Nayara Narrando
Eu acordo cedo como de costume, eu olho o meu celular e vejo ele dispersando, eu desligo o despertador e me levanto, hoje eu não vou trabalhar, eu tinha uma folga pra tirar que trabalhei no feriado, então tirei hoje, eu tomo um banho na água morna, lavo os meus cabelos e saio do banho, passo um hidratante de cereja no corpo, escovo os meus cabelos, visto uma calça jeans que desenha bem o meu corpo, uma blusinha rosa e um tênis branco, eu passo só um batom e uma base, eu já uso extensão de cílios e sombrancelha definitiva, eu faço um r**o de cavalo no meu cabelo por que vou de moto e vai bagunçar tudo, eu passo o meu perfume, e ti pronta, eu pego a minha bolsa e a chave da minha moto, eu fecho a porta e desço o elevador e vou até o estacionamento e pego a minha moto, e vou até o morro da Rocinha, eu ia falar com a Grace mais resolvi fazer uma surpresa a ela, eu chego na contenção e paro com a moto e um rapaz já vem na minha direção.
–Onde a Barbie pensa que vai. Ele diz me olhando dos pés à cabeça, me senti sendo um pedaço de carne.
–Eu quero falar com o Coringa. Eu digo e ele ergue a sombrancelha.
–Nossa o patrão tá escolhendo bem hein. Ele diz mordendo o lábio e eu o encaro.
–Ta querendo dizer o que com isso? Eu digo com a cara feia mesmo, e ele dá um sorriso safado.
–Eu tô ligado o que vocês Pati vem fazer na quebrada. Ele diz e eu nem deixo ele terminar de falar.
–Olha aqui moço, primeiro que você não tem que julgar as pessoas antes de conhecer, e segundo se tá achando que vim pegar o seu patrão, tá muito enganado, eu vim pela vaga de enfermeira no postinho. Eu digo já com ódio mesmo, e ele me olha surpreso.
–Foi m*l aí loira, eu não sabia,mas com uma enfermeira igual a tu eu tô até pronto pra levar um tiro. Ele diz e eu n**o.
–Vai me deixar passar ou não?
–Deixa eu só falar com o chefe, qual é o seu nome?
–Nayara. Eu digo e ele concorda, ele sai de perto de mim e fala no rádio, e os outros que estão na contenção me olham e ficam cochichando entre eles, logo o rapaz volta .
–A e, ele te na boca, eu vou te levar até lá, e eu sou o Guga. Ele diz e eu concordo –Pode deixar a sua moto encostada aí. Ele diz e assim eu faço, ele pega outra moto enorme e sobe nela e da prática, eu subo na sua garupa e ele sai voando pelos beco daquele morro, eu me perderia facinho aqui, muitos becos , e casas parecidas, ele para a moto em frente a uma casa que tá cheio de homens armados em frente, eu já tinha ouvido falar de como era um morro, mas eu nunca tinha ido em um, confesso que tô tentando fingir que não tenho medo, mas por dentro eu tô assustada.
Eu desço da moto e arrumo os meus cabelos com os dedos e amarro de volta, os rapazes que estão naquele lugar todos me olham, e eu fico até sem graça.
–O patrão tá aí , pode entrar. Ele diz apontando pra uma porta e eu só concordo, eu vou caminhando até lá, e sinto os olhares dos caras me comendo com os olhos, quando estou chegando perto da porta ele abre e me encara.
–Entra aí. Ele diz todo sério e eu concordo, é uma casa velha, uma sala que tem um sofá, uma mesa de escritório e duas cadeiras, um frigobar, eu passo os meus olhos por tudo bem rápido, e ele faz sinal pra eu me sentar, eu me sento na cadeira em frente a dele e ele me encara.
–Bom dia. Eu digo olhando pra ele, eu não sei por que , mas esse homem me dá medo, ou calafrio, sei lá.
–Bom dia. Ele diz todo sério, com uma cara de m*l.
–Eu vim pela vaga que você falou que tinha no posto de saúde. Eu digo e ele concorda.
–Sim, eu já falei com o chefe dos enfermeiros, e a vaga é sua, você já foi em algum morro alguma vez? Ele pergunta e eu n**o –Então aqui temos algumas regras , se tu aceitar o emprego é seu. Ele diz todo cheio de marra.
–Tudo bem, pode me falar então, quais são as regras. Eu digo e ele concorda com a cabeça.
–O que tu ver aqui dentro, fica aqui, se algum dia eu souber que tu explanou alguma coisa do meu morro tu vai pros pneus. Ele diz todo sério e eu só concordo, nem sei oque pneu significa, vou ter que descobrir com as meninas.
–Voce não pode trazer ninguém pra cá, se trazer tem que pedir a minha permissão pra entrar no meu morro, aqui não entra ninguém que eu não saiba pra que ou oque veio fazer. Ele diz e eu só concordo.
–Dias de invasão, tu tem que ficar de plantão e ajudar quem estiver ferido, todos que trabalham no posto em dia de invasão ficam aqui, quando isso acontece ninguém entra e ninguém sai, tô te dizendo isso por que se você tiver namorado já avisa ele, pra não dá problema depois. Ele diz todo cheio de pose.
–Por mim, tudo bem e eu não tenho namorado. Eu digo e ele concorda me encarando.
–Bora lá então. Ele diz e eu concordo, ele sai da sala e eu vou atrás, ele pega uma moto enorme e sobe nela, ele faz sinal pra mim subir na sua garupa, eu subo e ele dá partida na moto, e sai voando pelos becos, eu agarro em sua cintura e pude sentir os gominhos da sua barriga, jesus do céu, em questão de segundos ele para em frente a o postinho, ele estaciona a moto, eu desço e ele também, ele vai entrando no posto todo sério e eu vou atrás, Deus do céu será que esse homen é sempre assim com essa cara, eu heim.
Continua....
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