estão muito novas. Oque eu sou ? — até que finalmente lança um enigma, que Lyra concluiu que era senha para se abrir o cofre. Lyra não poderia imaginar que resposta seria, até que como um sussurrar de um vento frio, sopra em seu ouvido e a resposta vem em sua mente porém ela morder sua língua insegura, pensando que poderia falar algo errado. — Fale Foguinho ! — Mas supressa ela olhar para Sophia que a instruir responder. — Você é a morte. — Então com sua resposta os olhos da esfinge ser tornam ameaçadores, fazendo ela dar dois passos para trás junto com Sophia, que parecia está insegura com resposta de Lyra também, até que, a esfinge salta ao encontro de Lyra se transformando em uma mulher de dois metros de altura, com longos cabelos castanhos e orelhas de gatos... assim como o olhar que agora era verde e felino. — Me acompanhe ! — E a esfinge que acabará de ganha vida, sair na frente de Lyra que ainda estava confusa por saber a resposta, mais segue junto a Sophia que parar a frente de um elevador antigo, que Sophia tratou de conduzi-la para dentro. Elevador que Lyra pensou que era como todos outros, apesar de nunca ter andado em um elevador, ela sabia como funcionava um. Para cima e para baixo ! Porém ela percebe que estava enganada quando sente seu estômago praticamente subir para os seus pulmões, ao se dar contar que o elevador estava caindo em uma velocidade incrivelmente rápida. Tão rápida que ela teve que segurar nas paredes para não ser levada ao chão. Ao contrário da esfinge que permanecia imóvel e Sophia que parecia ler tranquilamente o pergaminho que voava frente ao seu rosto com a velocidade que elevador estava caindo. E quando finalmente parou a garota foi jogada no chão que nem um saco de batatas, alcançando o olhar da esfinge. E Sophia faz ela se levantar, e ela se levanta agradecida pelo elevador finalmente ter parado. Ou pelo menos era isso que ela pensava. Pois antes mesmo de sequer desgrudar das parede, ela sente novamente um arranco é o elevado começar a anda para o lado fazendo ela agora olhar para Sophia perguntando com olhar se era normal naquele mundo os elevadores andarem para os lados. E ela ainda buscava respostas para um elevador andar para o lado, para cima, para trás. Quando em um último arranco ela cai de joelho no chão é novamente se levantar, constrangida. — Chegamos ! — Precisando um pouco de ajuda para sair do elevador pois suas pernas estavam moles. — Tudo nesse mundo anda rápido assim, senhora Vernet ? — a menina pergunta sendo acudida por Sophia, que deu um sorriso disfarçado, como se quisesse que a esfinge não a ouvisse e disse : — Bem, digamos que meu carro não deveria andar daquela forma. Mas esse segredo também fica entre a gente. — e voltou olhar a frente trazendo o olhar de Lyra que percebeu naquele momento que estava no que parecia ser uma ponte no nada, e quando ela olha para cima ver outras irem para todos os cantos no espaço cavernoso que parecia sumir no horizonte. — Sabe, o Banco do Ouro Intermediário e o banco mais seguro do nosso mundo. — Comentou Sophia vendo Lyra olhar para cima. — Essas pontes são os verdadeiros enigmas daqui. Você demoraria séculos para encontra um sequer cofre, mesmo se você tivesse ideia onde tal estaria. Sem contar que você teria que passar pelo enigma da esfinge e somente o dono do cofre ou sua geração sabe o enigma. — Então o cofre que estamos indo pertence ao meus pais ? — Pergunta Lyra e Sophia a encara ela com um olhar de quem perceberá novamente havia falado demais. — Eu não devia ter dito isso. — pigarrou a fairy. — Olha aquela escada... ela desceu em ziguezague viu. — e mudou de assunto, apontando uma escada para Lyra. — Foram meus pais que deixaram dinheiro para mim ? — Porém Lyra já havia ouvido, e novamente perguntou Sophia, com um sorriso tão doce, que a fairy achou que algumas ordens de Hermes não deveriam ser seguidas tanto a risca: — Deixaram ! — assim revelando. — Sophia quieta ! — e logo depois ordenando para si mesma, tentando se controlar sobre tudo que ela sabia de Maia e Adam, e Lyra que queria muito saber sobre seus pais, teve se contenta somente com aquilo, pois Sophia ficou em silêncio o caminho todo. Que era tão longo que as pernas de Lyra doía, cansada de subir e descer pontes. — Entrar no cofre ou fazer retirada ? — Pergunta a Esfinge na frente de algo que Lyra pensou que era uma parede