Cap 2

1180 Words
Bruno A Lívia quer ir pra Serra da Mantiqueira, disse que lá tinha umas fazendas diferentes, uma histórias lá de coisa de café e também umas fazendas de queijo, agua, café, já tô até preocupado com essa comelança toda dela, acho que vou precisar mandar vir um carro só para buscar todas essas coisas que ela já colocou na cabeça que vai comer e levar, aliás, tô pensando até em comprar uma dessas pra não ter que ficar carregando mala com esses paranauês todos e ainda fazer a minha n**a feliz Eu percebi que a Lívia tem esses negócio de ficar ajudando zé povinho e por conta disso, fica aí dando a desculpa de que tem que comprar bastante coisa mermo porque vai ajudar as pessoas do lugar. Eu é que sei que a mina só quer ficar comendo coisa diferente A fazenda que ela escolheu só tem uma casa, mas o lugar é grande, com os quartos bem diferentes, aquele tipo antigo que aparece nas novelas sabe, naquelas de época, com aqueles moveis de madeira maciça que eu duvido que a faxineira empurre para limpar. As camas com aquele mosqueiteiro grande em cima da nossa cabeça, na verdade, parece até que as madeiras da cama tão enfeitadas com cortinas de luxo, e ó, cá entre nós, dá a impressão que aquilo range pra p***a na hora do vamos ver, fora que os pontinhos de peira tão tudo aparente. Não sei porque esse povo rico gosta desse tipo de móvel, do que adianta ser bonito se tem que ficar passando pano a cara meia hora? Não tenho pra isso não e jamais ia deixar minha mulher nessa trabalhaiera toda O clima da fazenda era muito top, com fogão a lenha dentro da cozinha que esquentava toda a agua da casa. Do lado de fora ficava um negócio diferente, parecia uma lareira. Fiquei pensando se ali tinha alguma serventia, porque no rio de janeiro ia ser coisa completamente desnecessária, aonde já se viu negócio de esquentar num lugar graciado por Deus com uma porção dobrada, quiçá, triplicada, com os raios do sol. A casa era pintada de branco com janelas e portas azuis. Até os aquelas luzes fortes que ficavam na parte de fora eram azuis. Ali, nada ficava na escuridão, a gente so ia ficar sozinho mesmo, mas nunca na escuridão Aquele clima todo deixava tudo mais aconchegante, romântico, do jeito que eu sei que a Lívia. Ela não é dessas que se apega com as coisas chiques, mas as românticas sim, mesmo sem demonstrar. Eu conheço a minha n**a, mesmo em tão pouco tempo, as vezes eu até paro para pensar como a gente pode se completar tanto Eu deixei ela escolher tudo na lua de mel, mesmo porque, nesse negócio, eu não sabia mermo o que ia agradar ela, pra mim, eu ficava trancado dentro de um quarto, curtindo a minha esposa, e pronto, já tava de bom tamanho. Na nossa primeira noite da casa, fizemos amor em todas as camas, isso é modo de falar né, a coisa foi louca mermão, mas tu sabe, não dá pra contar agora no detalhe. Enfim, foi só para descobrir qual era o quarto mais top pro casal, e depois na bancada do fogão a lenha. Tenho certeza que a gente taba mais quente que o fogo que saia dali. Na segunda noite sozinhos, a calmaria resolveu dá o ar da graça, eu quis curtir sim a minha n**a, mas de um jeito diferente, conversando, bebendo um bom vinho fraco né, porque a Lívia não gosta de bebida, docinho, acompanhado de uns queijos diferentes lá O clima ta bom, graças a Deus, diferente do Rio, por isso, acendi o aquele negócio que parecia uma lareira portátil e forrei umas colchas no chão, do lado de fora da casa, debaixo do céu cheio de estrelas. Vou contar uma coisa para vocês, que visão é a livia naquela luz azul nua encima de mim. Sério mano, eu tava tentando deixar aquilo tudo, a melhor esperiência para ela, eu queria mermo mostrar que existe homem diferente daquele cuzão do Victório, que Deus o tenha, porque aquele ali foi um erro de percurso, certeza Na nossa terceira e ultima noite sozinhos, eu levei Livia para andar a cavalo, se existe algo mais romântico que isso eu desconheço. Foi durante a noite, só a lua iluminava o nosso caminho. Tava tudo silencioso e a cada calope do cavalo, que eu via a Lívia ali, do meu lado, eu confirmava que aquela foi a minha melhor escolha. O único som que a gente ouvia era o da água dos rios e da cachoeira, dos cascos de nossos cavalos e às vezes, umas conversas mais animadas bem distante no fundo. Fomos andando bem devagar, até a cachoeira do escorrega, passava por uma ponte bem estreita e que a noite e a cavalo, sem enxergar muita coisa depois da orelha dos cavalos, dava uma adrenalina danada. Chegando la estava tudo organizado para mais uma noite romantica digna de lua de mel. Eu sempre achei que essa coisa de dono de morro não poder ser romântico, ter que ser o fodão todo dia e toda hora, não era coisa pra ele também ser dentro da família Foi assim enquanto a Camille ainda estava do meu lado e eu queria, com todas as minhas forças, demonstrar para a Lívia o que a estava esperando. A mina era toda diferente, já dava pra vê pelo jeito que ela cuidada dos meus bacuris, que mulher que aceita numa boa as crias do homem que vai chamar de teru, sem disputar nenhum espaço e de cara, ainda amar ser chamada de mãe As minhas crias não tinham nascido na barriga da Lívia, mas ganhou um espaço imenso no seu coração, então eu tinha que valorizar, de verdade, ser cachorrinho mermo, não importava o que os outros iam pensar, alias, eu tava pouco me fodendo pra isso. Fala sério, como eu ia me importar com um negócio desses se Raimundo e todo mundo tinha visto que eu movi um morro inteiro por causa daquele r**o de saia, não por conta da anca né, aquilo me veio de brinde, mas deu pra entender as ideias A Lívia merecia o melhor de mim sim e eu ia fazer de tudo para dar isso pra ela Ali, naquela cachoeira, tinha uma parte com um gramado e que as pessoas improvisaram uns banquinhos e mesas de madeira, ali, eu organizei uma tábua de frios e um cooler com cerveja nada demais, super prático e ainda dava para levar naqueles bolsões que encaixavam na sela do cavalo. Eu tinha visto isso em um filme sobre o nordeste com a Camille na escola, nunca tinha pensado nisso, até chegar na fazenda, ver os cavalos e a cachoeira... as vezes as coisas mais simples são as mais gostosas de fazer Matei dois coelhos com uma cajadada só, agradei o estômago da minha amada, fui fodão e de quebra, ganhei aquele agrado nervoso digno de Lívia. Cara, como eu estava amando tudo isso
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD