CAPITULO 02

1714 Words
Anna     Acordei assustada e literalmente pulei da cama, me lembro vagamente de ter desligado o despertador algumas vezes. Droga! peguei o celular apenas para confirmar o que eu já sabia. Eu estava atrasada.     Eu definitivamente tinha que mudar esses hábitos. Me arrumei o mais rápido que pude e fui em direção ao meu trabalho. Por sorte, eu ainda tinha dez minutos, então resolvi passar na cafeteria que costumava frequentar, eu precisava de cafeína para começar bem o meu dia.     - Bom dia, um expresso duplo por favor. – eu disse a atendente com a voz apressada.     - Bom dia, faço para você em um instante. – ela respondeu dando-me um sorriso, sem perder tempo ela começou a preparar meu pedido. Ela já estava acostumada com essa minha correria diária, de chegar atrasada e pegar um café.     Sentei-me em um banquinho a frente para aguardar, quando decidi sondar o lugar. Não tinha muitas pessoas, estava bem vazio.      Quando estava voltando meu olhar para a atendente meus olhos encontraram um par de olhos verdes, um moreno gostoso. O verdadeiro significado de Deus grego. Ele estava sentado em uma mesa no canto, de frente para o balcão.     Não pude me controlar eu tinha que o checar por inteiro. Comecei pelo que mais me chamou atenção, os músculos firmes que marcavam cada centímetro da sua camisa. Fui subindo lentamente meu olhar apreciando aquela vista maravilhosa. Na maior cara de p*u. É, definitivamente essa sou eu.     Quando meus olhos encontraram aquela boca carnuda, ele passou a língua sob os lábios os umedecendo, em seguida, lançou-me um sorriso sedutor. Nossos olhos se encontraram novamente, ele me olhava com tanta intensidade, que fez meu coração palpitar. Aquele ali era problema com certeza. Perdição de qualquer mulher.     Para não perder o costume, lancei lhe um sorriso e me virei para aguardar meu café. Enquanto esperava, comecei a me repreender mentalmente.     Anna Carolina Bitencourt quem foi que disse que iria dar um tempo nas pegações hein? Isso, você mesma mulher.     Se bem que, eu não me importaria se aquele ali se apaixonasse por mim. minha boca se curvou em um sorriso sacana com o pensamento indecente, então balancei a cabeça.     De jeito nenhum. Problema na certa.     Cerca de um minuto depois, acabei acompanhando com o olhar quando uma mulher saiu do banheiro, para minha surpresa ela se sentou à mesa com o denominado anteriormente como Deus grego. Então, ela colocou sua mão sobre a dele. Devo dizer que sua classificação caiu um pouco, para canalha s*******o. Putz, apenas uma saída de sua "namorada" já foi o suficiente para ele flertar comigo?     Me virei novamente para aguardar meu pedido, tudo bem que eu sou cara de p*u as vezes. E olho mesmo, afinal, o que é bonito é pra ser olhado. Mas o filho da mãe flertou comigo descaradamente, eu sinto é pena dessa mulher.     - Senhorita, eu esqueci de perguntar. Você irá tomar o café aqui ou é pra viagem?     - É pra viagem. – respondi. Então a atendente rapidamente embalou o café e me entregou. – Deu R$8,00.     Apenas assenti com a cabeça e lhe entreguei meu cartão.     - Débito por favor.     Eu estava terminando de digitar a senha quando senti uma mão segurando meu braço e a apertando fortemente. Assustada apertei a tecla confirma da maquininha e olhei para o lado pra ver quem teria tal ousadia.     Mas é claro, que merda que eu fui arrumar.     - Eu sabia que você estaria aqui. – Erick disse de forma áspera. O que me assustou um pouco, mas eu não deixaria ele me intimidar.     - Qual é a sua cara, me solta. – eu disse tentando me soltar.     - Qual é a minha? Eu te amo, esse é o meu problema.     - Ai meu Deus Erick, você nem me conhece. Eu não posso fazer isso. Sério. Me solta, eu tenho que trabalhar.     Erick me apertou um pouco mais forte e me puxou para ele.     - A moça pediu para que você a soltasse, você não ouviu? – Uma voz penetrante pairou sobre nós, enquanto mãos fortes nos separavam. Relutante, Erick não largou meu braço. Olhei para cima e avistei o canalha de minutos atrás.     Eu sei que a situação não estava muito boa, mas eu só conseguia pensar em uma coisa, que voz gostosa de ouvir. Senhor! Não era nisso que eu deveria prestar atenção.     - Quem é você? Já vou te avisando que ... – Erick parou de falar assim que seus olhos encontraram os do canalha.     Ele era mais alto que Erick, e mais forte. O cara intimidava qualquer um com esse porte. Enquanto Erick deveria ter por volta de 1.70, o canalha provavelmente tinha 1.83 por aí. Gostoso. Uma pena que é tão sem vergonha.     Não que eu me importasse com isso, afinal, eu mesma muitas vezes tenho mais de um contatinho. Mas a partir do momento que o cara está acompanhado, fere meus princípios. Corto qualquer tipo de flerte imediatamente, falta de respeito né?     - Eu sou alguém que vai te dar uma lição se não sair daqui agora. – ele disse firmemente.     A mulher que o acompanhava continuava na mesa, apenas o observando.     - Acha que apenas me bloquear resolve tudo? Eu não acabei com você. – Erick disse enquanto me soltava e caminhava em direção a saída.     Dei um suspiro de frustração e olhei para o canalha, sua expressão suavizou e ele lançou-me um sorriso.     - Oi, você está bem? – ele perguntou.     - Eu poderia ter cuidado disso..., Mas obrigada. – eu disse enquanto pegava meu cartão e o guardava na bolsa.     - Marrenta, eu gosto disso.  – ele disse com um sorriso no rosto.     O filho de uma boa mãe teve a capacidade de dar uma mordidinha nos lábios enquanto me analisava de perto. O cara era gostoso e indecente. E estava acompanhado. Senhor! Dei-me paciência. Eu preciso.     - Olha, vou ser direta. Não estou interessada em um canalha tão cara de p*u, que flerta com alguém quando está acompanhado. – eu disse enquanto olhava em direção a mulher que continuava a nos observar. – Se me der licença, eu tenho que trabalhar. Mais uma vez, obrigada.     Assim que terminei de falar me virei para sair. Ainda consegui ver a tempo um sorriso cheio de malicia se formar no rosto do sem vergonha. Mas ele não disse nada, então apenas segui meu caminho. Um café de dez minutos acabou se tornando um atraso de quinze minutos. Ótimo.     Felizmente não fui repreendida, para minha sorte, meu chefe tinha se atrasado então cheguei antes dele. Eu precisava mudar esse habito de acordar tarde, deveria chegar mais cedo ao serviço. E evitar aquele café por um tempo, tinha me esquecido que conheci Erick exatamente naquele lugar. Tinha que mudar um pouco minha rotina e esperar as coisas esfriarem.     O dia passou rapidamente, às 18:00 em ponto desliguei meu computador, peguei meu celular e minha bolsa.      - Vamos embora cambada – disse com um sorriso no rosto enquanto passava por meus colegas de trabalho. Que me lançavam um sorriso enquanto eu passava por eles.     - Vamos embora aninha, que tal uma bebida hein? – Allan me perguntou com um sorriso. Apenas balancei minha cabeça em negativa com um sorriso.     - Hoje é segunda, vocês deveriam ir para casa. – eu disse e comecei a caminhar em direção a saída.     Eu era uma das poucas mulheres do meu setor. Escolhi trabalhar com programação, por que eu amava essa área, mas a grande maioria que optava por ela, era homem. Então eu vivia no meio deles.     Às vezes, eu saía com eles para beber, e dançar. Mas era amizade mesmo, eu evitava ficar com colegas de trabalho. Não dava certo, depois de uma experiência r**m, abandonei. Então tenho todos como amigos. Por mais que eu saiba que a maioria ali em algum momento já quis me pegar. Eu apenas dava uma de desentendida. Eram limites que pra mim não valiam a pena ser quebrados. Minha relação com todos eles era excelente. Então ignorar era a melhor opção.     Cheguei em casa e fui direto para o banheiro, eu precisava de um banho. Em seguida desci para comer algo. Ao entrar na cozinha me deparei com Sophia fazendo um lanche.     - Oi amiga. – eu disse enquanto me sentava no banco em frente a bancada.     - Oi Anna. – ela disse com um sorriso no rosto. – Quer um misto também?     - Com certeza. – respondi.     Preparei duas xicaras de cappuccino enquanto Sophia fazia os mistos, alguns minutos depois estávamos sentadas comendo.     - Não chegamos a falar sobre o que fazer com o apartamento. – eu disse com um meio sorriso. – Deveríamos colocá-lo à venda.     Eu gostava muito desse apartamento, Sophia e eu batalhamos muito para paga-lo. Só que ele era muito caro, eu não conseguiria de forma alguma paga-la sua parte, então a única solução que eu via era vende-lo.     - Não estou preocupada com isso amiga, você pode continuar vivendo aqui tranquilamente, e eu não virei sem te avisar. Use e abuse. Depois a gente vê isso. – ela disse com um sorriso amigável.     - Mas...     - Sem mas... – ela me interrompeu. – Não é querendo me gabar, mas você sabe muito bem que não vai me fazer falta. Andrew e eu escolhemos uma casa linda para morar, e ele definitivamente não vai aceitar um centavo meu. Então, fica tranquila. Eu sei que você ama esse lugar.     - Obrigada Sophi, mesmo. – eu disse dando-lhe um sorriso. Ela retribuiu meu sorriso e continuou a comer.     Eu estava feliz por não ter que vender esse lugar, ela estava certa, eu amava cada cantinho desse apartamento.     - Quase me esqueci de te falar. – Sophia disse enquanto tomava um pouco de cappuccino – Falamos com Caio sobre ser seu acompanhante, e por ele tudo bem. Ele também não estava querendo levar ninguém. Então vocês são o par perfeito. – ela disse com um sorriso no rosto.     - Interessante.     - Só não esquece do problema que ele é viu. – ela me advertiu e eu apenas assenti com a cabeça.     Eu m*l podia esperar por sábado. Eu finalmente conheceria esse canalha sem limites do qual Sophia já me falou tantas vezes. Devo admitir que estava curiosa para saber como ele era.
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