Capítulo 4 - Cada Vez Mais Perto

1543 Words
Matt A agonia de não saber nada sobre Paula me matava a cada dia.Onde será que está a mulher na qual eu sonhei e desejei como mãe dos meus filhos? Como a minha esposa? Será que a vida ao meu lado seria tão r**m assim? Nós parecíamos tão felizes, fazendo planos. O que pode ter acontecido com Paula? Estou me tornando o homem mais infeliz do mundo, receio que com apenas 25 anos a minha vida acabou literalmente da noite para o dia. O mês de junho para uma garota de 23 anos e solteira só de começar já e uma tristeza, e para mim não era diferente. As lojas eram todas enfeitadas de balões vermelhos e corações e na Bride & cia não era diferente, fui obrigada a decorar a loja todinha no estilo dia dos namorados para receber as noivas de junho flores e chocolates também faziam parte disso. Sempre amei chocolate, mas acho que estava odiando já havia alguns anos. As minhas experiências amorosas eram uma pior do que a outra, para falar a verdade nunca apresentei um homem para a minha família, como o meu namorado sempre "ficantes" que não duravam nada mais que 2 meses, talvez porque quando eu começava a falar em compromisso eles diziam que não era hora. Meu primeiro ficante me trocou pela amiga de infância, o segundo tinha eu e mais 2 namoradas as vezes até me pergunto como ele arrumava tempo para isso. O terceiro talvez o que eu tenha mais amado me procurava só de vez enquanto, isso fez com que eu me afastasse dele. E o último não quis namorar sério comigo alegando que ele necessitava viver a vida e não podia se prender a um namoro. Enfim todas essas foram minhas tentativas de ser feliz, até que um dia desisti. - Vale?- chamou Marcella. - sim - Respondi virando o meu livro de cabeça para baixo. - será que você poderia ir até à Padaria comprar pão para o nosso lanche? - perguntou ela - você sabe fica meio difícil eu sair daqui. - tem certeza? - Perguntei. - sim - ela respondeu fazendo uma cara de cachorro sem dono que eu particularmente achava péssima. Depois de muito lutar disse sim. Na rua estava muito frio, precisei colocar a minha calça jeans, algo que eu odiava para trabalhar e para ir até a padaria que ficava 2 ruas depois da loja peguei meu cardigan preferido, um rosa com detalhe de bolinhas azuis. Eu amava aquela época de frio, era um tempo em que as pessoas decidiam tirar os seus melhores trajes do armário. Sempre achei muito elegante o inverno. Caminhando até a padaria nas ruas escorregadias o que também era um obstáculo, percebi por isso que estava na hora de trocar as minhas botas por outras novas. Continuei andando e parei na esquina para esperar o sinal fechar para então poder atravessar, foi então quando o sinal fechou que coloquei o pé no meio da rua, quando de repente senti um carro arrancar e quando me dei conta já estava no chão. O motorista saiu furioso do carro gritando dizendo que eu era maluca que não tinha prestado atenção no sinal. - Bem que eu saiba o sinal está livre para pedestre, então não sou eu a errada - disse apontando para o sinal. - Ah,Droga! Bom ele deve ter fechado agora na hora não estava. Você deve tá querendo se matar ou coisa do tipo sua maluca? -Gritou ele. - Olha senhor, Me desculpe, mas eu não sou a errada, será que você poderia ser cavalheiro ou gentil pelo menos e ajudar-me a levantar? - perguntei. - Além de tudo é abusada - disse ele. - E eu ainda estou errada?! Faça-Me o favor senhor! - Anda logo, me dá a mão que eu te levanto - disse ele. - NÃOO! OBRIGADA! Eu me levanto sozinha! i****a! Foi depois de muito esforço que eu me levantei e consegui ficar de pé, que reparei bem na cara desse homem e tive a certeza de que ele era o cara que procurava sua noiva desaparecida. Foi tão que eu falei: - Deve ter sido por isso que foi largado no altar, grosso! - disse eu em um tom de voz mais alto do que eu esperava. Ele parou no meio da calçada e recuou o caminho: - Como senhorita? - Perguntou ele. Por um momento levei a minha mão até a boca arrependida do que eu tinha acabado de dizer. - Nada eu pensei alto me desculpe, nada! - respondi nervosa. - Olha eu não conheço você e a senhorita não sabe nada sobre mim, então por favor guarde