Capítulo 5

1328 Words
Evva Aqui, bem nos braços de Dominik, eu posso jurar que o tempo parou por um mísero instante. As suas mãos estão nos meus braços, o nosso rosto está bem perto onde sinto brevemente a sua respiração quente que sai pela boca entreaberta, então, ele pigarreia grosso me trazendo a realidade e assim, ele se afasta. — Me desculpe, Sta. Sudorov..., eu vim porque já passou do horário. — Ele diz se mantendo ereto, puxando a gola da blusa social. — Tudo bem..., é..., eu..., você..., pode, é..., me chamar de Evva! — Respondo completamente nervosa e luto para não parecer uma doida. — Não, eu não posso, pois não é apropriado..., podemos? — Ele pergunta inclinando a mão dando passagem. Aceno em concordância passando por ele e confesso, ando com dificuldade, pois as minhas pernas parecem gelatinas de tão bambas. Sinto um frio enorme na barriga, a garganta seca, mãos frias e tudo triplica ao ouvir os seus passos bem atrás de mim. O vendo parece estar a favor da minha loucura, pois o vento traz o seu perfume todo para mim. Que delícia de perfume! Quando chego no carro, tomo a liberdade de abrir a porta e me acomoda no bando da frente, ou seja, ao lado dele e não o espero dizer algo, pois a fecho de imediato. Mesmo com a janela do carro fechada, posso ver a sua afeição confusa, onde ele passa a mão no rosto, subindo para a cabeça e assim, ele dá a volta entrando no carro. Para a minha surpresa e animação, ele não diz nada, tomando apenas o seu lugar e sem demora, saímos da propriedade. Estou mordendo as minhas bochechas por dentro, o meu braço está apoiado na janela fechada e não vou abrir, pois quero ter acesso ao seu perfume o máximo possível. Dominik tem uma presença marcante e só de estar ao seu lado agora, consigo ter inúmeros pensamentos de todos os sentidos possíveis e no meu querer, apenas um beijo já seria um grande passo. A minha mente começa a imaginar como deve ser sentir a sua boca na minha, como deve ser o encontro das nossas línguas, ficar colada a ele enquanto as suas mãos me tocam por completo e só de fechar os olhos, consigo ver isso e muito mais, bem diante de mim. Se me queimo assim, imagina se realmente acontecesse! — Sta. Sudorov? — Ouço a sua voz firme e quase salto do banco. — Desculpe, mas a chamei três vezes. — Ele fala mais calmo e continua. — Já chegamos! — Oh, ah..., desculpe..., e, obrigada, Dominik! — Digo o seu e seguro firme a minha bolsa. Abro a porta e saio rapidamente, pois o meu rosto está ardendo de uma forma que aposto que é notório. Ando em passos largos em direção a entrada, passo direto indo pelos corredores, me esbarrando em algumas garotas e faço o caminho que dá acesso ao banheiro mais próximo. Fecho a porta e coloco a bolsa na pia e é como pensei, estou completamente vermelha, ofegante e quente, muito quente onde o calor vem de dentro. É incrível como ele mexe comigo por completo. — Pensei ter te visto passar..., do que estava fugindo? — Yully diz risonha, entrando e fecha a porta. — Caramba..., você está vermelha! — Eu sei, mas não é nada..., estou bem! — Respondo passando as mãos no rosto. — Hum, precisa de alguma coisa? — Ela pergunta me olhando estranho. — Não, eu só..., é, eu vim lavar o rosto e amarrar os cabelos. — Respondo já abrindo a bolsa, onde invento uma desculpa. — Está tremendo..., tem certeza de que está bem? — Ela nota quando seguro o zíper — Sim, é só o calor..., nada de mais! — Respondo pegando a minha escova de cabelos. Começo a pentear e com uma presilha, prendo uma parte e lavo o rosto com água fria, passando um pouco pelo pescoço. Sinto um alívio imediato e fico em frente ao espelho por um tempo, mas Yully continua aqui comigo, então, saímos juntas fazendo o caminho da sala. Ao entrar, todas estão em seus lugares e nos acomodamos onde logo em seguida, a Sra. Krostty entra já observando se todas nós estamos aqui. Confesso que não estou com cabeça para nada, principalmente matemática. [...] O dia passou se arrastando bem pior* do que imaginei. Não consegui absolver nada na aula, ouvia tudo de forma distante e tudo me fazia pensar nele, pensar em como fiquei próxima de Dominik e claro, lembrando do seu perfume marcante e claro, aquela voz. Quando a aula acabou, fui para fora as pressas e para a minha decepção, Dominik travou a porta da frente do carro, não permitindo que me sentasse na frente, então, me acomodei no banco de trás completamente frustrada. Fiquei o olhando pelo retrovisor e novamente, o peguei me olhando algumas vezes, porém, em uma delas, vi um pequeno sorriso no canto da boca. Mas bem pequeno mesmo onde me questionei se tinha visto errado. Chegamos em casa mais rápido do que pensei e entrei indo para o meu quarto me banhar para o almoço. Depois de pronta, encontrei a minha mãe na cozinha com a Cintia e o almoço estava pronto, mas, ela me diz que o meu pai não viria almoçar conosco, então, foi somente eu e ela. É muito estranho almoçar sem o Levy com a gente à mesa. Depois do almoço, tentei recuperar o que perdi na aula, lendo a matéria e fiz alguns exercícios pela internet, mas agora, estou fazendo o caminho para a sala de dança. Estou usando um short de tecido, uma blusa justa e os meus cabelos estão amarrados num r**o* de cavalo bem firme. Ao entrar, ligo o som para iniciar o meu aquecimento. A música começa a relaxar o meu corpo, me sinto leve e bem longe, onde fecho os olhos dando os primeiros movimentos de acordo com a batida. Perco a noção do tempo depois da terceira música, onde não ligo pelo suor que escorre nas minhas costas, testa e nuca. Quando a música acaba, estou de joelhos no chão, bem aberta e cabeça inclinada para trás, e ao abrir os olhos e olhar para frente, vejo Dominik no gramado, olhando para mim. A minha respiração está forte, pesada e fora do controle, então, fico de pé e desligo o som na mesma hora. Hoje eu cansei e ao olhar para fora, ele já não está mais lá! — Se você colaborasse, seria ótimo! — Resmungo revirando os olhos. Fecho tudo apagando as luzes e saio dando a volta em casa, então, passo por trás que contém uma escada que dá acesso à entrada de cima, mas antes de chegar, tropeço em algo que me faz desequilibrar e me apoio na parede onde sinto ser arranhada, mas não caio por pouco. — Merda*! — Resmungo pelo susto e dor*, pois o meu pé virou, mas não ao ponto de torcê-lo. — Está tudo bem? — Ouço a voz dele se aproximando e fico apoiada na parede. — Está..., eu só tropecei. — Respondo tentando achar no que me fez quase cair. — A sua mão está sangrando! — Ele fala se aproximando e confesso, ele a segura olhando o ferimento, ficando bem perto de mim. Mas muito perto mesmo! — Droga*! Era só o que faltava..., que merda*! — Resmungo ouvindo um leve riso dele. — Precisa de alguma coisa? — Juro que nunca pensei ouvir isso dele. Se ele soubesse o que essa pergunta desperta em mim, acho que ele não a faria sem pensar, fora que, a sua voz sai rouca, em forma de quase sussurro e isso é demais para mim. — Oi... — Ele chama a minha atenção e olho bem para ele. — Eu perguntei se... — Não o deixo falar. Sem pensar, eu me aproximo mais dele e o beijo o pegando completamente de surpresa.
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