Você me pertence

4

Ian acordava com os primeiros raios de sol invadindo seu quarto, sentiu um leve peso, notando a jovem garota dormindo aninhada em seu peito, sorriu ela parecia uma bonequinha com a pele branca e o rosto delicado. Mas ao olhar para cama algo chamou sua atenção, uma mancha de sangue perto de onde Natasha estava deitada. Assustou-se pensando que a morena estivesse ferida, por causa dos soldados que a atacaram.

Ian: Natasha acorda. –chamou a morena, que começava a despertar.

Natasha abriu os olhos devagar, sentindo a claridade. Se espreguiçou vagarosamente. Quando notou que estava encostada no peito de Ian corou imediatamente, se afastando e olhando o loiro que tinha uma expressão de preocupação no rosto.

Ian: Natasha você está machucada?

Natasha: Não , Nan. –falou sem entender do porque da pergunta do loiro.

Ian: Mas a sangue no lençol. –falou apontando a mancha de sangue. Natasha a observou e notou de onde vinha o sangue, corou muito, deixando Ian um pouco apreensivo. –O que há Natasha? Você esta bem?

Natasha: im, é que eu... e eu... –tinha vergonha de falar.

Ian: Você o que? Fale logo. –falou já perdendo a paciência.

Natasha: E Eu fiquei, fiquei menstruada. –falou baixo e envergonhada. Ian demorou um tempo até entender o que ela disse.

Ian: Oque ?, MAS PORQUE HOJE? –Gritou brabo, assustando a morena. –VOCÊ SABIA QUE EU IA TE FAZER MINHA HOJE.

Natasha: Mas an, e eu não posso controlar. –falou assustada pela raiva do loiro.

Ian colocou a mão na cabeça tentando se acalmar, a morena não tinha culpa, mas aquilo o estava deixando louco, ontem se não tivesse acontecido o incidente com os soldados e Natasha já teria a possuído. Agüentou esperou até hoje, mas agora acontece isso, o loiro já estava perdendo a paciência. Olhou para Natasha que o olhava assustada e apreensiva, tentou se acalmar.

Ian: Tudo bem Natasha, falou com a voz controlada novamente. –quanto tempo dura isso?

Natasha: Alguns dias, desculpe, Ian. –se desculpou com medo do que o loiro pudesse fazer.

Ian: Me avise quando passar. –falou vendo Natasha afirmar com a cabeça, ainda temerosa. –Você precisa de alguma coisa?

Natasha: Bem, de absorventes. –falou envergonhada.

Ian: Vou pedir para um servo. –falou um pouco constrangido, já se levantando da cama.

Natasha: Ian. –chamou ganhando a atenção do loiro. –Posso tomar um banho?

Ian: Sim. –falou simplesmente saindo do quarto.

Natasha se levantou rapidamente, olhou para  a cama suja de sangue, pensando em depois limpá-la, e se dirigiu ao banheiro de Ian, para tomar banho. Agradecia mentalmente por aquilo ter acontecido, não queria se entregar a Ian tinha medo dele, mas ao mesmo tempo se sentia protegida com ele, não sabia o que pensar.

Ian saiu do quarto apenas com uma calça que usou para dormir. Estava um pouco chateado, afinal estava louco para ter Natasha e agora teria que esperar. Avistou alguns servos fazendo a limpeza do castelo, entre eles o que havia preparado o lanche para ele e Natasha no dia anterior, fez um sinal o chamando.

Aroldo: “O que será que ele quer agora?" –pensava. –Ian, no que posso servi-lo?

Ian: Quero que você arranje absorventes. –falou baixo e constrangido.

Aroldo teve vontade de rir do constrangimento do loiro, mas se conteve, não estava afim de ser castigado por zombar do príncipe de Nazir.

Aroldo: Sim Ian, volto em um minuto. –falou se retirando, deixando o loiro a esperar.

Ian estava distraído, pensando nos afazeres que teria no dia, quando sentiu alguém o acertar um leve tapa na cabeça.

Ian: Ora quem foi o... –parou de falar quando viu quem o acertou , uma mulher loira, com a mesma idade de seu Pai, muito atraente, com os s***s fartos. Vestida com um lindo kimono amarelo com detalhes em branco. Ian abriu um sorriso. –Vóvó.

Stefania: Seu moleque, não sou sua Vó. –falou irritada, o loiro sempre a chamava assim para irritá-la. –Que roupas são essas? –perguntou vendo o loiro só de calça.

