Capitulo 1

1487 Words
Carioca Mesmo sendo loucura, não iria deixar aquela morrer, não sei que p***a me deu, não sou um homem que tem penas de pessoas e ainda mais quando se trata de policiais. Eles nunca teriam pena de mim e não perderiam tempo se estivem diante do meu corpo caído no chão, mas, aqueles olhos assustados, o instinto de onça para se defender me fez querer ajudar e foi o que fiz. — Qual é a sua? Quando ela acordar, o que vamos fazer? Me diga? — Duda questionou irônico. — Não sei, mas, eu não iria deixar ela morrer ali daquele jeito, não percebeu a p***a da armadilha? Colocaram ela na toca do leão, p***a! — Falo e ele me olha. — Se fizeram uma armadilha ou não, isso não é nosso problema, Carioca. Essa garota não é nosso problema e estamos complicados. O que vai ser quando o povo do conselho souber que você está ajudando uma policial? Já pensou na p***a das consequência das suas atitudes? — Questiona. — Duda, se está tão preocupado, não se meta, faça de conta que não viu nenhuma p***a, que não viu nada, entendeu? Isso é problema meu, só meu! — Rosno. — Quando você se meter em uma fria, o problema será seu também, entendeu? — Ele diz. — Sim, fica na sua que sou maior de idade e sei muito bem o que estou fazendo da minha vida, não se preocupa com isso. — Rosno e ele sai me deixando sozinho. Olho na minha frente a mulher desacordada. Seu rosto angelical, ela tem cara de anjo, não tem como não cuidar de um anjo. Parecia está dormindo e eu não perdi tempo, toquei seu rosto com cuidado, queria ver a cor dos seus olhos, mas estava muito preocupado e não entendia os motivos. — Carioca, posso examinar a garota? — Questiona. — Sim, faça isso doutor. Examine-a e me diga tudo o que aconteceu e quais são as possibilidades. — Falo sem jeito e ele me olha. — Pelo visto teremos que tirar a roupa dela e como estamos só nós dois, eu sou um homem velho e preciso da sua ajuda para isso. — Diz. — Sim, eu tiro a roupa dela. — Pelo visto, a garota perdeu muito sangue. Você sabe o tipo sanguíneo dela? Vou ligar para a enfermeira vir. — Fala se afastando e vejo na camisa dela escrito, inspetora Lívia Oliveira, A+. — Doutor, o nome dela é Livia, parece que seu sangue é A+, eu posso doar para ela. Tem o mesmo tipo sanguíneo meu. Pode tirar sangue de mim. — Falo e ele sorrir. — Você está limpo? Usou algum tipo de droga, ou teve alguma relação s****l perigosa? — pergunta. — Não transo sem a capa, não usei droga, estou limpo. Use o meu sangue para salvar ela. — Falo sem jeito. — Sim, a enfermeira está vindo e vai me ajudar com os procedimentos. Se prepare. Pois, vamos levar ela para a sala de cirurgia. — Fala e eu concordo. ... Estava me sentindo muito fraco após doar o meu sangue para salvar a vida dela. Nunca havia feito um ato tão bondoso como esse. Essa era a primeira vez que me preocupava com alguém e essa pessoa não era a minha irmãzinha Luiza. A enfermeira me deu um café para que eu ficasse mais forte, ela disse que era normal se sentir assim após a doação. Espero que não haja nenhuma invasão no meu morro, pois, parece que fui nocauteado de alguma forma. Passaram algumas horas e eu não tinha nenhuma informação sobre a Livia, mesmo me sentindo fraco tentei me levantar, mas fui interrompido pela enfermeira. — Eu preciso ver ela. — Peço. — Calma, sua namorada está bem! — Fala sorrindo e eu fico sem jeito. — Ela não é minha namorada. — Falo sem jeito. — Não, eu pensei que fosse! Muito bonito o seu ato, se você não doasse o sangue, ela iria morrer, pois, perdeu muito sangue. Você salvou a vida dela, essa garota nasceu de novo graças a você. — Diz sorrindo. — Onde está o doutor Murilo? — Questiono. — Estou aqui! — Fala e junto com ele vinha um maqueiro arrastando a cama dela. A mulher linda estava pálida. — Como ela está? — Questiono. — Está bem, o tiro foi superficial, ela perdeu muito sangue, mas, logo vai acordar. — Explica. — Vou passar