CAPÍTULO UM-2

2060 Words
Reece segue o exemplo dela, inclinando-se para a frente e colocando sua bota contra a parede para que, juntos, eles possam usar a parede para ganhar impulso, e a corda balança cada vez mais descontroladamente. Eles empurram várias vezes até que, com um pontapé final, eles balançam todo o caminho de volta, como um pêndulo. Em seguida, gritando, eles se preparam para o impacto contra a e enorme janela com vitrais coloridos. O vidro se estilhaça, caindo em torno deles, e os quatro se soltam, caindo na plataforma de pedra na base da janela. Empoleirados vinte e cinco metros acima da sala, com o ar frio soprando atrás dele, Reece olha para baixo e de um lado, ele vê o interior do salão onde centenas de soldados olham para eles perguntando-se como fazer para alcançá-los e, do outro, o lado de fora do forte. Está chovendo lá fora, um vento forte castiga o forte, e a queda de quase quinze metros é suficiente para quebrar uma perna. Mas Reece, pelo menos, vê vários arbustos altos abaixo, e também nota que o chão está molhado e coberto por uma lama macia. Seria uma longa e dura queda, mas talvez tudo aquilo amortecesse um pouco o impacto. De repente, Reece grita ao sentir um metal perfurando sua carne. Ele olha para baixo e, agarrando seu braço, percebe que uma flecha o tinha atingido, arrancando um pouco de sangue. É um ferimento pequeno, mas dolorido. Reece olha para baixo e vê que dezenas dos homens de Tirus estão apontando arcos e disparando, e flechas agora passam voando por eles vindas de todas as direções. Reece sabe que não há mais tempo a perder. Ele vê Stara em de um lado dele, Matus e Srog por outro, todos com os olhos arregalados de medo pela queda diante deles. Ele agarra a mão de Stara, sabendo que seria agora ou nunca. Sem dizer uma palavra, todos sabendo o que precisa ser feito, eles pulam juntos, gritando enquanto atravessam o ar sob a chuva e vento ofuscantes, debatendo-se enquanto caem. Reece não consegue deixar de se perguntar se eles teriam escapado de uma morte certa apenas para enfrentar outra. CAPÍTULO DOIS Godfrey levanta seu arco com mãos trêmulas, inclina-se sobre a borda do parapeito, e mira. Ele tinha a intenção de escolher um alvo e disparar imediatamente, mas quando vê a paisagem abaixo, ele se ajoelha ali, completamente chocado. Abaixo dele milhares de soldados McCloud avançam, um exército bem treinado inundando a paisagem, todos indo direto para os portões da Corte do Rei. Dezenas deles correm para a frente com um aríete, batendo-o na grade de ferro várias vezes, sacudindo as paredes e o chão sob os pés de Godfrey. Godfrey perde o equilíbrio e dispara, e a flecha navega inofensivamente através do ar. Ele pega outra flecha e se prepara para atirar com o coração batendo forte, sabendo com certeza que ele morreria ali hoje. Ele se inclina sobre a borda, mas antes que possa disparar, uma pedra arremessada por um estilingue voa e bate em seu capacete de ferro. Há um ruído alto, e Godfrey cai para trás, disparando sua flecha para cima no ar. Ele tira o capacete e coça a cabeça dolorida. Ele nunca havia imaginado que uma pedrinha pudesse machucar tanto; o ferro parece reverberar dentro de seu próprio crânio. Godfrey se pergunta aonde ele tinha se metido. É verdade que ele tinha sido um heróis, e havia ajudado ao alertar toda a cidade sobre a chegada dos McCloud, ganhando-lhes um precioso tempo. Talvez ele tivesse até mesmo salvado algumas vidas com seu gesto, e certamente havia salvado sua irmã. No entanto, ali estava ele agora, junto com algumas dezenas de soldados que tinham sido deixados ali, nenhum deles um Prata, nenhum deles cavaleiros, defendendo aquela cidade evacuada contra todo um exército McCloud. Aquela vida de soldado certamente não era para ele. Há um tremendo estrondo, e Godfrey tropeça novamente quando a ponte levadiça é esmagada. Pelos portões abertos da cidade milhares de homens avançam animados, claramente em busca de sangue. Sentado no parapeito, Godfrey