PRÓLOGO
Prólogo
Antonio narrando
Eu vejo Serena andando na praia molhando os seus pés e abro um sorriso, a gente estava passando as férias por aqui e comemorando o nosso 7 ano de casamento, antes da minha viagem para Colombia a trabalho. Esse lugar era o nosso quintal, foi onde pedi ela em casamento, não me arrependo disso, não me arrependo de ter convivido com ela esses 7 anos, por mais que tuod tenha sido uma armação, meu casamento com ela sempre foi o mais tranquilo do mundo.
Meu celular toca e eu vejo que era ela me ligando, eu olho para Serena e vejo que ela estava longe molhando os seus pés ainda na água, eu pego o celular e atendo.
— Eu disse que não era para você me ligar – eu falo
— Está aproveitando sua lua de mel? Enquanto eu estou aqui sozinha – ela fala
— Você sabe muito bem o combinado que a gente tem.
— Tudo isso já dura sete anos, Antonio – ela fala – estou ficando cansada, não quero mais dividir você.
— Você sabe que a gente tem um proposito
— Estou começando achar que você se apaixonou por Serena, porque não é possível que nesses sete anos, você não tenha comprido tudo que tinha que comprir!
— Eu não posso falar agora – eu falo Serena me encarando – eu combinei com ela que a gente não atenderia telefone.
— Ah claro, a viagem de lua de mel tem que ser perfeita – ela fala
— Você sabe que é a ultima – eu falo
— Será mesmo? – ela pergunta – será que você vai se ver livre desse casamento e dela?
— Você sabe quais são os planos – eu respondo – preciso desligar!
Eu desligo a ligação e Serena se aproxima me olhando meio séria, ela coloca a mão na minha e tira o celular guardando ele no meu bolso.
— Acho que a gente tinha combinado, que não teria celular na nossa viagem.
— É a escola – eu falo – você sabe, não é fácil, sou responsável por tudo!
— Ás vezes acho que eu deveria ter ciúmes da escola – ela fala
— E eu não deveria? você també,m é uma professora excelente lá dentro e muito mais renomada do que eu.
— É, mas eu sei que viagei para aproveitar anossa viagem juntos – ela fala – vamos curtir!
— A água está gelada? – eu pergunto
— Muito, não tem nem como entrar – eu coloc meu celular em cima da mesa
— Você vai entrar? – ela pergunta
— Nós vamos! – eu falo sorrindo e ela me encara
— Não, eu não vou.
Eu pego Serena no colo enquanto ela gritava e batia nas minhas costas e corro com ela para o mar, entrando com ela no mar gelado enquanto ela me batia, eu começo a rir e ela também, eu pego ela pela cintura e a gente se beija, ficamos ali curtindo o resto do dia na praia e depois subimos de volta para o quarto do hotel, Serena estava no banho e depois sai para se arrumar para o jantar, eu já estava pronto e vou até a sacada do quarto com um copo de bebida na mão e fico pensando na minha infância e juventude dentro do Morro do Alemão e tudo que me levou até a Serena, todos os motivos que me fez ir atrás dela naquela faculdade e me envolver com ela, eu olho para ela e vejo ela se arrumando, até que não foi m*l esse casamento, eu tinha uma mulher maravilhosa ao meu lado, mas infelizmente o meu tempo com ela acabou e agora eu precisava levar ela até o morro do Alemão para que o resto do meu plano seja efetivado com sucesso.
Seria uma pena, nosso relacionamento se acabar , seria uma pena nunca mais ver ela, ver o seu sofrimento e ela completamente perdida, mas sei que tenho a pessoa certa ao lado dela para que o meu plano der certo.
Se fosse em outra circunstancia Serena, tenho certeza que a gente ficaria juntos para o resto da vida, mas eu sou bandido, nascido e criado dentro do Morro do Alemão, o sangue de traficante corre em minhas veias e infelizmente nem sempre podemos ter tudo o que a gente quer.
Ela para na sacada e me encara.
— Vamos? – ela pergunta sorrindo
— Vamos, meu amor – eu falo sorrindo e Serena sorri de volta para mim!