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Envolvida [Morro]

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Blurb

Lais Cristina é uma garota de 18 anos que acabou de sair do ensino médio e esconde uma paixão pelo dono do morro, vulgo Duque.

Lais mora no Morro do Borel, no Rio de janeiro, ela mora apenas com o pai, que antes era vapor, mas por causa de um acerto de contas, ele levou vários tiros e ficou impossibilitado de voltar para a sua antiga vida.

Sua mãe foi morta, também por causa desse acerto com o pai dela e agora ela busca vingança e acaba se envolvendo em uma dívida enorme com o Duque, para tentar livrar o pai.

Essa ajuda vai custar muito caro para Laís.

Vamos descobrir juntos o que será do futuro da nossa queridinha?

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Inicio
Meu nome é Laís Cristina, eu tenho 18 anos, sou moradora do morro do Borel no Rio de Janeiro e vou contar para vocês como eu me meti na maior furada da minha vida e me tornei a Duquesa do Borel. Minha história começou quando eu tinha apenas 15 anos, eu estava no primeiro ano do ensino médio, eu estudava na escola do asfalto e meu pai era um dos vapores que ficava fazendo a contenção do Morro do Borel. Todos os dias ele me acompanhava até a saída da favela para que eu seguisse até a escola e ele ficava para fazer o trabalho dele. Meu pai se despediu de mim e eu segui caminho, quando eu ia virar a esquina eu ouvi disparos e os carros que estavam efetuando os tiros acelerou e foi embora, deixando todos os baleados para a morte. O desespero tomou conta de mim e eu voltei correndo, para a minha surpresa apenas o meu pai estava no chão, ele tinha levado cerca de 10 tiros, ele foi socorrido rápido e Deus livrou ele da morte. Os boatos que rolavam era que o meu pai estava devendo dinheiro para um agiota do morro do Vidigal, mas eu não acreditei, para mim isso foi algum acerto de contas por ele ter entregado o x9 que o irmão colocou aqui no Borel para poder tentar invadir, mas até hoje eu não sei ao certo o que aconteceu. Eu jurei com todas as minhas forças que eu me vingaria. Aqui estou, com 18 anos, formada e aprendendo dia após dia como funcionam as coisas dentro da favela. Graças a Deus o meu melhor amigo, o Formiga, é parceiro do Duque e com isso, ele sempre descola umas armas para nós dois ir para a mata treinar. E bom, a minha mãe nesse meio acabou morrendo, também por conta desse tal acerto de contas com meu pai e me deixou sozinha com ele. Ele virou literalmente um encostado, porque com os tiros, a habilidade dele foi reduzida e acabou ficando sem o trabalho na favela. Meu pai não movia um dedo para ajudar nas contas de casa, pelo contrário, ele se meteu em uma dívida absurda e eu estou me virando para conseguir o dinheiro e fazer o acerto. Nas noites de baile, eu vendia doses de bebida e nos outros dias para ajudar a completar a renda da nossa casa eu fazia bico no bar do João. Eu não me joguei de vez na vida errada porque sempre tive o apoio do Formiga, meu melhor amigo, ele sempre quis o melhor pra mim, ele sempre me apoiava e me levantava quando a raiva me consumia. Eu nunca superei a morte da minha mae e nunca vou… eu não aceito que ela tenha partido e ter me deixado... e agora estou aqui, sendo literalmente estorquida dia após dia pelo meu pai para sustentar seus vícios e pagar sua conta com o Duque. - Morro do Borel - 14:30 p.m Eu e o Formiga estávamos subindo o morro com nossas armas na cintura para irmos até a mata, lá era o único lugar tranquilo que a gente tinha para poder atirar sem colocar a vida das pessoas em perigo. Eu sempre fui uma menina muito autêntica e ao mesmo tempo na minha, nunca fui de muitas amizades e as poucas que tinha, no geral era com homens. Formiga é a prova viva de que amizade entre homem e mulher existe. Ele tem zero interesse em mim e eu igual, ele sabe melhor que ninguém