RODRIGO NARRANDO. LONDRES. Estava escuro quando me encontrei com o homem no estacionamento abandonado. Aquele era o tipo de lugar onde negócios como os nossos eram fechados: afastado, deserto, e com um eco perturbador a cada passo. O ar estava pesado, uma fina neblina se arrastava pelo chão, e o frio da noite atravessava a minha jaqueta, como se soubesse dos planos sombrios que estávamos prestes a concretizar. Eu já estava esperando há alguns minutos quando ouvi o ronco familiar da moto se aproximando. O homem desceu, tirando o capacete e revelando um rosto que eu m*l reconhecia. Ele era mais um rosto sem nome para mim, apenas uma ferramenta, como tantos outros. Mas esta ferramenta tinha cumprido a sua função com precisão. — Aqui está tudo — Ele disse, me entregando uma pequena bolsa