ANGEL NARRANDO. LONDRES. Eu nunca me senti tão humilhada, tão desrespeitada, e, acima de tudo, tão furiosa. O caminho de volta para casa parecia interminável, cada segundo me arrastando mais para dentro de um poço profundo de ódio e vingança. Eu m*l conseguia respirar, OS meus olhos queimavam, e o gosto metálico do sangue na minha boca era um lembrete constante do que Larissa havia feito. Assim que saí da festa, as portas do elevador se fecharam, e eu me vi refletida nas paredes espelhadas do espaço confinado. A imagem que me encarava era uma sombra do que eu fui naquela noite. O meu vestido de seda caro estava rasgado, manchado de sangue e sujeira. O meu cabelo, que eu havia arrumado meticulosamente para impressionar, agora parecia um ninho de pássaros. Mas o que mais me incomodava er