A vida não foi muito fácil para mim. Eu perdi a minha mãe e tive que viver com a minha avó. Na verdade, a minha mãe era uma mulher que sempre lutou para ter as coisas, ela saiu do morro do Alemão muito jovem e pediu a vovó para nos acompanhar, só que nessa época o meu tio se envolvia no tráfico e minha vozinha se negou a deixar ele aqui sozinho.
Na verdade, ela lutou por ele, porém de nada adiantou já que ele acabou morrendo e deixou como herança a Thai, minha prima. Eu imagino a dor da minha vó, já que ela perdeu os seus dois filhos e agora só tem as duas netas, eu sei que ela tenta ser forte, mas é difícil perante a toda essa dor.
Eu não fui criada no morro, mas assim que aconteceu a tragédia que tirou de mim a minha mãe não teve outro jeito... Eu voltei para ficar com a minha avó.
Meus costumes e criação são diferentes e muitas das vezes eu não consigo me adequar com as coisas daqui. Já minha prima que foi criada nesse ambiente se sente a própria patroa de tudo... Penso sorrindo
Virgínia: Sorrindo atoa, minha neta?
Maísa: Não vozinha, é que tudo aqui é novo para mim.
Virgínia: Eu imagino isso. Mas vamos manter o foco no trabalho que o bar tá cheio hoje. Sua prima é uma benção e não me ajuda muito
Maísa: A Thai é doidinha. Ela não liga para nada... Digo sorrindo
Virgínia: Falta de porrada que eu não dei... Diz sorrindo ... _ Meu anjinho, por favor, você pode levar esse almoço na casa da Tata.
Maísa: Eu não sei, eu não conheço muito o morro
Virgínia: Eu sei que você é nova aqui. Mas é que eu estou atarefada. Não se preocupe, todos aqui conhecem ela. Você diz que é minha netinha e vai procurando.
Maísa: É aquele velho ditado, né? Quem tem boca vai a Roma... Digo e nós duas começamos a sorrir.
Virgínia: Sim, verdade. Já vai me ajudar muito meu anjinho... Diz e eu pego a quentinha e saiu dali. No meio do caminho vou perguntando as pessoas onde mora a Tata e acabo encontrando a casa. Eu aperto a campainha e da casa sai um menino que aparenta ter a minha idade, seus cabelos eram lisos e cobria sua testa, ele tinha uma barba e um sorriso lindo, tinha um físico atraente. Eu acabo ali analisando e ele logo diz
...: Oi, perdeu alguma coisa?
Maísa: Desculpa, eu sou nova aqui. Eu não conheço nada, não conheço ninguém. Sou neta da Dona Virgínia e vim trazer a quentinha... Digo tentando me justificar, ele dar um lindo sorriso
...: sim a quentinha. Eu me chamo Cadu, como é seu nome?
Maísa: Eu me chamo Maísa
Cadu: Eu não sabia que a dona Virgínia tinha duas netas...
Maísa: Eu cheguei tem poucos dias... Digo olhando ele
Cadu: Nunca te vir pelo morro.
Maísa: E que eu estava vivendo o luto pela minha mãe... Digo abaixando a cabeça
Cadu: Ei, eu pergunto demais. Vamos esquecer isso... Ele diz tirando a quentinha da minha mão... _ Quanto foi?
Maísa: Eu não sei, a vovó não me disse
Cadu: Então meu pai deve passar lá para acertar.
Maísa: Tudo bem, eu já vou...
Cadu: Calma, você sabe o caminho de volta?
Maísa: Não, eu não sei... Digo sem jeito
Cadu: Eu te levo... Diz sorrindo... _ Um segundo... Diz entrando dentro da casa e depois de um minuto ele volta... _ Vamos, deixa eu te levar... Diz sorrindo e eu concordo. Ele vai caminhando comigo até a entrada do bar da minha avó e diz... _ Está entregue
Maísa: Muito obrigada!... Digo sorrindo e antes de sair ele diz
Cadu: Espera! Você conhece o baile?
Maísa: Nunca fui.
Cadu: Vamos, eu te apresento ele hoje
Maísa: pode ser, eu vou falar com minha prima para me levar e te espero lá... Digo sorrindo
Cadu: Tá bom.... Diz sorrindo e sai dali
> Marisol Luz:
Eu entro no bar e continuo ali trabalhando com a minha avó. As horas passam e a Thai aparece ali
Thai: Vea, eu estou com fome... Diz e minha avó responde
Virgínia: Olha os modos... Diz e ela me olha
Thai: E aí Santinha? Vamos para o baile hoje
Maísa: Um amigo me convidou para ir ao baile, mas eu não conheço nada.
Thai: Eu te levo para o baile... Diz sorrindo... _ Ele começa 22 horas
Virgínia: Cuidado, lá tem muito gavião
Thai: Relaxa vozinha, está comigo é estar com Deus... Diz sorrindo e logo minha avó diz
Virgínia: Vai para casa, só descansa um pouquinho... Diz e eu saiu dali, vou caminhando até nossa casa e entro, eu subo as escadas e me deito na cama, passa alguns minutos eu adormeço.
Desperto com a Thai gritando
Thai: Acorda aí, você que ir mesmo?
Maísa: Eu quero sim... Digo e levanto para ir me arrumar. Vou no banheiro tomo um banho e visto um croped verde é uma calça jeans. Eu arrumo meus cabelos e assim que chego na sala a Thai está com uma roupa super chamativa. Ela olha para mim e diz
Thai: Vai de calça pra um baile?
Maísa: Sim, eu nunca fui em um... Digo sem jeito
Thai: Tudo bem, vamos logo que eu não gosto de deixar o Enzo esperando.
Maísa: Quem é Enzo?
Thai: Alguém que você tem que se manter longe... Ela diz e eu fico sem jeito
Maísa: Tudo bem, eu não estou indo lá para se engraçar com ninguém não... Digo abaixando a cabeça
Thai: Cuidado, Maísa. Eu vou dizer uma vez só. Cuidado que esse morro tem um dono, ele é meu sogro. Ele não brinca em serviço. Ele mata sorrindo. Ele não é brincadeira.
Maísa: Tudo bem, vou me manter longe deles... Digo seria e ela me puxa, nós seguimos para o bailão. Eu me assustei um pouco ao ver o tanto de gente que tinha ali, eu não sou acostumada com isso, mas eu vou ficar aqui no cantinho... Penso me sentando em um lugar mais reservado e fico ali observando o movimento. Passa uns minutos e 3 homens se aproximam. Dois pareciam ser da minha idade é um parecia ser mais velho. Um dos meninos começa a conversar comigo, mas eu não dou muita conversa, ainda mais quando ele diz que se chama Enzo. Eu lembro das conversas de mais cedo com minha prima e tento desviar dele. Fico ali mais uns minutos até que o Cadu aparece.
Cadu: Você veio mesmo?
Maísa: Sim, eu só não tô conseguindo me sentir bem. Eu acho que é a falta de costume... Digo sem jeito
Cadu: Eu imagino isso. Mas eu te apresento o bailão... Ele diz sorrindo e ficamos ali um tempinho.... _ Já está cansada?
Maísa: Sim, eu já estou cansada, porém não acho minha prima
Cadu: Eu te levo em casa.
Maísa: Eu aceito. Estou cansada... Digo sorrindo e ele me acompanha até a minha casa.