Ian: O que faz aqui Stefania? –perguntou ignorando o que Stefania falou de suas roupas. –Faz  tanto tempo que não nos visita que achei que tinha nos esquecido. –falou um pouco chateado. Stefania era uma dos três guerreiros conhecidos como Samurais, era muito amiga de seu Pai, na verdade Joabe era apaixonado por ela, mas ela nunca deu bolas para ele. Ela também  era uma das poucas pessoas a qual Ian tinha muito carinho.

Stefania: A última vez que vim aqui briguei com seu Pai, sabe que não gosto da maneira que ele governa Nazir. Você deveria fazer alguma coisa. –falou cobrando o loiro, que deu de ombros.

Ian:  Não tenho nada a ver com isso, ele é o rei, que se vire. –falou sem se importar.

Stefania suspirou lamentando.

Stefania: Um dia você vai ser o governante de Nazir, espero que não aja como seu Pai. –falou vendo Ian não se importar muito com o que ela dizia. –Mas bem, eu estou indo para o país da Neve. Como Nazir estava no caminho, resolvi visitar os velhos amigos.

Ian: Ah Stefania, confesse que você estava morrendo de saudades dele.

Stefania: Cala a boca moleque, senão vou te mostrar estrelas. –falou estralando os dedos.

Ian: Ta bom, ta bom, não está mais aqui quem falou. –falou dando um passo para trás. –Mas você já encontrou o Pai?

Stefania: Sim, ele ainda é o mesmo pervertido de antes. –falou jangada. –Vou almoçar com ele.

Ian: E Samara aonde está?

Stefania: Fazendo compras pela cidade, certamente só a verei de novo à tarde.

Ian: Sim.

Ambos estavam conversando, quando Aroldo retornou, chamando a atenção de Ian.

Aroldo: Ian, aqui estão os...

Ian: Sim, Sim. –falou tomando-os da mão de Aroldo, que segurava o riso o quanto podia.

Stefania olhou para o que Ian tinha nas mãos e estranhou.

Stefania: Ian o que vai fazer com absorvente?

Ian a olhou constrangido.

Ian: É para uma garota. –falou sem mais explicações. Mas Stefania insistiu.

Stefania: Garota, sua namorada?

Ian: Não, minha escrava. –falou sabendo que Stefania iria chiar.

Stefania: Escrava Ian, eu sei que seu Pai tem muitas escravas, não concordo nenhum pouco com isso, foi um dos motivos pelo qual nós brigamos, mas não esperava isso de você. –falou irritada.

Ian: Eu a ganhei de presente do meu Pai, e presente a gente não recusa né Stefania? –falou divertido, irritando Stefania.

Stefania: Você devia se envergonhar. –falava bufando.

Ian: Não fique assim, Stefania, além do mais, ela seria escrava de qualquer jeito, minha ou do Pai. –disse já começando a caminhar. –Depois nos falamos Stefania.

Stefania: Ian. –chamou fazendo o loiro parar e encará-la. –Não fique igual a seu Pai.

O loiro deu de ombros, não estava interessado nos sermões de Stefania. Voltou a andar em direção ao seu quarto.

Stefania o observava, Aroldo ainda estava perto dela e ouviu a conversa.

Aroldo: A escrava é Claufir Natasha. –falou ganhando a atenção de Stefania. –Parece que Ian  se importa pelo menos um pouco com ela.

Stefania: Entendo, gostaria de conhecê-la.

Aroldo: Eles ainda não tomaram café, quem sabe daqui um pouco ele a traz.

Stefania: Vou esperar na sala de jantar e...

Aroldo: Ele a leva tomar café na cozinha.

Stefania: Na cozinha... esta bem eu vou esperar lá. –falou seguindo Aroldo que lhe mostrava o caminho.

Ian voltou para o quarto, seguindo direto para o banheiro onde Natasha já havia terminado seu banho. Olhou a morena enrolada na toalha, deixando as curvas bem evidentes, seu sangue ferveu de desejo.

Natasha ao notar o loiro no banheiro ficou super corada.

Ian: Aqui está Natasha. –falou entregando os absorventes a ela e saindo do banheiro antes que não agüentasse a tentação.

Ian esperou do lado de fora do banheiro, aproveitando para trocar de roupa, colocando sua habitual armadura, hoje iria ao campo de treinamento ver os soldados novatos. Precisava também fazer uma reunião com dois de seus capitães de batalhões. Estava pensando nisso quando Natasha saiu do banheiro vestindo um vestido de alcinhas rosinha claro, que ia até seus joelhos, os cabelos soltos. Ian a achou encantadora, ela tinha um jeito inocente que o enfeitiçava.

