A EXUBERANTE RIQUEZA

1743 Words
CAPÍTULO 5 A EXUBERANTE RIQUEZA Narrado por Aurora “No tempo certo a gente entende alguns porquês!” Conheço o Jeff como um homem simples, com gostos nada estravagantes e não liga a luxos, quanto mais simples e prático, melhor para ele. O seu modesto apartamento mostra bem a simplicidade que ele gosta. Já a sua mãe, por o que ele diz e pelo que os meus olhos vêm, é bem diferente dele. A mãe do Jeff mora no bairro Sanderum, é um bairro charmoso localizado na parte sudeste de Odense. É conhecida por suas ruas pitorescas, ladeadas por belas árvores e casas bem cuidadas. A área oferece uma mistura de opções de moradia, incluindo casas unifamiliares, sobrados e apartamentos. Sanderum também abriga vários parques e espaços verdes, tornando-se uma escolha popular para os amantes da natureza. Ele pára o carro no jardim em frente à casa onde a sua mãe mora. Casa não, que modesta, uma autêntica mansão, parece saída de um conto de fadas, é grande e muito bonita por fora. Não imaginava que a mãe dele seria assim tão rica. Ao entrar fico literalmente de boca aberta. —Gostas? — Ele pergunta. — E maravilhosa. — Queres que te mostre a propriedade. — Quero muito. E antes de qualquer coisa Jeff faz uma visita guiada. A mansão é um verdadeiro palácio luxuoso, com todos os detalhes pensados para proporcionar o máximo de conforto e elegância a quem cá vive. Ao entrar, somos recebidos por um imponente hall de entrada com um lustre de cristal deslumbrante que ilumina o ambiente com sua luz suave. A sala de estar é espaçosa e sofisticada, com móveis de design exclusivo e obras de arte que adornam as paredes. Um enorme tapete persa em tons de dourado e marrom cobre o piso de mármore, trazendo uma atmosfera de requinte ao espaço. A sala de jantar é um espetáculo à parte, com uma mesa de jantar em madeira maciça para acomodar confortavelmente 12 pessoas, cercada por cadeiras estofadas em veludo vermelho. Um lustre de cristal pendurado sobre a mesa completa o cenário de luxo. A cozinha é um verdadeiro sonho para qualquer chef, com eletrodomésticos de última geração, bancadas em granito preto e armários feitos sob medida em madeira nobre. Uma ilha central com cooktop e uma grande churrasqueira completam o espaço, ideal para receber convidados em jantares suntuosos. Saímos cá para fora e os jardins da mansão são um verdadeiro oásis de tranquilidade, com uma piscina de borda infinita, cascata, jacuzzi e um gazebo com área de descanso e bar. O paisagismo impecável com palmeiras, rosas e jardins de flores exóticas completa a atmosfera de luxo e sofisticação desta mansão deslumbrante. Voltamos a entrar na mansão e somos acolhidos por uma senhora simpática. — Menino Jeff! — a sua voz se faz ouvir. — Beth, que saudades tuas! Eles dão um abraço caloroso. —Tem saudades porque se esquece do caminho aqui de casa! — Ela ralha. — Aí que exagerada, Beth.— Ele ri — Já pareces a minha mãe. Ela olha para mim e me presenteia com um sorriso bonito. — A menina deve ser a Aurora! Que linda que é. — Sou sim, muito prazer em conhecê-la e muito obrigada pelo elogio. Ela vem então ter comigo e também me dá um abraço. Ela nos encaminha para a “sala de chá “, foi mesmo esse nome que ela disse. Parecia até que estava na casa de uma rainha. Nos coloca à vontade e diz que a senhora desce já. Suponho que a chamada senhora, seja a mãe do Jeff. Que aristocratas. A Beth sai da “sala de chá “nos deixando à vontade. — Sim senhor, nasceste e foste criado como um príncipe. — Falo a brincar para ele. — A minha mãe sempre foi muito rica, sempre morou rodeada de luxo, não conhece outra vida e ela gosta de tudo o que a vida lhe dá de mão beijada. Nunca precisou de se esforçar para nada. O meu pai era mais simples, veio de uma família de posses mas não tinha nada a ver com a minha mãe. Mas ele era simples e eu saí a ele nesse aspeto. — Ele baixa a voz um pouco — Ela queria que eu fosse um renomado CEO, ou qualquer besteira desse género. Eu abro a minha boca para responder, mas a porta é aberta e lá está uma mulher muito bonita, tem a volta de cinquenta anos, mas eu não lhe daria mais de quarenta anos, mas percebo perfeitamente que é a mãe do Jeff, a cor dos olhos são iguais, verdes escuros e têm traços muito parecidos. Ela sorri simpática. — Que bom que já aqui estão, meus queridos! Jeff levanta-se e vai abraçar a mãe e dar-lhe um beijo no rosto e nos apresenta logo de seguida — Muito prazer, Aurora, é muito bonita. — Ela me elogia sorridente. — Muito obrigada a senhora é muito simpática. — Digo apenas envergonhada. O jantar corre bem, a senhora Camille é muito simpática durante todo o jantar e me deixa super à