03/10/201X - WHAT’S UP!

840 Words
Finalmente diário, depois de muito escutar as pessoas me cobrando, resolvi comprar um aparelho celular com sistema operacional Android. E em consequência disso, baixei o aplicativo w******p e transformei meu celular numa máquina econômica de mensagens, pois o aplicativo é barato e a gente ainda pode mandar algumas mensagens de voz. De início fui percebendo que muitos de meus contatos da agenda do meu chip já possuíam o aplicativo. Então foi muito fácil me enturmar com o pessoal. Com o tempo, fui sendo adicionada em vários grupos que meus amigos faziam parte ou criavam, aumentando ainda mais o montante de gente que aparece no meu celular. Até mesmo os colegas da Universidade em que estudo me adicionaram em seus grupos. Aliás, foi num desses grupos que surgiu essa conversa que vocês irão ler logo abaixo. Estava quase pronta para assistir Drácula: a história nunca contada, (adoro filmes de terror, suspense, aventura e comédia romântica) quando meu celular começa a tocar. Quando vi, era uma garota da universidade, conhecida minha, que começou a puxar assunto comigo: - Oi, tudo bem? - Tudo sim. E com você? - Tudo bem também. - Você é amiga do meu namorado, não é? - O Charles? Sou sim. E saio sempre com uma colega sua de curso. Já te vi saindo das mesmas salas que ela pega matérias. - Agora me lembro! Já a vi com ela algumas vezes. Mas me responda uma coisa: se o Charles fala tanto de você, porque eu nunca a vi com ele? - É porque ele sai sempre com você e eu quase não saio com outros casais. Estudo e trabalho muito. Por isso prefiro sair ou sozinha, ou com os amigos. - Deve ser muito r**m ter essa vida corrida, não é? - Que nada. Já estou acostumada. Mas de vez em quando, chuto o balde e saio pra relaxar. - Eu também faço assim desse mesmo jeito: quando fico estressada ou brigo com meu namorado, saio sozinha. - Sei bem como é. - Quando você sai você geralmente vai pra onde? - Eu vou ao cinema. Pois me recomendaram sempre fazer algo diferente da rotina, pra relaxar a mente. - Hum... E você pretende ir ao cinema por esses dias? - Na verdade, eu já estou em frente ao Prytania fazendo hora aqui na praça e comendo um taco, até o filme começar. - Mesmo? Puxa... Estou querendo assistir um filme também. Tive uma briga feia com meu namorado e preciso espairecer. - Se você for rápida, posso esperar você chegar, aqui na entrada do cinema. - Sério? Você faria isso? - Se ficar perdendo tempo respondendo as mensagens, você vai se atrasar. - Chego aí em vinte minutos. - Ok. Até mais tarde. Te espero. Terminando a conversa, fiquei tomando um milk-shake na praça em frente ao Prytania. E não demorou muito e ela chegou. Era realmente pontual. Se chamava Bárbara: vinte e três anos, cabelos loiros tingidos, encaracolados, falsa-magra, olhos pretos, cerca de um e sessenta de altura e bastante ciumenta. Nos cumprimentamos e conversamos um pouco sobre o namorado dela e meu amigo Charles, pois o filme já iria começar. Como meu milk-shake estava ainda na metade, ela pegou um outro canudo e dividimos o mesmo, pra terminar logo. E terminado, rumamos para o cinema, onde ela comprou a entrada dela às pressas. Depois do filme, cada uma foi para a sua casa, voltar às suas vidas normais de sempre. Dias depois, estava na secretaria da escola, preparando umas transferências dos alunos, quando meu celular começa a avisar que chegou mensagem. Era a Bárbara, puxando assunto comigo pelo w******p: - Oi Zara, tudo bem? - Tudo sim Bárbara. E com você? - Tudo ótimo! Adorei ter ido para o cinema com você. Se eu soubesse que ia ser assim tão prazeroso, já teria ido mais vezes. - Você também estava muito inquieta no cinema. Mas gostei. Nem prestei atenção ao filme, pela primeira vez na minha vida. - Jura? Você também não fez feio. Foi até mais carinhosa que o meu namorado. - Pensei que ele fosse mais atrativo, pois sempre me passou a impressão de que era mais macho que os outros. - Que nada. Ele é parado. Mas a minha colega falou tanto de você, que eu quis experimentar de perto. - E aí, o que achou? - Tudo o que ela falou foi verdade. Você é tudo o que ela disse, e muito mais. - Na próxima semana eu vou de novo ao cinema. Quer ir? - Acho que não. Queria ir para algum lugar mais reservado. - Qual? - Onde você quiser me levar. - Ok, Bárbara. Entendi o recado. Semana que vem eu vou te fazer uma surpresinha. Até a próxima. Terminada a conversa, voltei aos meus afazeres, já imaginando as loucuras que ia aprontar com essa menina. Estava até com pena do meu amigo Charles, pois fico imaginando o quanto ele poderia ficar arrasado, se soubesse que a namorada dele era bi, e andava traindo-o com outras meninas.
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