Ian: Vamos tomar café Natasha. –falou se levantando.

Natasha: Ian. –chamou.

Ian: Sim?

Natasha: Deixa eu só arrumar a cama. –falou tímida.

Ian: Ah, deixe isso, um servo arruma depois.

Natasha: mas...

Ian: O que?

Natasha: E- eu tenho vergonha.

Ian olhou para  a cama e viu os lençóis manchados de sangue, olhou para Natasha que estava olhando para o chão vermelha.

Ian: Tsc, está bem pequena, mas faça rápido.

Natasha: Sim. –falou envergonhada pelo apelido que Ian a dera, indo trocar os lençóis da cama e dar um jeito no sujo. Em pouco tempo já havia terminado. –Ppronto Ian.

Ian: Vamos. –falou já saindo do quarto sendo seguido por Natasha.

Na cozinha Stefania esperava por Ian tomando seu café da manhã. Logo viu o loiro aparecer com uma garota andando do seu lado.

Stefania: Ian. –chamou o loiro para que se sentasse na mesa com ela.

Ian a olhou vendo que teria problemas, suspirou e puxou Natasha para sentar com Stefania.

Ian: O que faz aqui Stefania? Não vai tomar café com o Pai? –perguntou sentando-se à mesa, e apontando o lugar a seu lado para Natasha, que timidamente sentou, olhando para a mulher que Ian chamava de Stefania, ela não parecia ter idade para isso.

Stefania: Já terei que o agüentar no almoço. –falou suspirando, quando deteve seus olhos em Natasha, observou-a e ficou irritadíssima quando percebeu que ela era só uma menina. –Ian ela é uma criança. VOCÊ E Joabe perderam a NOÇÃO? –Gritou assustando Natasha, que se encolheu.

Ian: Não exagera, Stefania, e pare de gritar está a assustando.

Stefania respirou se acalmando, a menina parecia querer sair correndo dali.

Stefania: Desculpe querida, se te assustei, -falou sorrindo para Natasha. –meu nome é Stefania.

Natasha: P- prazer sou  Natasha Claufir. –falou tímida.

Stefania: Natasha que bonito nome. Quantos anos você tem Natasha?

Natasha: Dezoito anos, Stefania.

Stefania: Dezoito anos. –falou fitando Ian, que fazia sinal para trazerem seu café da manhã. O que irritou Stefania, fazendo ela acertar um soco na cabeça do loiro.

Ian: Ai, Stefania. O que te deu esta louca?

Natasha: Ian, você está bem? –perguntou se aproximando do loiro, vendo o local atingido por Stefania.

Ian: Sim pequena, -falou fazendo Natasha corar –mas tome cuidado com a Stefania, ela é muito perigosa. –falou fitando Stefania, que revirou os olhos.

Stefania: Isso é para você aprender a prestar atenção na conversa. –falou rindo, mas um pouco surpresa de ver a preocupação de Natasha por Ian.

Os três eram observados por todos que estavam na cozinha, os soldados e os servos se seguravam para não rir de Ian, que bufava contrariado. O grande general apanhar da mulher que chamava de Stefania.

Um dos servos do castelo trouxe o café da manhã para Ian e Natasha, que conversavam muito com Stefania. Natasha já havia perdido um pouco da timidez com a loira, e não gaguejava tanto quando falava com ela. Achava ela uma pessoa muito querida e confiável.

Stefania: Então você morava no campo?

Natasha: Sim, meu Pai plantava, vivíamos só do trabalho no campo.

Stefania: Como você veio parar aqui Natasha?

Ian que comia apenas escutando a conversa das duas ficou mais atento.

Natasha:  bem, minha família devia muito para Joabe, m muitos anos de impostos e  meu o Pai  devia também um empréstimo a Joabe, a colheita foi r**m esse ano e então não tivemos dinheiro p- para pagar. –falou triste, não contendo uma lágrima que desceu por seu rosto de porcelana.

Stefania ficou indignada com aquilo, como Joabe era capaz de fazer uma coisa dessas, tirar a menina de casa, e Ian, como ele podia aceitar aquilo. Ela olhou para o loiro que permanecia quieto, e depois voltou a olhar para Natasha.

Stefania: Querida, sua família não fez nada? Você não tentou resistir?