essa língua e não se baseie por fofocas! - Ah, que saber você é um perfeito i****a, um ignorante que acha que só por que tem dinheiro pode passar por cima das pessoas! Com todo respeito senhor, vai a merda! - Gritei. Todos na rua me olhavam assustados, uma mulher aparentemente jovem e falando a quantidade de palavrão que eu falava não era uma coisa normal, a minha mãe sempre dizia que eu tinha que guardar a minha língua e que minha boca era muito suja, sim estresse era meu sobrenome. Depois de cansar de brigar com sujeito e depois de ele arrancar com o carro e ir embora fui até a padaria comprei o pão e retornei para loja. - Nossa demorou hein?! - Disse Marcella. - Ah sim, me desculpe - respondi. - Nossa o que houve a sua calça está toda suja?! - Fui atropelada no caminho para a padaria, um maluco ultrapassou o sinal por isso demorei. - Mas você tá bem? Quer uma água? - Perguntou Marcella. - Não obrigada, acho que é só o impacto que me deixou nervosa - eu disse. O dia passou devagar, na maior parte desejei que o carro do sujeito partisse em mil pedaços, também eu me pergunto como a família de um cara em que foi abandonado no altar deixa ele andar dirigindo pela cidade? Deveria ser proibido um homem no estado dele dirigir. Passei em casa antes de ir para faculdade para me trocar, pois as minhas roupas atingiram um nível péssimo. Cheguei na minha aula um pouco atrasada. Aquele dia definitivamente era um dos piores dia da minha vida. Quando cheguei o meu professor estava explicando um trabalho onde ele passou sobre o dia dos namorados. E como sempre o maldito dia 12 começava a me assombrar. O trabalho era o seguinte teríamos que montar uma campanha de qualquer produto e fazer a divulgação do mesmo pela cidade, os 3 melhores trios não iriam precisar fazer a última prova, como sempre eu e as meninas decidimos fazer juntas. Montamos todo o nosso projeto na aula e decidimos colocar em prática no final de semana. - O que podemos divulgar? - Perguntou Camila. - Não faço ideia, como sempre digo odeio junho, odeio o dia dos namorados! O meu mês já começou péssimo e olha que hoje é apenas dia primeiro - disse eu nervosa. - Hey, calma amiga, o que houve? - perguntou Marina. - Nada amiga, é que, me desculpe... hoje eu fui atropelada por um maluco que não prestou atenção no sinal! Por isso cheguei tarde tive que ir em casa trocar de roupa por que acabei abrindo a calça no joelho enfim. - disse eu dando de ombros. -Nossa, mas você não chamou a polícia? - Não ia adiantar, o cara parecia maluco sabe?! Deixei para lá... - Bom que não foi nada m*l - disse camila. - Bom vamos focar nesse maldito trabalho e relaxar por que estou precisando. A volta para casa fez com que pelo caminho eu refletisse sobre tudo que estava acontecendo ao meu redor, alguns desentendimentos familiares me deixaram pensativa nos últimos dias. Fazendo com que eu mudasse minha forma de pensar e com que eu não me surpreendesse com a capacidade de mentir do ser humano. Mas como sempre guardava todos os meus sofrimentos junto ao meus pertences em minha bolsa. Todo início de mês depois de receber meu salário minha diversão era ir ao cinema com a minha amiga Suzana, eu e Su nos afastamos pelo motivo estudar. O tempo que usávamos quando estávamos juntas era para ir ao cinema e comprar livros em uma livraria no shopping. -A gente precisa se encontrar mais vezes Vale - Disse Su. - Sim, as férias estão ai, então teremos pelo menos uma balada, necessitamos. E o David hein?! Apareceu? - Aff amiga, nada ele sumiu! Sabe cansei até hoje não consegui esquecer Raphael acho que não consigo mais! - Sei bem o que é isso, olha o Henrique até hoje sinto falta! - Por isso não quero saber de homens amiga! Chega! - E o atropelador? - perguntou Su - Nossa nem fale ainda bem nunca mais encontrei com aquele louco! Deve ter batido com o carro em algum poste. - Credooo você é malvada. Kkkk Apesar de nos vemos pouco, eu e Suzana éramos grandes amigas, a gente se conheceu no curso de inglês estudamos 3 anos juntas. Isso serviu para fortalecer a nossa amizade por esses longos 7 anos quase 8 provando que amizade verdadeira não acaba.
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