Pensei que no começo desse novo ano eu iria dar uma descansada dessa vida corrida de funcionária pública da Louisiana, esticar um pouco as pernas, fazer nada, viver de ócio, sem badalações, sem chamegos, livre para aproveitar meu sossego, mas não: estou eu em minha casa, no aconchego do meu quartel-general, quando meu celular toca. Era um número que não estava na minha agenda, mas não era inibido (não atendo números inibidos e recomendo que nunca atendam). Assim que atendi, era uma voz bastante conhecida minha.
- Diga aí, sua v***a. Feliz Ano-Novo!
- Meu amor! Como é que você tá? Você tá boa, Michelinha?
- Eu tô ótima Zara! Aliás, melhor do que nunca nesse ano que começa agora!
- Que bom! E porque não ligou pra sua devassa, pra desejar Feliz Ano-Novo?
- Menina, nem te conto: bebi toda