Natasha: Só éramos eu, meu Pai e minha irmã mais nova, se eu não visse com Joabe , e ele traria minha irmã mais nova.

Aquilo foi demais para  a loira, Joabe era um desalmado e parecia que Ian estava indo pelo mesmo caminho.

Stefania: Ian...

Ian: Natasha é minha Stefania. –falou sério, fazendo a loira se assustar, com o tom da voz de Ian e por ele a ter chamado de Stefania.

Stefania: Você devia se envergonhar.

Natasha estava apreensiva, não devia ter falado nada a Stefania, ela parecia jangada e Ian não parecia animado em ouvir o que ela falava, ele devia estar brabo com ela por contar aquilo para Stefania. Ian a olhou nos olhos fazendo a morena se encolher de medo, atitude que não passou despercebida a Stefania.

Ian: Tenho algumas coisas para resolver agora, -falou para Stefania e Natasha. –Natasha, termine o café e volte para o quarto. –falou se levantando da mesa e indo em direção a porta, quando sentiu seu braço ser segurado, olhou e viu Stefania olhar seria.

Stefania: Vamos conversar um pouco.

Ian: Tem que ser rápido, tenho muitas coisas a fazer.

Stefania: Sim. –falou puxando Ian para fora da cozinha, deixando Natasha.

Ao saírem da cozinha Stefania começou a falar.

Stefania: Ian, ela só é uma menina, você não deveria fazer isso. –falou vendo o loiro a olhar indiferente. –Ela devia voltar para sua família.

Ian: Esqueça, ela me pertence, não vou deixá-la ir a lugar nenhum. –falou irritado.

Stefania: Pelo visto é uma perda de tempo discutir isso com você.

Ian: Que bom que entendeu. –falava frio.

Stefania: Já que não vai libertá-la, deveria fazer alguma coisa para deixar a vida dela mais feliz. –falou despertando o interesse do loiro.

Ian: Como assim?

Stefania: Imagine se você fosse um escravo, ela é uma menina, como acha que ela deve estar se sentindo?

Ian: Não posso fazer nada, não vou libertá-la.

Stefania: Está bem, mas você poderia fazer algumas coisas que a deixariam feliz, -Ian prestava atenção em tudo que a loira falava. –como deixá-la arrumar amigos, fazer alguma coisa que ela goste. Eu sei que você não é tão m*l Ian.

Ian: Se isso te deixa mais aliviada, vou pensar no que disse.

Stefania: Ótimo. –falou feliz.

Ian: Agora preciso ir. –falou caminhando, deixando a loira pra trás.

Stefania o observava, ele havia  crescido muito desde a última vez que o tinha visto, havia ficado muito bonito, mas seu comportamento estava ficando parecido com o de Joabe, apesar de sentir que Ian ainda podia mudar.

Ao voltar para cozinha a loira viu Natasha conversar animada com o servo que antes a havia falado sobre Natasha e Ian. Mas o servo logo se afastou ao ver Stefania sentar onde estava antes de sair com Ian. Natasha ficou um pouco preocupada.

Natasha: Stefania, a senhora e o Ian brigaram por minha causa?

Stefania: Não se preocupe Natasha, aquele garoto é cabeça dura, mais no fundo é um bom garoto. –falou divertida.

Natasha: Sim. –Concordou, deixando Stefania surpresa e curiosa.

Stefania: Natasha, como o Ian te trata, você parece ter um pouco de medo dele. –falou vendo a morena ficar nervosa. –Não se preocupe, não irei falar nada para ele do que você disser.

Natasha:  Sim. –falou mais calma. –Bem o Ian é um pouco nervoso, ás vezes fico com medo dele. –falou vendo Stefania concordar com a cabeça. –Mas ele me protegeu e me acalmou quando eu fugi...

Stefania: Você fugiu?

Natasha: Sim, mas não deu muito certo. –falou triste. –No caminho de casa dois soldados me atacaram, e tentaram...  t- tentaram abusar de mim. –disse vendo Stefania ficar horrorizada. –Mas Ian chegou e me salvou, ele estava muito bravo comigo, mas mesmo assim me acalmou, e não me castigou por ter fugido.

Stefania mesmo impressionada com a historia ficou feliz por ver que Ian era, mesmo que nervoso, um bom homem.

Stefania: Entendo querida. –falou se levantando da mesa. –Agora tenho assuntos a resolver, mas nos vemos de novo, certo?

Natasha: Sim Stefania. –falou sorrindo.

Após Stefania a deixar Natasha conversou um pouco mais com Aroldo, mas logo voltou para o quarto, como Ian havia mandado.

Ian andava de cavalo até o campo de treinamento dos soldados de Nazir, pensava no que Natasha havia contado e no que Stefania falou para ele. A história de Natasha era realmente triste, mas não a deixaria ir, agora ela era dele. Mas isso não quer dizer que não pudesse dar um pouco de alegria para a morena.

Quando notou já estava no centro de treinamento. Desceu do cavalo e foi caminhando rápido, pelo lugar. Viu alguns soldados treinando e entre eles os dois capitães que precisava falar. O primeiro era Roman, notou o de longe, pálido como sempre, o segundo era Oriel Silas.

Silas Oriel era moreno com seus cabelos negros e olhos da cor ônix, media 1,84m de altura, tinha o corpo bem definido, era bonito. Usava, assim como Roman, a armadura do exercito de Nazir, dourada com chamas vermelhas. Tinha 20 anos.

Ian se aproximou de ambos, ganhando a atenção de todos os soldados.

Ian: Roman, Oriel, quero falar com vocês. –disse, e virando as costas para os dois começou a caminhar, os dois logo trataram de seguir o general.

Os três andaram até o prédio do centro de treinamento, onde havia vários soldados, pelos quais Ian passou sem dizer nada, entrando em uma sala. Os dois capitães o seguiram entrando junto na sala.

Ian: Como os dois sabem, temos novos soldados aqui, -os dois assentiram e Ian continuou. –E vocês dois por serem os que mais têm minha confiança, vão levantar possíveis nomes para eu nomear algum como capitão de um novo batalhão. –falava um pouco distraído, pois seus pensamentos viajavam para Natasha.

Silas: Sim, general.

Roman: Quando deveremos entregar esses nomes general?

Perguntou, mas Ian parecia distraído e não os ouvia.

Silas: Ian. –chamou fazendo o loiro despertar.

Ian: Sim?

Roman: Eu perguntei quando deveríamos entregar os nomes general. –falou estranhando a atitude de Ian, pois dificilmente o via aéreo.

Ian: Vocês devem entregar... –falou, mas parou ao ter uma idéia. –Silas, Roman, vocês ainda namoram aquelas garotas bonitinhas que acompanhavam vocês por aonde iam?

Os dois fitaram Ian um pouco receosos, a última vez que eles estiveram com Ian e as namoradas ele deu em cima delas descaradamente.

Silas: Bem, Sim.

Roman: Sim.

Ian: Ótimo. Quero que me levem os nomes amanhã à tarde no palácio, e quero que levem as suas namoradas. –falou pensando em apresentá-las para Natasha, assim poderiam ser amigas.

Os dois capitães ficaram apreensivos com o pedido de Ian, mas não podiam contrariar as ordens do príncipe.

Silas e Roman: Sim.

Ian: Podem se retirar.  –falou vendo os dois capitães saírem rapidamente de sua sala.

Silas: O que será que ele está planejando? –falou já fora do prédio.

Roman: Não imagino, mas do Ian a gente pode esperar tudo.

 Silas: Bem precisamos ver os nomes de futuros capitães. –falou sério.

Roman: E avisar as garotas...

Natasha havia passado o dia no quarto, Aroldo havia levado seu almoço no quarto a pedido de Ian. O loiro também pediu para providenciar outro armário para o quarto, onde Natasha guardaria suas roupas, e também uma mesa com cadeiras onde poderiam comer quando não saíssem do quarto. Então a morena passou a tarde arrumando suas roupas novas, mas já estava entediada de ficar sozinha, queria falar com alguém.

Pensou em sair do quarto, mas achou melhor não desobedecer Ian. Sentou-se num dos sofás. Então se lembrou de seu Pai e de sua irmã, queria muito vê-los, mas achava difícil isso acontecer. Foi tirada de seus pensamentos quando o loiro entrou pela porta.

Natasha: Ian. –falou receosa de ele estar brabo com ela por ter contado tudo aquilo para Stefania.

Ian: Natasha. –falou serio.

Natasha: V- você e esta  bravo comigo Ian?

Ian: E por que estaria pequena?

Natasha: pelo o que contei a Stefania. –falou se encolhendo ao ver Ian se aproximar e sentar ao seu lado.

Ian: Não estou brabo com você. Eu apenas não sabia como você tinha vindo parar aqui. –falou puxando a morena para perto. –Deve ser difícil para você né?

Natasha: um pouco. –falou nervosa.

