Capítulo 6
MARCELO NARRANDO
A porrä da confusão ainda tava comendo solta quando escutei os tiros e eu vi aquela sombra gigante se aproximar. Nessa hora eu já sabia que ia escutar sermão pra cäralho! E pela cara da Helena eu soube que tinha dado rüim. O meu velho chegou com a cara fechada, e antes que eu pudesse pensar em agir ou falar qualquer coisa, senti a mão pesada do meu pai, vulgo Malvadão agarrando meu pescoço como se eu fosse um moleque qualquer.
Tomar no cuu!
Malvadão – Qual foi, porrä? Tu acha que pode fazer merdä aqui no meu morro e ficar de boa? – Ele fala, me sacudindo como se eu fosse um saco de batata. A força do velho era surreal, nem parecia que ele tava mais pra lá dos 50.
Eu tentei reagir, mas ele me apertou mais forte, me forçando a olhar nos olhos dele.
Marcelo
