LARISSA MILLER NARRANDO LONDRES. A luz suave da manhã entrava pelas frestas das cortinas, preenchendo o quarto com uma claridade aconchegante. Eu estava acordada há algum tempo, deitada de lado, apenas observando Lucas dormir. Os seus traços eram tão serenos, tão vulneráveis naquele momento, que era difícil acreditar que ele era o mesmo homem que tantas vezes me deixara em frangalhos emocionais. Havia uma paz ali, algo que eu não via com frequência. E isso me prendia, me hipnotizava. Enquanto eu o observava, sentia uma mistura de emoções. Eu o amava, mas ao mesmo tempo, temia o que isso significava. Era uma dança perigosa a que estávamos nos submetendo, e naquele momento, enquanto ele dormia, eu não sabia se queria que ele acordasse e enfrentasse a realidade comigo, ou se desejava que