Ian: Pode falar, eu não vou ficar brabo com você.

Natasha: É que eu n- não p- pude n- nem m- me d- despedir de meu o Pai e de minha irmã. –falou triste.

Ian: Olha Natasha, você é minha, e não vou deixar ir embora. –falou vendo a morena encher os olhos de água. –Mas posso levar você para visitar seu Pai e sua irmã.

Natasha ao ouvir aquilo ficou muito feliz.

Natasha: Verdade Ian?

Ian: Claro pequena. –falou puxando Natasha pro colo, a mesma ficou corada, mas tinha um sorriso no rosto, o que fez Ian a achar mais linda ainda.

 Natasha: Obrigado Ian. –falou encostando a cabeça no peito do loiro.

Ian: De nada pequena. –disse  acariciando os cabelos azulados da morena. –Como foi seu dia?

Natasha: E- eu arrumei as roupas no armário novo que chegou.

Ian: Fez isso a tarde inteira. –a morena confirmou com a cabeça. –Isso parece ser bem entediante né? –perguntou divertido.

Natasha: Sim. –falou sorrindo.

Ian: Amanhã vou ter uma reunião com dois capitães do exercito meu, as namoradas deles vão vir junto, para você ter alguém com quem conversar. –disse vendo a morena ficar apreensiva. –O que foi Natasha?

Natasha: É que eu tenho vergonha Ian.

Ian: Ah, você é muito tímida.

Natasha: Desculpe Ian.

Ian: Você não precisa ter medo, olha só, hoje de manhã você conversou um pouco e já ficou bem amiga da Stefania.

Natasha: Sim  Ian, e eu não vou ter medo. –falou, mais ainda estava insegura de conversar com pessoas que nunca tinha visto antes, se perguntava o que iam achar dela.

Ian: Sei... –falou desconfiado. –Natasha.

Natasha: Hum.

Ian: Você quase não gaguejava hoje de manhã quando conversava com a Stefania, por que comigo você gagueja tanto? –perguntou curioso, pois foi a primeira vez que viu Natasha conversar sem gaguejar.

Natasha: E- eu... bem  é q- que... –a morena não sabia o que falar para Ian, mas na frente dele ficava muito nervosa.

Ian: Então?

Natasha abaixou a cabeça.

Ian: Você fica nervosa comigo. –afirmou para ela.

Natasha:  Sim. –falou se encolhendo no colo do loiro.

Ian: Tudo bem. Não precisa ficar nós iremos conviver juntos por um bom tempo, tem que se acostumar. –falava calmo.

Natasha: Sim.

Natasha estava adorando o jeito que Ian a estava tratando, parecia uma pessoa completamente diferente do Ian do primeiro dia. Sabia que ele era nervoso, mas a estava tratando com tanto carinho.

Ian por sua vez estava fascinado com ela, o jeitinho de menina tímida o encantava. Nunca tinha tratado uma mulher como a tratava. Ele gostava de tela por perto.

Ian: Vamos jantar pequena. –disse fazendo Natasha se levantar do colo dele e puxando-a pela mão saiu do quarto.

Dirigiam-se para a cozinha, não notando que estavam sendo observados por duas pessoas.

Stefania: Parece que ele está gostando dela.

Joabe: Duvido muito, ela é só uma escrava, ele pode fazer tudo o que quiser com ela.

Stefania: Você é detestável, Joabe. –falou irritada. –Não acredito que a tirou da família dela.

Joabe: Ah, não posso fazer nada, a família dela me devia muito, isso vai servir de exemplo para os outros.

Stefania: Você mudou muito Joabe. Não o reconheço mais.

Joabe: Ah, eu preciso ser firme para governar o povo. E dar exemplo para o Ian.

Stefania: Tsc, Ian é diferente de você.

Joabe: Acha mesmo, se fosse ele devolveria a escrava para a família dela. –falou sorrindo vitorioso.

Stefania: Por que acha que eu disse que ele está gostando da garota, ele não quer ficar longe da menina, e pelo que você me disse, ele não está mais fazendo as refeições com você, e pelo que sei é por causa dela. –falou sorrindo, deixando Joabe intrigado.

Joabe: Não acho que seja algo tão sério, ele só está aproveitando o brinquedo. –falou sério.

Stefania: Seu i****a. –falou indignada, dando as costas para Joabe e se retirando.

Joabe pensava no que Stefania havia falado, se percebesse que Ian sentia algo a mais pela Claufir teria que interferir.