vontade. — Vou ver se a Beth precisa de ajuda lá dentro e vou conversar um bocadinho com ela. A mãe faz um ar de aborrecida. — Só se for mesmo só a Beth, porque ela sim merece, não o resto da criadagem — Sim, está bem, só a Beth. Fiquem um pouco só vocês as duas, mas não assustes a minha namorada. — Ele diz com um sorriso aberto. E nós deixa assim sozinhas. O olhar da mãe dele muda, não é nada igual de quando o Jeff estava presente e fico de imediato desconfortável. O sorriso desaparece e dá lugar a uma carranca desconfiada E com a maior superioridade ela pergunta. — Quais as tuas verdadeiras intenções para com o meu filho? — As minhas intenções? — Pergunto surpresa com a mudança de atitude dela — Desculpe, senhora Camille, mas não sei se estou a entender bem a sua pergunta! Só quero fazer o Jeff feliz e ser feliz Ela ergue uma sobrancelha desagradada. — Feliz?? — Ela diz desdenhosa — Não pode haver felicidade se não existir amor. — Mas eu amo o seu filho, muito mesmo. — Me defendo. —Sim, sei! Amas o dinheiro dele e tudo o que ele te poderá dar com ele. Bem vi lá de cima ele a mostrar tudo e tudo com um sorriso enorme, talvez a pensares que tudo isto um dia também será teu. Eu não E eu não quero uma oportunista na vida do meu menino. — Para começo de conversa, eu nem sabia que o Jeff era assim tão rico. — Ohh, mas sabias que ele tinha dinheiro, certo? Só por si já seria uma coisa boa. — Ela sorri maldosa. Mas a mulher está bêbeda? Talvez seja bipolar, porque não é normal a sua mudança de personalidade. — E outra coisa, — ela continua — não me agrada nada o tipo de família que tu tens! Uma família de devasso. Fico bem admirada com o que ela acaba de falar. — Tipo de família que eu tenho? Como assim? Não entendo o que a senhora está a querer insinuar! — Ora menina, deixa de te fazer de ingénua. É completamente imoral ter uma família como a tua. Dois pais e uma mãe?? Que coisa mais indecente, um autêntico nojo. Eu fico de queixo caído, porque nesta altura do campeonato já se vê montes de casais assim, fora dos parâmetros ditos normais. — A senhora só pode estar de brincadeira! O tipo de relacionamento que os meus pais têm, já não é nada de novo, vê-se muitos casais assim, por isso não entendo qual o seu choque! Já não vivemos no século passado! — O meu choque é que aos olhos de Deus, isso é um dos maiores pecados do universo. Uma porcaria, e eu não quero o meu menino junto com essa gente. Olha para ela cada vez mais incrédula. — O seu menino é um homem feito, e sabe pensar pela sua própria cabeça. — Não, não sabe, ele nunca fez escolhas de jeito, basta olhar para a escolha de ser professor universitário! É horrível, ele tem um enorme património, podia ser tudo o que quiser, mas foi escolher uma profissão sem jeito nenhum. — Ela fala aquilo com nojo. Eu não posso acreditar no que os meus ouvidos ouvem. Ouvimos o Jeff a falar no corredor. Com certeza está quase aqui a entrar na sala. Ela baixa a voz e olha para mim ameaçadoramente. — Espero que esta conversa fique apenas entre nós as duas. Acho que no mínimo não deves aborrecer o Jeff com coisas fúteis. Ele entra na sala seguido da Beth, com um sorriso enorme. — Então, as duas mulheres mais importantes da minha vida já conversaram tudo! O semblante da mãe dele volta a mudar e a ficar como estava de início, cheia de sorrisos e super simpática comigo e com a vida. Eu tento ao máximo disfarçar o quanto eu estou incomodada e louca para fugir desta casa a sete pés, mas me contive. Mas dez minutos depois já não aguentava mais, estava prestes a vomitar o jantar para cima da hipócrita da mãe dele. — Jeff, eu preciso de ir, tenho ainda umas provas para ir corrigir, para entregar amanhã aos meus alunos. — Oh, claro. — Diz já a levantar-se — Mãe, vamos ter que ir então. — Claro, meu amor, vão lá então, mas prometem que voltam brevemente para um chá. Quem sabe no próximo fim de semana, vai estar bom tempo, até podem desfrutar da piscina, se quiserem. Jeff olha para mim como a espera da minha resposta. Ele sorri, feliz por ver que a mãe dele gosta de mim. Eu olho para ela e ela me dá um sorriso de filha da p**a de cínica. — Depois logo vejo, amor, os meus pais disseram qualquer coisa sobre este fim de semana, mas não tomei atenção, deixa-me perguntar melhor. — Olho para ela para a provocar — Talvez eles queiram que vamos lá almoçar. Vejo ela fodida da vida. Paciência, ela não quer guerra! Então vamos ver como esta guerra vai acabar. Mas que mulher mais horrível e desagradavel. Afinal está merda de jantar correu bem m*l e acabei por conhecer uma louca. Era só o que me faltava uma sogra demente.
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