LARISSA MILLER NARRANDO. LONDRES. No outro dia pela manhã as luzes da cidade passavam borradas pela janela do carro, refletindo o meu estado de espírito confuso e tumultuado. Charles e eu não trocamos muitas palavras durante o caminho, e o silêncio entre nós era denso, carregado com a decepção da noite anterior. Estávamos indo para a casa dele, um lugar que deveria representar um novo começo, mas que agora simbolizava apenas mais um capítulo da minha humilhação. Quando o carro parou em frente à imponente mansão dos Collins, senti um frio na espinha. Charles saiu do carro e veio até a minha porta, abrindo com um gesto gentil que não conseguia aliviar o peso da situação. Caminhei ao seu lado em silêncio, cada passo ecoando a incerteza sobre o meu futuro. Charles abriu a porta do meu nov