Prólogo
O Nosso Destino
O amor verdadeiro é uma força rara e profunda, que transcende palavras e ultrapassa o tempo. Ele nasce de um encontro improvável, cresce no cuidado, no respeito, e na compreensão mútua. No amor verdadeiro, os corações se reconhecem e se aceitam, mesmo com todas as falhas e cicatrizes. Ele é paciente, duradouro, e encontra beleza na simplicidade. Amar verdadeiramente é como um encontro de almas, um vínculo que permanece mesmo quando os caminhos da vida se distanciam.
Mas, às vezes, o destino coloca à prova até mesmo os amores mais sinceros. A separação pode vir como uma tempestade inesperada, interrompendo uma história que parecia inquebrável. Quando duas pessoas que se amam tomam rumos diferentes, o coração se parte, mas ainda assim carrega consigo o amor que foi vivido. A separação pode ser um ato de respeito pelo que foi compartilhado, um reconhecimento de que o amor também precisa de liberdade para crescer, seja perto ou distante.
E o destino, com sua sabedoria silenciosa, parece sempre saber o que é melhor. Ele permite que pessoas se encontrem, se amem e, às vezes, se afastem para que novas jornadas sejam trilhadas. Alguns amores são eternos no coração, mesmo que o tempo os leve para longe. E, em certos casos, o destino reserva um novo reencontro para aqueles que nunca deixaram de se amar. Porque o amor verdadeiro, ainda que adormecido, nunca se apaga; ele se guarda, esperando o momento certo para brilhar de novo, se assim o destino permitir.
PRÓLOGO
Numa tarde dourada de verão, as folhas das árvores sussurravam suavemente enquanto as cigarras cantavam ao fundo.
Nathan e Sophia estavam sentados lado a lado embaixo do grande carvalho da pracinha, onde sempre se encontravam depois da escola. Era o lugar deles, o cantinho secreto onde ninguém os encontrava, e onde, naquele momento, juravam, sem perceber o peso do mundo adulto, um amor eterno.
Tinham apenas nove anos mas já eram determinados no seu amor inocente.
— Eu vou gostar de ti para sempre, Soph. — Ele disse, com a voz determinada de quem já tinha tomado uma grande decisão na vida.
Suas mãos, pequenas e ainda desajeitadas, seguravam um anel feito de capim, que ele cuidadosamente colocou no dedo dela.
— Mesmo quando nós formos bem velhinhos.
Sophia sorriu, um sorriso que mostrava os dentinhos meio tortos, enquanto seus olhos azuis brilhavam com uma confiança inocente.
— E eu também, Nate. Mesmo que a gente vá morar em planetas diferentes um dia. Porque o amor atravessa tudo, até as estrelas.
Eles sorriram inocentemente e entrelaçaram os dedos pequenos, com a seriedade de quem selava um pacto secreto.
Naquele instante, para eles, não havia nada mais certo do que aquela promessa de um para sempre, que ainda nem conseguiam imaginar.