O barulho das sacolas sobre a mesa de madeira a despertou devagar. A cortina da sala estava meio aberta, e o sol que por ali entrava ajudava Gabriele acordar de verdade. — Você já trabalhou? — ela questionou bocejando, tentando apaziguar o cabelo rebelde que fugia por seus dedos. — Parece que acabou de sair daqui. — Na verdade, fui e acabei voltando bem mais cedo. Trouxe coisas do mercado para fazermos almoço — eu disse, tirando cada um dos itens da sacola minúscula do mercado. Gabriele se levantou do sofá, jogando-se sobre a janela do meu apartamento, mirando seu olhar para o alto, onde o sol carimbava de amarelo o tecido azul do céu, ela esfregou os olhos algumas vezes borrando ainda mais sua maquiagem e descolando um dos cílios, antes agarrados em seus olhos. — Hoje é sexta-feira