Carolina ( boate)

1013 Words
Depois do que aconteceu na sala, corri para o quarto e me tranquei lá para não correr o risco de ele invadir. Como pude deixar as coisas irem tão longe? O beijo e as mãos dele no meu corpo despertaram em mim sensações adormecidas. Não consegui dormir. Assim que o dia raiou, peguei minhas roupas, me vesti e saí da casa o mais rápido que pude. Dirigi com sono e, mesmo ficando na estrada, dei umas cabeceadas. Parei no posto de gasolina, abasteci, fui à loja de conveniência, comprei um energético com bastante cafeína, peguei uns doces e lanches. Tomei o energético na hora, comi, voltei para o carro, mais desperta, consegui chegar no meu apartamento, tomei banho, me arrumei para o trabalho. Durante a manhã, me concentrei no trabalho, saí para almoçar com a Fernanda, conversamos, não contei da loucura que fiz, nem sobre o que aconteceu com o meu chefe. Se ela soubesse, ficaria me enchendo para que eu curtisse, deixasse o passado para trás, mesmo depois de dizer que estou bem como estou, não quero me envolver com ninguém. Voltei para a construtora e evitei sair da minha sala, não quero dar de cara com meu chefe. Porém, meu querido? Sério, Carolina, querida? "OK, meu odiado chefe, tem outros planos", entrou na minha sala e não parou de me interrogar, nem de olhar para minha boca. Qual é! Não sou de ferro, sorrio, lembrando do apelido que me chamam: a Dama de Ferro. Por mais fria que seja minha indiferença diante dos homens, sejam eles nos tribunais ou na vida pessoal, não permito que se aproximem. Mas, Filipe Lutero tem ultrapassado minhas barreiras, e isso não posso permitir. "Senhor Lutero, agradeço por sua ajuda ontem, não estava nos meus planos passar a noite fora como tinha muito trabalho aqui. saí cedo para não atrapalhar meu dia de trabalho", falo, olhando para o homem elegante diante de mim. Olho para o ar, para ter certeza de que está ligado, pois estou com calor. "Carolina, você é uma ótima advogada, mas uma péssima mentirosa", ouço ele falar, levantando-se e vindo até mim. Engulo seco ao vê-lo afastar minha cadeira e sentar na minha mesa de frente para mim, causando-me arrepios apenas no contato visual. Ele se debruça sobre mim, me prendendo na cadeira com seus braços de cada lado da cadeira. "O que está fazendo?" pergunto, quase sem voz. "Do que tem medo?" ele pergunta, quase me beijando. "Não sei do que está falando", respondo, tentando sair do seu cerco. Tento levantar, e, em questão de segundos, estou sentada na minha mesa com Filipe no meio das minhas pernas, me prendendo à mesa. Ele segura meu queixo, fazendo com que olhe nos seus olhos. "Não sou homem de correr atrás de mulher, mas, depois de provar da sua boca, quero mais, muito mais. Então, vamos fazer assim. Apenas uma noite, eu e você, numa cama ou aqui mesmo na sua mesa. A escolha é sua, não importa o lugar, quero apenas saciar meu desejo de te ver gozar enquanto estiver te possuindo. Vejo como estou!", Felipe pega minha mão e leva até o meio das suas pernas, fazendo com que toque sua ereção. Sinto meu corpo quente febril, apenas com suas palavras. Volto meus olhos para ele, sem voz ou força para falar, apenas olho para seus olhos cheios de desejo, promessas de algo não dito. "Pare com isso, senhor Lutero. Estamos num lugar de trabalho", falo num fio de voz. "Certo, vamos sair daqui, tenho o lugar certo "Fiquei com raiva, meto a mão na cara dele grito para que escute bem. "O que pensa que sou, alguma prostituta? Não vou a lugar nenhum com você, e nunca, atreva-se a me tocar ou me encurralar em qualquer lugar. Ou processo você por assédio. Fui clara?", pergunto. Sou prensada na mesa mais uma vez. "Tá maluca, p***a, nunca mais ouse levantar a mão pra mim! Quer me processar? Faça isso, tenho ótimos advogados. E, quanto a te tocar, farei mais que isso. Vou marcar cada parte do seu corpo para que nunca esqueça quem te tocou", o desgraçado fala, me beija, sinto sua raiva sem controle, o desejo crispando, apenas num beijo me deuxansonsem ar e de pernas bambas. Felipe me solta, sai da minha sala sem olhar para trás, bate a porta com força. "O que acha desse aqui", pergunta a Fernanda, mostrando um dos vestidos dela para mim. "Sério, Nanda? Sabe que não gosto de lugares cheios e boates, nem de longe, são meu lugar preferido", falo, cobrindo meu rosto com o travesseiro. "Carol, deixa de drama, não vamos ficar na multidão. Mas, a área VIP é só para os ricaços. Então, vamos nos arrumar que já já o Theo chega para nos pegar", bufou de raiva, pois não terei escapatória. Depois do ocorrido na minha sala, não vi mais o Felipe, soube que ele viajou. Se já não fosse r**m dormir com os pesadelos, agora acordo suada por causa do desgraçado. Tenho tido sonhos eróticos com ele. "Uau, que gatas", fala o Theo, ao nos aproximar do carro dele. Theo é um homem bonito, moreno, sorriso perfeito, um corpo de fazer qualquer mulher suspirar. Bem resolvido, formado em administração, um verdadeiro príncipe, só tem um problema, um cafajestes, mulherengo . No caminho até a bendita boate, conversamos sobre o trabalho e as novidades do escritório. Marcos voltará de viagem no domingo, e, na segunda, assume seu lugar como advogado da construtora CLG Construtora Lutero Goveia. E eu estarei livre do Felipe. Penso, mas sinto um vazio no peito. "Vamos, Carol! Sacudir o corpito, gata como você estar vai arrasar coração", fala Fernanda me puxando para a pista de dança. "Depois de vários copos de bebida, me sinto mais leve, balanço o corpo no ritmo da música. Bracos rodeiam minha cintura dançando comigo no ritmo da música, encosto minha cabeça no peito do estranho. Sou puxada com força, tento ver quem me puxou. Sorrio para meu chefe, que me prende contra seu corpo, fazendo meu corpo esquentar desejando ser dele..."
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