Capítulo 6

1068 Words
Théo Abro os olhos lentamente e me viro a tempo de ver Alícia sair na surdina por entre a porta. Depois da noite maravilhosa que tivemos. De todo o sexo delicioso naquela saída de emergência e aqui em meu apartamento. Pensei que tivéssemos uma conexão, ou talvez esteja vendo coisas que não há. Tento fechar os olhos e voltar a dormir, mas é impossível. Confesso que o encontro com Abby mexeu muito comigo, mas do que gostaria. Foi uma surpresa receber a sua ligação e em seguida seu convite para tomarmos um café. Fiquei nervoso com a hipótese de estar perto dela. Por mais que eu tente controlar, é impossível não nutrir sentimentos por ela. Abby só queria ter certeza que eu estava bem. No fundo ela sabe dos meus verdadeiros sentimentos por ela e esse é o motivo do meu afastamento. Por outro lado tem Alícia que chegou como um furacão em minha vida e quando estou ao seu lado, não consigo pensar em mais nada que não seja ter minhas mãos cheias dela. Em seu corpo, me embebedando em seus beijos, me afogando em seu prazer. Alícia é uma mulher inteligente, vivida, completamente sensual e linda. Sinto que entrarei em problemas se continuar nos vendo. Tento ignorar o alerta que grita em minha mente. E se eu quiser? Me pergunto internamente. Sempre busquei agir corretamente e não consegui nada além de um coração partido. Eu quero descobrir e sei que Alícia é a mulher perfeita para isso. Enfim, quando já é madrugada consigo adormecer. No dia seguinte,tomo banho e faço minha higiene pessoal e sigo para o café como de costume. Através das grandes janelas de vidro avisto a morena servindo uma mesa com um casal de idosos. Ela sorri docemente anotando os pedidos em seu bloquinho e em seguida se vira em direção ao balcão. Aproveito o momento e entro, fazendo o sino da porta tocar, atraindo a atenção dos outros clientes inclusive a dela. Ele morde o lábio Inferior e solto um sorriso de canto me sentando em uma ao lado da janela. Ela cochicha algo para outra garçonete que não tira os olhos de mim e começa andar em minha direção. Abro um botão do meu terno preto observando ela parar a minha frente, seus olhos castanhos brilhando, diversão. — Bom dia, senhor! — Sussurra alegremente. — Aqui está o cardápio. Estende para mim. — Posso ajudá-lo em algo mais? Arqueio uma sobrancelha observando-a de cima a baixo, percebendo como o seu uniforme favorece muito bem o seu corpo cheio de curvas. Lambo os lábios. — Sim… — Pigarreio colocando o cardápio sobre a mesa, me inclinando em sua direção. — Traga-me um expresso e dois pedaços de torta de noz pecã — Sorrio mordendo o lábio inferior. — Estou faminto! Ela assente e em seus olhos vejo o brilho da luxúria fazendo sua entrada triunfal. Com um último olhar em minha direção ela se vira e sai, retornando minutos depois com o pedido. — Bom apetite! — Diz com uma piscadela indo atender a outra mesa. Beberico o meu café observando ela andar de um lado para o outro, atendendo clientes, anotando pedidos com um sorriso radiante nos lábios. Sinto algo estranho no peito e quando nossos olhares se encontram em um momento e outro, tudo se intensifica. Alícia é a primeira a quebrar o contato visual e parece constrangida assim como eu. A algo acontecendo entre nós, algo além do sexo casual, e isso me causa temor. Não quero apostar minhas fichas e me frustrar. Já tive uma experiência r**m com Abigail, não quero ter uma segunda com Alícia. Meu celular começa a vibrar no bolso e vejo que é uma ligação de James, com certeza para lembrar-me da reunião com nossos sócios. Estou mantendo-me afastando até ter resolvido completamente a minha paixão platônica por minha cunhada. Amo meu irmão e apesar de tudo não quero causar nenhum aborrecimento para ele. James é louco por Abigail e ciumento e possessivo como ele é, arranjaria problemas com ele e não é isso que eu quero. Talvez passar um tempo com Alícia possa resolver de uma vez por todas o meu problema. Temos química, gosto da sua companhia e fico sempre ansioso para encontrá-la, tê-la nos meus braços. Pago a conta e antes de sair caminho em passos firmes em sua direção. — Me ligue quando sair, Alícia. Será um prazer buscá-la. — Sussurro em sua orelha e ela engole em seco. Me afasto rapidamente, abotoando o meu terno. Sigo para o meu carro, dirigindo rumo a empresa. Alguns minutos de trajeto, estaciono em minha vaga. Entro na empresa encontrando alguns rostos sorridentes, e outros nem tanto. — Droga! — Avisto James praguejar na copa, tentando servir o seu café. — O que houve com sua secretária? Pergunto pra ele que solta um suspiro profundo. — Pediu demissão. Problemas de saúde com sua mãe, e o pior que não consigo encontrar uma que se encaixe no perfil da empresa. Assunto coçando o queixo. Reflito nos requisitos que James falou e acho que eu possa ter a solução do seu problema. Alícia! Ela é inteligente, ágil, extrovertida e muito focada. — Esse olhar… Diz com uma sobrancelha erguida. — Por favor, me diz que você tem a solução para o meu problema. — Não consigo sequer organizar a minha mesa, que dirá a minha agenda. Balanço a cabeça negando. É nítido o seu desespero. — Não posso dar garantias, mas acho que tenho a pessoa certa para ocupar esse cargo, me dê só um dia, sim? Ele beberica o seu café com um sorriso aliviado. — Certo! Então, vamos para a reunião? Ele se vira seguindo para a sala de reuniões e eu o sigo em seu encalço. — Théo, espero que ela tenha cinquenta anos acima, ou terei um problemão em casa. Hesito um segundo, parando para refletir. E se Alícia também se interessar por James? Então não é só Abby que terá problemas. Me amaldiçoou mentalmente, não sou o dono de Alícia e além disso aqui nas indústrias Scott ela terá uma melhor oportunidade de trabalho. Não posso ser egoísta. Hoje à noite irei conversar com ela sobre a proposta de emprego. Sorrio por me lembrar de um ponto positivo. Terei Alícia algumas salas distantes da minha. Não posso acreditar o quão pervertido isso soa e m*l posso esperar, eu gosto disso.
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