Carolina Mendez ( não somos namorados)

1133 Words
Obrigado! Felipe agradece. Tiro a bandeja do seu colo, coloco de lado, pego um frasco de remédio, abro e dou a Felipe, pegando o copo com água. Ele engole o comprimido, faz cara feia. Descanse. falo levantando da cama. Pego a bandeja, me viro para sair do quarto e ouço ele me chamar! Carolina! Oi, respondo olhando para ele? Obrigada. Sabe que não foi sua culpa, não é? Se estiver fazendo isso por obrigação, não precisa, posso contratar uma enfermeira. Você está aqui para ser cuidada, não cuidar de mim, quero você e meu filho seguros. fala e sorrio ao ouvir sua preocupação comigo e o filho que ainda não sabemos se existe. Não é por obrigação, mas porque quero cuidar mesmo . fala saindo. Deixo a bandeja na cozinha, volto para o quarto, tiro minha roupa, tomo banho para descansar, droga, esqueci que não tenho roupa, enrolada na toalha, caminho para o quarto de Felipe, abro a porta, vejo ele mexendo no celular, bato na porta para chamar sua atenção. Felipe me encara, seus olhos passeiam pelo meu corpo coberto pela toalha, me sinto nua diante de seus olhos. Eu fui tomar banho e esqueci que não tenho roupas para vestir, poderia me emprestar uma roupa sua? Pergunto desviando dos seus olhos. No closet, pode pegar o que quiser, responde Felipe. Como o d***o foge da cruz, corro para o closet, pego uma camisa e uma cueca, sorrio lembrando que sempre uso as roupas dele. Visto rapidamente a roupa, tento sair do quarto sem olhar para o homem deitado na cama me encarando. Por que não dorme comigo? Quer dizer, dormir aqui na minha cama, Felipe fala olhando para mim com desejo, o mesmo desejo que faz meu corpo arrepiar com seu olhar. Melhor não, você está machucado, posso te machucar em algum momento na noite. falo saindo do quarto. Com o coração acelerado, a pele pegando fogo, deito na cama. Tento não pensar no olhar do Felipe em mim, dobro mais as mangas da camisa dele, o cheiro impregnado faz minha pele arder com o contato do tecido. Respiro, inalando o cheiro dele na mistura de t***o e luxúria. Deito, viro de um lado para o outro buscando uma posição, desejando que o sono me vença, mas nada acontece. Deitada de lado, ouço a porta abrir, escuto passos, sinto o colchão abaixar, braços fortes me puxam para ele. Felipe, o que é isso? Apenas feche os olhos, vamos dormir, responde Felipe. E assim foi, como um calmante, deitada no peito dele, dormi rapidamente. Acordo praticamente em cima de Felipe, olho para ele dormir, seu rosto sereno, os cabelos bagunçados dando um charme a mais à sua aparência de deus grego. Saio devagar dos braços dele, quando tiro sua mão da minha cintura, ele se mexe, mas não acorda. Fico parada, admirando o belo espécime de homem deitado na minha cama. Meu Deus! Grita uma mulher gordinha de cabelos longos trançados ao me ver entrar na cozinha. Sem ação, nos olhamos por um tempo, até ela falar! Quem é você? Pergunta a senhora. Vermelha de vergonha, sem saber o que responder, pois estou vestida com a camisa do Felipe e uma cueca dele. Me chamo Carolina, sou amiga do Felipe, falo sem jeito. Amiga! Sei, sente-se, o café está pronto, fala a senhora se afastando. Pode preparar uma bandeja para levar para Felipe, ele sofreu um acidente, não pode fazer esforço, falo sem olhar para a senhora. Meu Deus, menino, o que foi isso? Fala a senhora com a mão na boca. Viro e vejo Felipe parado na entrada da cozinha, só de bermuda, o torso nu. Minha gente, que homem é esse, parece que ele saiu de um comercial de roupas íntimas, o cabelo bagunçado, olhos inchados e um olhar que deixa qualquer mulher de pernas bambas. Bom dia, Zola, ele cumprimenta a senhora. Bom dia, Carolina, acordei, não te vi na cama, pensei que tivesse ido embora fala me encarando. Por Deus, meu menino, sente-se, o que foi isso, Felipe, como você sofre um acidente e não avisa a ninguém, dona Luciana vai surtar, ouso a senhora falar preocupada. Calma, Zola, estou bem, não é para tanto, responde Felipe, sentando ao meu lado e pegando uma xícara de café. Como não, Felipe, você está com o braço amarrado, indaga a senhora. Ok, Zola, mas não precisa dizer à minha mãe, tá viajando. Calada, como se não existisse ali, ouço Felipe falar com a senhora que chama-se Zola e trabalha para a família do Felipe há anos. Pego a xícara, boto café, Felipe tira da minha mão, olhe de cara feia pra ele ! Café faz m*l para o bebê, não pode, tome suco, fala o ladrão de café. Que conversa é essa, Felipe Júlio Lutero! Especula a senhora. Sem alarde, Zola, Carolina está grávida de um filho meu, tentaram atropelar ela ontem, corri para impedir que fosse ela a se machucar, ele explica para a senhora. Meu Deus, menino, pai, você vai ser pai! Sim, Zola, por isso Carolina está aqui para que se cuide e cuide da gravidez. A minha filha, por que não disse que é namorada do meu menino? Se bem deveria ter desconfiado, ele não traz mulher para dentro deste apartamento. Olho para Felipe, chocada com a informação que Zola falou, como se não tivesse dito nada, Felipe toma o café tranquilamente. Enquanto fico em choque diante de tanta informação e pior é que Zola pensa que sou namorada do Felipe. Tomo café ouvindo Zola brigar com Felipe como se fosse uma criança, sorrio ao ver que Zola o trata como se tivesse cinco anos ou menos, só falta botar a comida na boca dele. Felipe parece acostumado com a forma carinhosa e protetora de Zola, e eu me sinto um pouco deslocada nesse ambiente familiar. Mas ao mesmo tempo, uma sensação de conforto me invade ao ver o cuidado e preocupação que todos ali têm com o bem-estar de Felipe e do bebê que talvez esteja a caminho. Enquanto Zola continua a repreender Felipe, eu me pego lembrando da minha família como éramos unidos . Mas logo volto à realidade, lembrando da situação complicada em que me encontro, envolvida com um homem que acabara de descobrir que vai ser pai, mesmo sem saber se o bebê é real. Termino o café em silêncio, observando a interação entre Felipe e Zola. Sinto um misto de gratidão por toda ajuda e cuidado que recebi desde que cheguei aqui, mas também uma confusão de sentimentos em relação ao que está acontecendo entre nós. Decido que é hora de esclarecer as coisas, de colocar todas as cartas na mesa e enfrentar as consequências. Levanto-me da mesa, encaro Felipe e Zola, e respiro fundo. - Precisamos conversar, falo com determinação.

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