Capítulo 5

1073 Words
Letícia Fontenelle Cheguei em casa na madrugada e entrei o mais silencioso possível para Naná não me ver naquelas condições. A primeira coisa que fiz foi tomar um bom banho e vestir minha camisola. Tomei o remédio para a dor de cabeça que parecia estar me matando e me deitei, mas não consegui dormir quase nada. A maldita lembrança do desgraçado me falando horrores, veio à minha cabeça. Acho que nunca vou esquecer seu olhar de ódio e suas palavras. Nunca mesmo. Agora, eu esqueço esse homem. Precisou acontecer isso para saber que aquele homem é o pior homem da face da Terra. Estava tão bom o nosso primeiro beijo, foi um sonho, mas depois, quando ele descobriu que eu era virgem, gozou que eu nem vi. Só lembro da dor quando ele enfiou aquele p*u enorme dentro de mim e eu gritei, mas quando a dor melhorou estava ficando bom até ele não me deixar gozar, o que as minhas amigas falavam que era uma delícia. Não senti nada porque aquele cretino loiro tirou aquele p*u da galáxia de dentro de mim. Esperasse pelo menos eu gozar, já que ia me xingar de todos os adjetivos ruins possíveis. Só gozei com a boca dele na minha i********e. E o infeliz tem um beijo que nunca senti na vida, beijos gostosos. Ele é todo gostoso, na verdade, pena que foi um grosso comigo. Sei que errei muito em não ter dito nada, mas ele nem me deu tempo de falar uma só palavra, me agarrou forte... E que pegada é aquela? Meu Deus! Ele tem uma pegada magnífica, apesar de que nunca fui pega daquele jeito por ninguém. Droga, eu também não deveria ter cedido aos meus sentimentos e deixado um homem embriagado me beijar, depois me despir e beijar todo meu corpo. Só uns beijinhos e nunca saía disso. Até que eu gostaria que saísse, mas meu coração pertencia a ele. Eu amo aquele homem com todas as forças do meu coração, mas como eu já disse, vou esquecê-lo de qualquer jeito. Eu juro que vou esquecê-lo. Saí do hotel sem que ele visse, não falei nada, só comprei uma passagem e fui embora de lá. Eu não queria olhar para a cara dele cheio de acusação para cima de mim, de jeito nenhum. Se ele me visse, era capaz de achar que estaria esperando algum dinheiro dele. Nunca mais volto naquele lugar, nem amarrada. Acordei sem nem um pouco de vontade de me levantar, mas levantei e fui fazer minha higiene pessoal. Vesti um vestido soltinho e fui para a cozinha. Naná já estava lá e levou um susto ao me ver. — Minha filha, o que você está fazendo em casa? Pensei que você só voltasse à noite! — É eu ia voltar só a noite, mas voltei antes. Terminou o trabalho e não precisava mais de mim por lá. Ela me olhou meio desconfiada, mas não perguntou nada. O outro dia chegou e eu em casa outra vez... — Você não vai para o trabalho hoje? — perguntou Naná outra vez. — Não, nem vou nunca mais, saí do emprego. — Sério, minha filha? — Chega de trabalhar como secretária, cansei! — Só falei isso é mais nada. Os dias passam e as minhas duas e únicas amigas estavam estranhando não aparecer por lá, então vieram na minha casa. Eu nem sabia que elas viriam e quando dei por mim, elas estavam dentro do meu quarto, lugar que só eu vivia. — Que merda está acontecendo com você, dona Letícia? — pergunta Rebeca, a mandona. — Nada — respondo na hora. — Uma ova, que nada. Pode nos contar agora mesmo o que o canalha do seu chefe te fez e não minta, pois, estou sentindo que aconteceu alguma coisa — Rebeca diz, sem deixar a Camila abrir a boca. — Há, você agora é vidente, é, amiga? — pergunto. Rebeca, mesmo casada, ainda continua doida como sempre. Isso que é o bom dela, ficou rica com suas pinturas e seu marido tem tanto dinheiro que ela não precisa trabalhar. Ela é tão rica, ainda mais do que eu, mas continua sendo a mesma pessoa, humilde e iluminada de sempre. — Fala logo! — diz a outra mandona, Camila. — A gente não pode nem ficar em paz. Não aconteceu nada, só não quero mais trabalhar lá com aquele homem. — Estou com tanta raiva que as meninas logo percebem algo estranho. — Me fala logo o que aquele desgraçado fez, para eu ir lá na empresa dele agora e arrancar o p*u dele fora. Ou o coração. Ainda não sei o que vou tirar daquele desgraçado, caso ele tenha feito alguma coisa com você — vocifera Rebeca. Conto a verdade, só omitindo alguns detalhes. Não iria falar que o cretino me disse horrores depois de ter tirado a minha virgindade. Só contei que dormimos juntos e estou com vergonha de olhar para a cara dele agora. Que eu não sou mais virgem e que foi horrível. — Amiga, mas depois é uma delícia. Quando você se acostumar com um p*u entrando em você, tudo muda. Não vai querer mais parar de f***r — comenta a louca da Rebeca. Sorri com a cara da minha amiga louca, pelo menos elas me fazem esquecer a tragédia da minha vida. — Por que vocês não trouxeram as crianças? Elas me alegram e muito! E estou com saudade dos meus dois amores, sabia. — Ah, amiga, queríamos ficar sozinhas com você. A gente bem que deveria combinar pra ir à Lapa só nós três... — Rebeca sugere. Dou risada. — Você quer morrer, Rebeca? Vai sonhando que seu marido vai deixar você ir para a Lapa só com a gente, sem ele do lado. — Ele não manda em mim, vou se eu quiser. Só não estou a fim hoje, deixa pra outro dia... — Rebeca conclui. Agora vê se ela ia para Lapa sem falar com o turco dela? É r**m, hein? Ela sabe como o marido é ciumento e até demais. Pensei que ele ia melhorar o ciúme com o tempo, mas parece que só aumenta. Já era bem tarde quando elas foram embora. Olho para a cara da Naná. — Quem mandou você dizer para elas que eu estava m*l? — Eu estava preocupada com você, minha filha - justifica. — Tá, mas não precisa se preocupar, estou bem!
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