LUCAS COLLINS NARRANDO. LONDRES A noite estava pesada, com uma tensão que parecia preencher cada canto da casa. O meu pai me chamou para o escritório, e sabia que esse não seria um simples bate-papo familiar. Ele estava prestes a me dar uma lição, como sempre fazia quando as coisas não saíam como ele planejava. Entrei no escritório, sentindo o cheiro familiar de madeira polida e couro. Charles sentou atrás de sua mesa, me observando com um olhar calculista. Me dirigi até o pequeno bar no canto da sala, peguei um copo e enchi com uísque. Me virei para ele e perguntei: — Quer uma dose? Ele balançou a cabeça negativamente, sem dizer uma palavra. Eu dei de ombros e tomei um gole, sentindo o líquido queimar na garganta. — Então, pai, o que exatamente você quer de mim? — Perguntei, com a