decepção

1022 Words
Naquela noite, Mia m*l pôde pregar os olhos, estava assustada com aquela situação, em sua mente, uma ponta de esperança surgiu, que seu pai, lhe demonstrando um pouco de amor, a procurasse, ela sabia que seu pai fazia parte da máfia, havia descoberto a poucos anos atrás, quando uma empregada deixou escapar a frente dela, mas não teve mais informações além disso, seu contato com o pai era mínimo, mesmo morando na mesma casa, ela sempre trancada em seu quarto, fazia meses que não ficava em sua presença. Pela manhã, após uma noite m*l dormida, Lorenzo saiu de seu quarto, caminhando pelo corredor, parou em frente ao quarto onde havia colocado Mia, estava tudo tão silencioso, coisa incomum para uma pessoa sequestrada, mas não era incomum para Mia estar trancada. Lorenzo retornou até seu quarto, pegou a chave e rapidamente foi ao quarto de Mia, ele colocou a chave na fechadura, destrancou, mas quando foi abrir a porta, a sentiu bater em algo, ao olhar, viu ser Mia. — esta tudo bem? — ele questionou enquanto passava pela pequena brecha que havia aberto na porta e indo até ela, temendo ter a machucado. — si...sim. — o que fazia dormindo ai? — ele questionou a ajudando a levantar. — eu não sabia que estava em frente a porta. — e por que não deitou-se na cama? — tem uma aqui? — ela questionou, ele confuso confirmou. — sim, tem uma cama neste quarto. — não pude encontra-la, já estava dolorida de esbarrar nas coisas, então fiquei aqui mesmo. — ela disse de forma simples, aquilo parecia normal para ela, mas para ele era estranho, pois estava percebendo que ela não tinha o mínimo de autonomia como outros deficientes visuais. — quantos anos você tem? — ele questionou enquanto a guiava até a cama. — eu não sei exatamente. — não sabe? — ele questionou um tanto confuso. — chuto que mais de dezessete. — você tem algum problema psiquiátrico? — ele questionou, estava descrente que ela não soubesse sua própria idade, em sua mente, aquilo devia ser algum problema psiquiátrico. — acho que não sou louca. — disse ela, ele ficou calado procurando entender a situação, mas antes que pudesse fazer mais uma pergunta, escutou alguém bater na porta. — quem é? — Lorenzo questionou, logo quem estava do outro lado respondeu. — Moret senhor, posso lhe falar um instante, é sobre a garota e é bem serio. — entre. — Moret assim fez, ao entrar, olhou para Mia, seu olhar era triste piedoso em sua direção. — o que tem a dizer? — senhor, podemos falar um instante a sós. — diga logo Moret, sabe o quão ocupado sou. — Moret suspirou, não queria dizer aquilo a frente de Mia, mas como Lorenzo havia pedido, ele deu início. — senhor, ela realmente é filha de Alexandre...como o pedido entrei em contato com ele. — e então, ele vai retirar tudo que disse sobre mim em troca de sua filha? — Lorenzo questionou animado, mas Moret balançou a cabeça em negação. — ele disse que não está interessado em reaver a garota, que ela sempre foi um estorvo, disse também que...que. — Moret gaguejou e fez uma pausa, o que ele tinha contar era difícil, doloroso. — ele disse que ela é virgem e, que o senhor poderia fazer o quisesse com ela e depois dar um fim na garota. — Lorenzo ficou em choque com o que escutou, em momento nenhum haviam pensado em machucar a garota e saber que o próprio pai havia dito coisas tão horrorosas o deixou sem palavras, perdido na situação, mas foi desperto de seus pensamentos ao escutar um soluço da garota, ao olha-la, viu aqueles doces olhos se desmanchando em lagrimas, montando dentro de si um misto de piedade e raiva. — aquele desgraçado pensa que sou um maldito estuprador? — Lorenzo disse tomado de ódio, Moret lançou um olhar piedoso a Mia, que chorava encolhidinha, ela sabia bem que seu pai não lhe amava, mas não tinha noção de que ele poderia ser tão m*****o a ponto de pedir que outro a matasse, esperava que ele ao menos a levasse de volta, mesmo que fosse para mantê-la trancada naquele quarto. — senhor, por isso lhe queria falar a sós. — venha, vamos falar lá fora. — Moret seguiu Lorenzo para fora do quarto, então no corredor mesmo, ele pediu mais informações, tinha urgência. — o que mais o desgraçado disse? — apenas isso, mas eu investiguei um pouco, o senhor sabe que tenho uma filha bebê, é horrível pensar que alguém tenha um pai assim, fiquei tocado com a situação, entrei em contado com pessoas próximas dele, nenhuma sabia de nada, apenas um, que me contou um pouco sobre a garota, essa situação um dos motivos para meu contato ter se afastado de Alexandre. — vamos Moret me conte logo. — Moret respirou fundo, estava realmente muito tocado com a situação. — Mia é a filha mais nova de Alexandre, tem vinte e um anos, a mãe dela morreu no parto, que foi um tanto complicado, desde então a garota tem sido mantida trancada, ele não quer que ninguém saiba que ele tem uma filha “defeituosa” meu contato me disse que é desta forma que ele costuma se referir a moça, pelo que ele me disse a garota está a todo esse tempo trancada, sem contato nenhum com o mundo externo, nem mesmo podia ir ao quintal ou coisa do tipo. — que homem podre. — o que pretende fazer com a garota, sabendo que ela não é útil para seu plano e o próprio pai não a quer? — Moret questionou. — ela não tem nenhum outro parente? — só a irmã que também não gosta dela, talvez a garota possa dizer algo que ajude a resolver isso. — acho que não, ela nem mesmo sabe a própria idade...eu preciso pensar com calma, colocar a cabeça no lugar, pra só então decidir o que fazer...com a vingança e com a garota, que não tem culpa de ter o sangue daquele maldito.  
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