antibióticos para ela, precisa ter cuidado para não infeccionar os pontos. E precisa de muito cuidado. — Explica. — Sim, não se preocupa, vou cuidar dela. Vou me esforçar para que ela se recupere muito rápido. — Aviso. — Mas, como faremos? Esse hospital é clandestino e ele é montado em casos de urgência. Montei ele para atender ela e agora que conseguimos, você precisa colocar ela em algum lugar que não seja aqui. Vai levar para sua casa? — Questiona. — Não sei, vamos analisar o melhor a se fazer! — Falo sem jeito. — Aqui está o valor que gastamos com a montagem do centro cirúrgico e meus serviços. — Me mostra o valor. — Passe na boca e peça ao Duda que pague esse valor. Vou levar ela comigo para a minha casa. — Falo e ele concorda. — Faça isso! — O médico diz e em seguida sai me deixando sozinho com ela. ... Assim que chego em casa e acomodo ela em um dos quartos, a Lalai fica de lado sem entender o que estava acontecendo. Luiza se aproxima e diz. — Nossa! Como essa moça é bonita! Ela está dodói? — Pergunta. — Sim, ela está dodói e vai precisar da nossa ajuda, Lulu! Você promete a irmão que vai me ajudar a cuidar dela? — Questiono a minha irmã. — Sim, quero ajudar irmão! Ela é a sua namorada? Se for, vocês dois podem ser meus papais. — Fala sorrindo. — O que é isso, Lulu! Eu já sou sua mamãezinha querida. — Lalai fala e minha irmã fica sem graça. — Irmão, posso ficar aqui esperando a bela adormecida acorda. Talvez, ela precise de um beijo do príncipe encantado. Vamos tentar irmão. Dar um beijo nela. — Diz me deixando sem graça. — Lulu, ela não é minha namorada. Só uma hospede, trate-a bem e mostre como somos bons com nossos hospedes. — Está bom, não se preocupa. — Ela diz. — Carioca, nós podemos ir lá embaixo? — Lalai pergunta. — Vamos, sim! Cuida dela para mim, Lulu! — Falo sorrindo para minha irmã e saiu daquele lugar acompanhado pela Lalai. — Quem é essa garota? — Questiona assim que chegamos na sala. — As pessoas estão falando que ela é policial. Ficou maluco, está traindo a facção? De onde veio essa vagabunda? — Rosna e eu a pego pelo pescoço. — Não se meta nos meus assuntos! Seu papel aqui é cuidar da Luiza. A Lívia é problema meu, entendeu? — Rosno. — Entendi, me desculpa, eu perguntei, pois, fico preocupada contigo. Tanto eu, quanto a Lulu, só temos você. — Fala sem jeito. — A Lulu só tem a mim e eu a ela. Você não faz parte dessa p***a, está aqui trabalhando, não confunda as coisas. — Falo sério e a jogo no sofá. — Vou comprar os remédios da Livia, não encoste nela. Saiu de casa, vou direto para a boca e ordeno a um vapor para que vá até a farmácia e compre os remédios que ela precisa tomar. Me sento na minha cadeira e passando alguns minutos o Duda aparece e me olha sério. — Você ficou louco! — Exclama. — Por quê? — Questiono. — Como teve coragem de gastar 100 mil reais para salvar uma policial? — Questiona. — O que você queria que eu fizesse? Queria que eu a deixasse morrer como uma ratinha que corre sem ter saída? — Questiona. — Sim, você não tem como resolver tudo. Ela que se resolva com os problemas, vir quando ela iria atirar em você, p***a! — Duda rosna. — Lógico que ela iria atirar, estava sozinha e com medo de tudo, como você queria que ela reagisse a isso? Não tinha como ser diferente! — Falo sério. — Ela vai lhe trazer problemas, olhe o que eu estou lhe dizendo. — Duda fala. — Se trouxer, vou lhe dar com as consequências da minha atitude. Não se meta na minha vida, p***a! — Falo. — Você é teimoso para c*****o, vai se arrepender, olha o que estou dizendo. Se você cair, vou cair também, não entende? Deixa de ser egoísta! — Explica. — Não fique do meu lado, não me der lição de moral. Sou adulto e me deu vontade de ajudar ela e vou fazer isso. Entendeu? — Pergunto! — Entendido, sim! Você vai ajudar ela. Vou ficar calado. Vamos esperar as consequências. — Fala bravo.
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