sabe que é apenas uma questão de tempo até eles cheguem ali, até o momento em que ele teria que lutar até a morte. É isso o que significava ser um soldado? É isso que significava ser corajoso e destemido? Morrer, para que outros pudessem viver? Agora que ele está prestes a encarar a face da morte, ele não está tão certo de que aquele tinha sido uma boa ideia. Ser um soldado, ser um herói, é realmente ótimo; mas fica vivo é ainda melhor. Na mesma hora em que Godfrey pensa em desistir, em correr para tentar se esconder em algum lugar, de repente, vários McCloud invadem os parapeitos, correndo em fila única.Godfrey observa enquanto um de seus companheiros soldados é esfaqueado e cai de joelhos, gemendo de dor. E então, mais uma vez, algo acontece. Apesar de todo o seu pensamento racional, de toda seu senso comum contrário a ser um soldado, algo que ele n******e controlar estala dentro de Godfrey. Algo dentro dele n******e suportar a ideia de deixar que outras pessoas sofram. Por si mesmo, ele não consegue reunir a coragem; mas quando vê seu companheiro em apuros, algo toma conta dele - uma certa imprudência, algo que poderia até ser chamado de bravura. Godfrey reage sem pensar. Ele se vê agarrando uma longa lança e correndo para a linha de McCloud que se apressa pelas escadas, correndo em fila única ao longo dos parapeitos. Ele solta um grande grito e, segurando firme a lança, bate no primeiro homem. A enorme lâmina de metal entra no peito do homem, e Godfrey corre, usando seu peso, até a sua barriga de cerveja, para empurrá-los de volta para trás. Para sua própria surpresa, Godfrey consegue dirigir a fileira de homens de volta para baixo da escada de pedra em espiral, de volta para longe dos parapeitos, sozinho, adiando a invasão da cidade pelos soldados McCloud. Quando ele termina, Godfrey deixa a lança cair no chão, espantado com ele mesmo, sem saber direito o que tinha acontecido. Seus companheiros soldados também parecem espantados, como se não acreditassem que ele fosse capaz daquilo. Enquanto Godfrey se pergunta o que fazer a seguir, a decisão é tomada por ele quando ele detecta um movimento pelo canto dos olhos. Ele se vira e vê mais uma dúzia de McCloud prestes a atacar, subindo pelo outro lado dos parapeitos. Antes que Godfrey possa armar uma defesa, o primeiro soldado chega até ele, empunhando um enorme martelo de batalha, mirando em sua cabeça. Godfrey percebe que o golpe esmagaria seu crânio. Godfrey desvia para longe do perigo, saindo do caminho - uma das poucas coisas que ele sabia fazer bem, e o martelo passa por cima de sua cabeça. Godfrey então abaixa o ombro e parte para cima do soldado, empurrando-o para trás. Godfrey o empurra cada vez mais para trás, até que eles passam a lutar ao longo da borda do parapeito, agarrando a garganta um do outro. O homem é forte, mas Godfrey também tem força, um dos poucos dons com que ele tinha sido agraciado em sua vida. Os dois homens se enfrentam, empurrando-se mutuamente até que de repente, ambos caem sobre a borda. Os homens despencam no ar, segurando-se um no outro enquanto caem uns bons dez metros até o chão duro. Godfrey gira no ar, na esperança de pousar no topo daquele soldado, em vez do contrário. Ele sabe que o peso do homem, e de toda a sua armadura, certamente o esmagariam. Godfrey vira no último segundo, caindo em cima do homem, e o soldado geme sob o peso de Godfrey - que o esmaga, nocauteando-o. Mas a queda tem seus efeitos sobre Godfrey, que fica sem fôlego; ele havia batido com a cabeça, e ao rolar para fora do homem, sentindo cada osso de seu corpo dolorido, Godfrey fica parado por um segundo antes que seu mundo comece a girar e ele, deitado ao lado de seu inimigo, desmaia ao seu lado. A última coisa que ele vê ao olhar para cima, é um exército de soldados McCloud invadindo a Corte do rei e tomando-a sob seu domínio. * Elden está nos campos de treinamento da Legião com as mãos nos quadris acompanhado de Conven e O'Connor, supervisionando os novos recrutas que Thorgrin havia deixado sob seus cuidados. Elden observa tudo com um olhar de especialista enquanto os garotos galopam de um lado ao outro do campo, tentando saltar sobre valas e lançar lanças nos alvos suspensos. Alguns meninos não conseguem saltar, caindo com seus cavalos; outros saltam com sucesso, mas erram os alvos. Elden balança a cabeça, tentando lembrar como ele era quando havia começado seu treinamento na Legião, e tentando tirar encorajamento no fato de que nos últimos dias aqueles garotos já haviam demonstrado sinais de melhora. No entanto, aqueles meninos ainda estão longe dos guerreiros endurecidos ele precisa que eles sejam antes que ele possa aceitá-los como recrutas. Ele tem grandes expectativas, especialmente porque ele tem a grande responsabilidade de deixar Thorgrin e todos os outros orgulhosos; Conven e O'Connor, também, não aceitariam nada menos que a excelência. "Senhor, trago notícias." Elden vê um dos recrutas, Merek, o ex-ladrão, correndo até ele com os olhos arregalados. Interrompida de seus pensamentos, Elden estava agitado. "Rapaz, eu já lhe disse para nunca mais me interrom..." "Mas senhor, você não entende! Você deve..." "Não, VOCÊ não entende," Elden rebate. "Quando os recrutas estão treinando, você não..." "OLHE!" Merek grita, agarrando-o e apontando. Elden, em um acesso de raiva, está prestes a pegar Merek e jogá-lo no chão, quando olha para o horizonte e fica paralisado. Ele não consegue entender a visão diante dele. Ali, no horizonte, há nuvens de fumaça n***a cobrindo o céu, vindo da direção da Corte do Rei. Elden pisca, sem conseguir compreender. A Corte do Rei poderia estar pegando fogo? Como? Gritos surgem no horizonte, os gritos de um exército, juntamente com o som de uma ponte levadiça sendo destruída. O coração de Elden se aperta; os portões da Corte do Rei tinham sido invadidos. Ele sabe que aquilo só poderia significar uma coisa: um exército profissional tinha feito aquilo. Hoje, de todos os dias, no dia de peregrinação, a Corte do Rei estava sendo invadida. Conven e O'Connor partem para a ação, gritando para os recrutas pararem o que estavam fazendo, e se reunirem. Os recrutas se apressam, e Elden se aproxima de Conven e O'Connor enquanto todos se acalmam e ficam em posição de sentido, à espera de ordens. "Homens," Elden anuncia. "A Corte do Rei foi atacada!" Há um murmúrio surpreso e agitado no meio da multidão de meninos. "Vocês ainda não estão na Legião, e certamente não são guerreiros da Prata ou guerreiros endurecidos necessários para enfrentar um exército profissional. Aqueles homens que agora invadem a Corte do Rei estão preparados para m***r, e se vocês os enfrentarem é bem possível que percam as suas vidas. Conven, O'Connor, e eu temos o dever de proteger a nossa cidade, e temos de ir agora para a guerra. Eu não espero que nenhum de vocês se junte a nós; na verdade, eu até os desencorajaria. No entanto, se algum de vocês assim o quiser, dê um passo à frente agora, sabendo que você pode muito bem morrer no campo de batalha hoje." Há alguns momentos de silêncio e, então, de repente, todos os meninos em pé diante deles se adianta, todos corajosos e nobres. O coração de Elden se enche de orgulho com a cena. "Vocês todos se tornaram homens hoje." Elden monta em seu cavalo e os outros o seguem, deixando escapar um grande grito ao avançarem como um só, como homens de verdade, prontos para arriscar suas vidas pelo seu povo. * Elden, Conven, e O'Connor lideram o caminho, com cem recrutas atrás deles, todos galopando com armas em punho, enquanto correm em direção a Corte do Rei. Ao se aproximarem, Elden olha para fora e fica chocado ao ver vários milhares de soldados McCloud invadindo seus portões, um exército bem coordenado com a clara claramente vantagem de atacar no Dia Peregrinação para emboscar a Corte do Rei. Eles estão em bem menor número, na proporção de dez inimigos para cada um deles.
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