cavernosa, mais ela estava enganada. — Iremos apenas fazer uma retirada de galões e estateles. — Respondeu Sophia. — Valor ? — E a esfinge pergunta passando a mão em círculos na frente da parede cavernosa fazendo surgir em seu centro diante dos olhos da Lyra uma fênix inteiramente de ouro. — Apenas trezentas dracmas e cinquenta estateles. — Sophia respondeu depois que correu os olhos pelo pergaminho e Lyra se impressionou entreabrindo os lábios, quando viu os olhos da esfinge se tornarem chamas por igual aos olhos da fênix no alto do cofre, que queima é desaparece, e volta somente depois deixando cair em um buraco que se abriu na parede, duas bolsas. Uma grande e outra pequena. A grande Sophia tratar de pegar, porém a pequena ela entregar a Lyra : — Para você comprar doces. — e fala brincando pensando na idade que a menina tinha, sendo uma adolescente compraria outras coisas mais necessárias do que doce, porém Lyra dar um sorriso um tanto eufórica pensando em quantos doces poderia comprar. ☽︎ ✵ ☾︎ — realmente temos muitos livros esse ano. — Sophia murmurava carregando um pesado livro verde. O primeiro livro de Lyra para estudo. — Eu vou deixar você na loja da Madame Flu Flu e vou comprar os outros livros. — Madame Flu Flu ! — Lyra repetiu achando o som do nome Flu Flu engraçado. — E a melhor loja de roupas femininas no mundo intermediário. E será lá que iremos compra seu uniforme e todas as roupas que você precisa. — E Sophia considerando que era uma pergunta, explica com uma repentina empolgação guiando Lyra para a loja, apenas alguns metros longe do banco, cuja sua entrada chamava a atenção pela cor rosa em variados tons e os belos vestidos entre os vidros da loja que eram admirados por um grupo de senhora de grandes chapéus que Lyra tinha visto mais cedo naquele dia. As senhoras pareciam tão interessadas nas roupas que sequer a perceberam que ela precisava passar. Obrigando assim empurrar as mesmas, que nem com isso tiraram os olhos do vestidos. — Belos vestidos adequam os corpos das mais variadas senhoritas, e deixam com tudo no lugar ! — e se deparou logo na entrada com uma senhora muitíssima elegante, que apesar de sua avançada idade mostrada em seus cabelos totalmente brancos amarrados entre dois palitinhos, andava pela loja de forma veloz e atenta tudo com uma variedade de agulhas a seguindo, magicamente costurando tudo sozinha. — Oh olá Vernet, não te vir ai, veio encomendar mais uma peça roxa ? — Perguntou a mulher parecendo perceber a presença de Sophia naquele momento. — Não, hoje não será para mim. Estou encarregada de uma nova aluna. — Sophia responde com o peito estufado trazendo Lyra para frente com um tapinha nas costas, porém Lyra desejou voltar para trás das costas de Sophia, quando a senhora se aproximou e a olhou de cima baixo como se estivesse fazendo uma cópia dela detalhada em sua cabeça, e pegou as suas bochechas, virou cabeça dela de um lado e para outro e disse : — Você tem uma cabeça realmente muito pequena menina, mais acho que conseguiremos achar algo para você. — fazendo Lyra se pergunta se ter uma cabeça pequena aos olhos da mulher era um elogio ou um insulto. Ela nunca saberia ! Até porque a mulher parecia sempre fazer comentários referente a aparência de todos. De modo que ela se virou para um menina ao lado e comentou o quanto os pés da mesma eram enormes. Talvez pés enormes fossem bonitos no mundo intermediário. — Bem, parece que já está acudida, sim ! — Disse Sophia com sorriso amigável se retirando do local antes que Lyra pudesse segui-la, a menina não queria ficar sozinha ! Mas pelo jeito Sophia considerou que ela poderia ficar sozinha, antes mesmo de perguntar a ela. E Lyra olhando ao redor, tentando se encaixar em todas as meninas a sua frente, que colocavam seus vestidos na frente do corpo e conversavam umas com as outras empolgadas, resolver andar pela loja, para pelo menos procurar algo para se distrair enquanto esperava. Ou pelo menos ela cria que era isso que ela estava fazendo. Esperando. Porém enquanto andava pelo local cheio de meninas conversando entre si, um pequeno detalhe a lembrar por quase sempre ser impedida de entrar na sala da Madame Lourdes, pelo desastroso fato de ser incrivelmente desastrada. E foi isso que a levou tropeçar em seus próprios pés e a empurrou sem querer para uma garota de cabelos louros claros e olhos verdes que Lyra