Mostafá se levantou às cinco da manhã. Não havia pregado os olhos a noite toda, primeiro pela raiva que sentia da mãe e, segundo, pelo tremor de Gracinha. Mesmo dormindo, ela tremia de medo dele, recusava qualquer tentativa de aproximação, nem mesmo um beijo ela permitiu. Ele tomou um banho frio na tentativa de se acalmar, mas sua cabeça continuava fervendo. Nunca havia gritado com a mãe antes, mas agora sentia vontade de gritar, sacudi-la e confrontá-la com toda a sua raiva. Ela sabia a verdade. Ele se lembrava claramente de ter acordado com a cama ensanguentada e sua mão cortada pelo vidro de um copo. A mãe garantira que aquele sangue era dele, mas não era. A cena que ela realmente viu foi Gracinha machucada. Sua mãe tirara a menina do quarto enquanto ele estava desacordado, drogado. A