Capítulo 6

1200 Words
Dominik Dusking Sinto os lábios macios e quentes de Evva tocarem os meus, as suas mãos estão no meu rosto enquanto as minhas se firmam nos seus braços e mesmo notando a sua inexperiência, a sua língua invade a minha boca de forma ousada e ardente onde não consigo parar. Puxo-a para mais perto pela cintura e a coloco contra a parede aprofundando o beijo sem conseguir pensar em mais nada. Aqui a iluminação é quase inexistente, as câmeras não capturam bem esse ângulo e quando vejo, estou colado a ela, com as minhas mãos nos seus cabelos tomando o controle de tudo e para fuder* mais ainda, Evva me aperta pela blusa e suspira na minha boca. Que merda* estou fazendo? A verdade é que já faz um tempo que os seus olhares têm me intrigado, a forma de se portar mudou, o jeito dela falar comigo e mesmo sendo apenas uma adolescente, ela já se mostra bem mais mulher que muitas que já vi. Evva tem um corpo escultural, pernas torneadas, cintura fina, s***s* médios que aposto que cabem perfeitamente nas minhas mãos, um perfume viciante e agora, descubro a sua boca quente e deliciosa que não consigo largar facilmente. Ela não disfarça o seu interesse quando estamos a sós e, há um tempo, noto os seus olhares curiosos e tenho que ser sincero, ela dança de uma forma única. Evva sabe ser sexy* e quando a vejo em performance, não consigo evitar de prestigiar a cena e sei que ela quer algo e agora, ela me mostrou. Confesso, desde que percebi a sua forma de se portar, comecei a observá-la mais, porém, não posso de forma alguma me deixar levar. Evva é proibida* para mim ou para qualquer homem na minha situação, ela é nova, filha de um dos homens mais importantes da Rússia que, além de ser o meu chefe, é braço direito do Don e é capaz de tudo. Principalmente por algo em relação a sua única filha mulher e eu, sou apenas o filho de um dos seus funcionários. Sei de tudo o que ele é capaz de fazer! O meu pai trabalhou por muito tempo para as famílias da organização e a sua última, foi para a família Sudorov. Hoje, ele já se aposentou do seu trabalho por questões de saúde e tem ficado em casa para descansar depois de tantos anos de trabalho duro*. Sou filho único, a minha mãe morreu no meu parto, pois engravidou bem tarde e o meu pai, já está em idade avançada e sei que não irá viver muito. Só tenho uma foto antiga da minha mãe, mas o meu pai sempre falou o quanto ela estava feliz com a gravidez, que era o sonho dela, mas, houve complicações no parto. Desde então, fomos somente eu e ele e assim, fui ensinado sobre o mundo em que vivemos, sobre as tradições, obrigações e principalmente, fui ensinado sobre saber qual o meu lugar. Mas agora, estou ferrando* com tudo por causa de uma garota. Isso é suicídio*! Que p***a* estou fazendo aqui? — Isso..., isso não deveria ter acontecido! — Ao imaginar a merda* que isso pode dar, me afasto na mesma hora. Evva está ofegante e não muito diferente de mim. — Dominik..., desculpa, mas eu queria..., e há um tempo. — Ela diz tentando se aproximar, mas a impeço. Podem achar o que quiser, mas não pretendo ter a minha cabeça arrancada tão cedo. — Olha só, isso não aconteceu, então, por favor..., é melhor você entrar! — Sugiro olhando para os lados, pedindo a tudo o que possa me ouvir para que ninguém apareça. Nessa hora, os homens estão mais concentrados na parte de fora da casa, do outro lado dos muros, mas nunca se sabe quando algo pode sair do controle, tipo isso, e nunca pensei que faria o que fez. — Foi tão r**m* assim? — Ela pergunta ficando envergonhada e aparentemente preocupada. — O quê? A sua preocupação é essa? — Pergunto não acreditando nisso. — Mais é claro..., eu preciso saber. — p**a* merda*! — Evva, quer dizer, Sta. Sudorov... — Tento mudar a situação, mas ela não colabora. — Evva soa bem melhor quando você diz... — Respiro fundo ao ouvir a sua voz manhosa, e para piorar*, ela se aproxima novamente. — Só responde..., foi r**m*? — Evva está muito perto e mesmo não querendo, dou um passo para trás. — Não, não foi, mas isso não vai mais acontecer! — Afirmo sem esperar uma resposta dela. Ao não ver ninguém e nem som algum, saio em passos firmes e largos com a cabeça a mil, pedindo internamente que nunca descubram o que aconteceu, pois, apenas isso daria uma merda* das grandes. Evva é o tipo de mulher na máfia que com certeza será dada em aliança a alguém do alto escalão e se houver o mínimo boato de algo, poderei ser morto*, ela difamada e ainda corre o risco de cair algo sobre o meu pai. Porra*, isso nunca poderia ter acontecido e o pior*, eu me deixei levar! Dou a volta indo para a pequena casa dos fundos e entro, pois já finalizei o meu turno de hoje. As vezes, eu durmo por aqui para cobrir alguém e foi no caso de hoje, então, não vou para a minha casa. Tranco a porta e começo a retirar a minha roupa para um banho frio, enquanto fico revivendo a maior loucura que já me aconteceu e tudo por causa de uma adolescente. Falo adolescente por causa da sua idade. Ligo o chuveiro em água fria e começo a me lavar, mas não consigo acabar com esse calor facilmente. Estou e******o*. Não tenho outra opção a não ser ficar debaixo da água para acalmar os ânimos, e assim, saio um tempo depois para me vestir e procurar comer alguma coisa. Coloco uma calça de algodão e um moletom, separo a minha roupa para lavar e decido fazer uma ligação para o meu pai, mas, pela hora eu sei que ele deve estar dormindo e por isso, ele não atende. Não fico tão preocupado, pois tem uma vizinha que sempre fica com ele e quando algo acontece, ela me liga para me informar. Quando ia tentar novamente, ouço batidas na porta onde presumo ser a Cintia, pois, quando durmo aqui, ela sempre traz o meu jantar. — Oi! Trouxe a sua comida..., tem sopa, torradas e frutas! — Como pensei, é ela e recebo a bandeja com os potes bem separados. — Obrigado! O cheiro está ótimo. — Consigo sentir e a vejo inclinar um pouco a cabeça. — Boa noite! — Ela se despede e fecho a porta. Caminho até a cozinha e coloco tudo na mesa. Busco um prato e começo a separar tudo para poder comer, porém, vejo um papel dobrado e bem grudado com uma fita, bem abaixo do pote da sopa e o retiro para ver o que pode ser. É um bilhete! Só para constar, eu adorei o meu primeiro beijo e espero ter mais! Não acredito no que estou lendo agora e o raleio várias vezes para ter certeza disso. Puta* que pariu*!
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