Narrado por Alya Castro
Após uns minutos consigo acalmar Ana. Ela se senta esperando e Matt vem até mim. Olho para o homem saindo do consultório.
- O que será que ele está fazendo aqui ? - sussurro
- Que estanho - diz Matt- será que está doente? - ele olha para o homem
- o conhece? - pergunto
- Sim Alya, é o senhor Ro..
- A médica! - diz Ana se levantando
A doutora vem até nós enquanto o homem sai do hospital. Nós olhamos tensos.
- Então doutora. O que houve ? - pergunto
- São os parentes de Margaret Parker? - ela nos olha
- Sim, somos as filhas- diz Ana - e esse é o Matt, meu namorado
- A mãe de vocês está estável neste momento. Os remédios antigos não estão fazendo mais efeito.
- E agora? - pergunto
- Vamos começar um tratamento novo com um medicamento importado.
- doutora. - diz Ana tímida- não temos dinheiro para pagar esse tratamento.
- Está tudo bem querida. - ela diz amável - um doador anonimo está disposto a pagar o tratamento.
- O que ?! - exclamo
- Isso é comum Alya - diz Matt sorridente- as vezes as pessoas com condições que doam para o tratamento.
- Exato- diz a médica.
-Podemos vê la ?- pergunta Ana ansiosa
- Podem sim mas só uns minutos. Ela precisa descansar.
Nós seguimos a médica até o leito de minha tia. Quando entramos ela está com a cabeça encostada no travesseiro cansada. Vejo seus olhos verdes como de Ana bem abatidos e a pele pálida. Ana vai andando devagar a ficar a frente dela.
- mamãe? - sussurra Ana.
Ela vira o rosto devagar e da um sorriso. Ana segura sua mão trêmula dando um sorriso.
- Oi querida. - diz baixinho
- Eu fiquei tão preocupada..
- Eu estou bem meu amor - sussurra. - onde está Matt?
- Estou aqui sogrinha - ele diz ao meu lado.
Ela vira o rosto para nós dois que estamos parados na porta . Seus olhos se arregalam me encarando. Sua expressão de surpresa muda para um sorriso alegre.
- Alya ? Minha filha - ela diz erguendo os braços.
- Oi mamãe- sussurro indo de encontro ao seu abraço.
Sinto seus braços trêmulos ao meu redor. Olho para seus olhos marejados. Dou um sorriso e beijo sua testa.
- Estou feliz que veio me visitar. Vai ficar quanto tempo em Nova York querida ?- pergunta
- Eu não vim visitar- falo e ela me olha confusa.
- Não entendi meu amor..
- Eu voltei para morar em Nova York com vocês- ela da um sorriso gigantescos
- Com minhas duas meninas comigo eu vou melhorar rapidinho. - ela segura a mão de nos duas
- Não está esquecendo de alguém sogrinha- escuto Matt ao fundo.
- claro que meu menino favorito também querido- ela estica os braços e nos abraçamos.
Ficamos uns minutos conversando até que a médica chega dizendo que ela precisa descansar. Voltamos para casa mais tranquilos. Tomo um banho e caiu na cama.
A manhã na empresa foi bem traquilo. Ana saiu antes para seu almoço enquanto eu fiquei terminando o projeto.
Quando entro no elevador pego meu celular para ver minhas mensagens. Quando a porta se abre saiu andando distraída mas olho em volta e percebo que estou no andar errado. Olho ao redor e volto para o elevador mas acabo trombando em alguém.
-Me desculpe - falo segurando dois braços fortes
- Sem problemas senhorita Castro- escuto aquela voz que não me é estranha. Olho para cima vendo o homem
- Merda ! - exclamo, ele esboça um sorriso
- lembra de mim ? - ele pergunta
- sim!! O que faz aqui Miguel ?!! - ele me olha confuso mas logo mostra um sorriso. As portas se fecham
- Eu vim te ver
- Para de graça e vai embora ! - pego mão dele tentando puxar mas Miguel é mais forte que eu. Ele me puxa para si fazendo meu corpo bater no seu.
- Você é tão linda brava - ele se vira me predendo na parede fria do elevador me dando um beijo de tirar o fôlego. Suas mãos seguram as minhas acima da cabeça.
- O que ?! Se meu chefe me ver assim ele me mata !!
- Quem é o seu chefe?- pergunta
- Gabriel Pereira mas o chefão só conheço o sobrenome. - ele coloca a mão no queixo coçando.
- Entendo. Que tal almoçarmos juntos? - pergunta
- Não sei se seria uma boa ideia- admito
- Eu prometo que não terá problemas com o seu ...chefão- ele faz aspas com a mão quando pronuncia a última palavra.
- Drogas ! - olho para ele que esta sorrindo - Está bem mas agora me solte ! - falo dando um empurrão nele e me recompondo.