teve que admitir que eram estranhamente separados do nariz. — Desculpa. — A garota a olhou como se ela tivesse arrancado as orelhas do seu animal de estimação. — Deveria saber por onde andar. Ou melhor qualquer um que tem uma mínima educação para se por no seu lugar deveria saber onde andar. — Olhar que se voltou para porta, que Lyra seguiu e viu a senhora Brown, fazendo a menina encarar a loira com raiva. — Algum problema meninas ? — raiva que fez a Senhora Brown, rapidamente a se aproximar. — Não, nenhum senhora Brown. — Lyra responde com um sorriso, e nesse momento uma mulher alta e loira de cabelos quase brancos e bastante ossuda na consideração de Lyra se aproximou. Talvez fosse a mãe da garota de olhos distantes do nariz ! — pensou Lyra. Mas na verdade os olhos da mulher não eram afastados o suficiente. — Amélia Brown, que bom vê-la na Madame Flu Flu, apesar de ser curioso a sua família frequentar um lugar tão cheio de requinte como esse. Imagino que sua família não esteja tão acostumada. — E Lyra apesar do nariz empinado da mulher e das rugas espalhadas pelo rosto considerou que era muito elegante, tinha maquiagem mínima no rosto que era marcada por um batom vermelho discreto e vestes em um tom verde musgo que caia perfeitamente para apenas um vestido bem servido ao corpo. Lyra podia apostar que era uma das senhoras dos chapéus bufantes. — Estou acompanhado a minha filha. Florence. — Senhora Brown responde com muita cordialidade apesar da extrema arrogância da mulher ossuda. — Ah sim ! Sua filha, Florence Brown ! — A mulher abriu um sorriso presunçoso. — Onde ela está ? — que ziguezagueou o olhar pela loja. — Ouvi dizer que ano passado ela perdeu muito seus pertences metendo o nariz onde não devia com Arthur Vandergard. Mas como sempre Heráclio considerou tal feito imprudente um verdadeiro ato heroico. — E continuou a mulher com seu tom presunçoso, que fez Lyra semicerrar os olhos, não tendo o mesmo requinte de cordialidade que a senhora Brown. — Ele deve ter te sido educado, e dado sua família bonificações. Afinal porque mais a senhora estaria em lugar como esse ? — Talvez seja porque é um ato heroico livrar o Mundo Intermediário daqueles anteriormente causaram tanta dor, Araceli. — Rebateu a senhora Brown não deixando se intimidar por aquela que agora Lyra sabia que era chamada de Aracelli. — Para todo Conselho foi mais que provado que não houve nenhum risco remetente ao ano passado, mais é claro que a palavra de uma Brown vale mais do que o veredito do conselho. — rebateu a mulher trazendo risadas abafadas no ambientes de um grupo senhoras fofoqueiras que pareciam forma uma rodinha em volta a discussão, e a senhora Brown não querendo levar aquilo a frente tentou sair, porém uma garota de cabelos pretos que pareciam um tanto oleosos e pele avelã, que Lyra sequer havia reparado até aquele momento responde : — Ou talvez seja porque todos que quiseram prova tal coisa não estavam do outro lado. — Lyra quis saber oque seria o “outro lado” mais se calou. — Olha parece que ela sabe falar. Até alguns minutos atrás pensei que essa filha de decadentes fosse muda. — Porém não durou muito tempo : — E infelizmente aqueles que deveriam ter suas línguas cortadas por tamanha parvoíce de suas tacanhas mentalidades não são mudos, e isso me faz deseja ter nascido surda. — Pois Lyra não se contendo falou, levantando um pouco sua voz para ser percebida pela mulher, trazendo o olhar de muitos que pareciam não estarem acostumados com atrevimento de Lyra e até mesmo a mulher loira que era chamada de Aracelli não estava acostumada, pois a olhou como se ela fosse um estranho bichinho. — Como disse ? — Perguntou Aracelli parecendo incrédula. — Oh ! A senhora também é surda ? — e Lyra tomou o ensejo para dar uma resposta bem afiada, fazendo um perfeito “o” formar na boca da senhora Brown que parecia não saber oque fazer. Parece que não era costume daquele lugar responder a altura. Principalmente para as pessoas da família da senhora que era chamada Aracelli. — Como ousa... quem é você ? — E por isso perguntou a mulher tomada de espanto, e antes que sequer Lyra pudesse responder seu nome e gritado pela Madame Flu Flu : — LYRA VANDERGARD ! — Causando faces estupefatas, que pararam estáticas como se o tempo houvesse parado. Era realmente a Vandergard morta?
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