que eu sempre tive uma paixonite secreta pelo Duque, mas nunca dei moral e nem tentei nada, ele tem a fiel dele e as amantes e eu nunca quis ser mais uma. Eu fico p**a da vida toda vez que vejo Duque com alguma mulher na minha frente, mas eu não tenho o que fazer, não somos nada… nem mesmo amigos… ele me ignora completamente, diz que eu sou apenas uma pirralha e que gosta de mulheres maduras. — Tu pegou teu protetor auricular, Lais? — Formiga perguntou. — Tá na mão, parceiro… — Eu tirei a caixinha do bolso do meu short. — Tá ligada que se tu ficar surda teu pai me mata, né?! Então bota essa p***a direito na orelha. — Ele falou ajeitando o protetor na própria orelha. — Quero tentar uma distância maior… — Eu falei quando ele estava arrumando o alvo. — Tá maluca, Lais… tu não tem experiência. — Ele negou. — Primeiro tenta esses, se tu acertar eu coloco um alvo naquela última árvore, demoro? — Tu é f**a, não confia em mim… — Eu falei negando. — Eu confio, mas… — Ele foi interrompido pelo barulho dos disparos. Eram três alvos, os três haviam sido abatidos, dois no coração e um na testa, exatamente onde eu queria. — O que estava dizendo mesmo? — Eu comecei a rir e debochar da cara dele. — c*****o Lais, tu tá melhor que muito vapor aqui do morro… — Ele ficou de boca aberta. — Tenta aquele último… Eu apenas apoiei a arma direito na minha mão e disparei, sem cerimônia alguma e o Formiga foi até lá buscar o alvo. Ele voltou com a placa perfurada exatamente no meio do X. — Então… acha que é suficiente? — Perguntei ansiosa. — Suficiente pra quê, maluca? — Pra eu acertar a testa daquele desgraçado que atirou no meu pai e matou a minha mãe. — Eu falei agora com o semblante sério. — Deixa disso, Lais… tu sabe que o teu pai não aprova a sua sede de vingança. — Ele falou tirando a arma da minha mão. — Ele não precisa saber… — Vou pensar nisso… não garanto, demoro? — Suave… — Eu sorri. — Tô indo nessa… meu pai deve estar lá fazendo merda e colocando nas minhas costas para poder pagar. — Bora, eu vou descer contigo. — Ele falou e colocou o braço por cima do meu ombro, meio que me abraçando. Nós descemos o morro conversando, rindo e zoando as mina que estavam na frente do QG do Duque… todas com o short enfiado no r**o para tentar chamar atenção dele. Eu tenho pena dessas meninas que dão a vida para ser comida pelo chefe. Eu até posso ter uma quedinha por ele, mas eu jamais me colocaria numa situação como essa. Fora que ele é mulherengo pra c*****o, uma hora está com a fiel, meia hora depois ele tá solteiro. Eu não desejaria estar com um homem desses nem nos meus piores pesadelos. — Aê Formiga, trocou a marmita de hoje? — Perguntou um vapor novo. — Marmita é o seu c*, seu vaporzinho cheirador de pó… — Eu respondi mostrando o dedo pra ele. — Nem perde seu tempo Lais. Os cara gosta de arrastar, tu sabe disso. — Ele me puxou apertando o passo. — Tu é o****o, Formiga… esses vapor nunca vão te levar a sério como sub se tu não tomar uma iniciativa. — Eu expliquei abrindo o portão de casa. — Tu abre teu olho… — Deixa comigo patroa! — Formiga zoou e então ele me abraçou. — Se cuida… — Eu pedi. — Tu também… — Ele sorriu. — Qualquer parada, passa um fio. Eu bati a mão pra ele dando tchau e ele subiu na moto que havia deixado na frente da minha casa. Formiga é muito gente boa, eu odeio ver as pessoas querendo diminuir ele… Ele tem o coração enorme, mas quando quer, o cara vira o demônio. Esses vapores novos só mexem com ele porque não conhecem, mas quando ele se estressar, ele vai atrás e atira na cara deles. Eu entrei na garagem escondido e pulei a janela do meu quarto, não queria que meu pai visse que eu não estava em casa, eu ouvi ele mexendo nas panelas da cozinha e resmungando alguma coisa e então resolvi aproveitar para tomar um banho… assim eu relaxava e passava um tempo da neurose ele.

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