2 - Inesperado

1025 Words
Joana passou a noite olhando as fotos das vítimas do novo assassino e tentando achar uma relação entre elas. Era preciso fazer isso para entender como ele escolhe suas vítimas. Já que é na lua cheia que ele faz outra. Ela também deveria descobrir a relação de seu assassino com o local onde ele as desova. Alguma coisa lhe aconteceu ali para o marcar tanto. E foi embaixo daquela mesma árvore. Ela pregou as fotos num quadro e ficou olhando. Elas eram mulheres muito bonitas. Mas ele não as estupra. Enquanto pensava, Joana anotava palavras chave dos seus pensamentos no quadro ao lado. Ela estava tão concentrada que não viu Dominic entrar. _ Ótimo! Já está procurando uma relação entre elas! - Ele falou com arrogância. _ É claro que sim! Se quiser pegar ele antes que faça outra vítima, tem que fazer isso logo! - Joana não deixava barato nada para Dominic. _ Calma! Eu só fui buscar um café! - Ele ponderou achando que ela estava brava porque ele saiu. Mal sabia ele que Joana preferia mil vezes estar sozinha. E só não fazia isso porque estava presa a esse homem por conta de regras do seu trabalho. _ Precisamos falar com as famílias das vítimas para entender o que elas faziam. Se existia algo em comum entre elas para encontrar onde o assassino as pega. - Joana continuou sem dar muita importância para a fala de seu parceiro. _ Faremos isso amanhã. E, tem algo que preciso te falar. Eu conhecia essa mulher aqui. - Dominic apontou a segunda vítima na foto. _ Por que não disse antes? _ Queria falar com você em particular. É que essa mulher aqui era uma prostituta! _ Entendi porque não me contou antes. Então precisamos falar com as outras meninas, saber se elas suspeitam de alguém e se as outras duas vítimas também podem ser do mesmo ramo de trabalho. _ Isso podemos fazer agora! A maioria delas estão livres nesse horário. _ Conhece bem o assunto hein? - Joana riu da cara de seu parceiro. Este último, porém, fechou seu semblante e ficou vermelho. Ela não ligava. Aliás, ela não se importava com nada que fosse relacionado a Dominic. Apesar da hora já adiantada, eles pegaram o carro e saíram em direção a um beco em específico. Joana deduziu que Dominic deveria conhecer a vítima dali. Eles saíram do carro e, realmente, havia várias meninas naquele lugar. _ Dom! Uma das meninas o reconheceu. Ela era bonita, apesar de estar com uma maquiagem muito forte. Seus cabelos eram muito crespos e ruivos. Os olhos pareciam duas esmeraldas. A boca fina como o rosto. Essa garota era tão magrinha que parecia uma menina perto das outras. _ Faz tempo que não o vejo! Precisa de algo em específico? - Ela continuou após cumprimentar Dominic. _ Na verdade, estou aqui a trabalho. O que sabe sobre Amanda? - Dominic disse o nome da segunda vítima. _ Ela desapareceu faz algumas semanas. Por que quer saber dela? Aconteceu alguma coisa com ela? _ Calma! - Joana falou. - O corpo dela foi encontrado em uma floresta a alguns quilômetros daqui. No parque. Sabe me dizer se ela frequentava aquele lugar? _ Deus então ela também morreu! E não ela nunca ia lá, morria de medo daquele lugar. _ Você disse também? E por que ela tinha medo de lá? - Joana perguntou. _ Ela achava que aquele lugar era um local perfeito para uma pessoa matar alguém. E sim, ela também. Juliane também se foi. Ela teve um fim terrível. - Amanda respondeu com uma cara de quem estava muito triste pelas amigas. _ Lamentamos muito por elas. Mas, se me permitir mais uma pergunta, você conhece essa outra mulher? - Dominic perguntou mostrando a foto da última vítima. _ Não. Eu nunca a vi. - Amanda olhou para a foto com uma cara de quem escondia algo. - Agora preciso ir ou estou em apuros. Ela m*l terminou a frase e saiu. Parecia ter pressa demais pra quem, a pouco, falava tranquilamente sobre as outras vítimas. _ Ela está mentindo! - Joana olhou para Dominic e depois se virou para caminhar de volta ao carro. - Sobre a última moça. _ Não! - Dominic a seguiu. - Ela mentiu sobre tudo. _ Como assim? Dominic nem teve tempo de responder a pergunta de Joana. Quando ele foi olhar para tentar alguém fez um barulho, parecido com um assovio. Os dois se viraram na direção do barulho. Vinha do outro lado da rua. Num beco em frente. Eles foram até lá e quando chegaram, uma mulher estava meio escondida nas sombras. _ Estão investigando a morte das mulheres da vida? _ Estamos investigando três assassinatos. - Dominic respondeu secamente. _ Então é isso que perguntei. _ Por que quer saber? - Joana perguntou tentando enxergar o rosto nas sombras. De repente a mulher saiu das sombras. Seu rosto estava desfigurado. Todo cheio de cicatrizes, assim como os braços que estavam à mostra. _ Por que não são três vítimas! - A mulher respondeu. Joana olhou para Dominic. Essa mulher é uma testemunha extremamente importante. Se ela chegou a ver o rosto do homem que lhe fez isso, talvez ajude a chegar no assassino das outras três mulheres. Isso se não for o mesmo homem. Ela estava começando a se animar quando levou um baita balde de água fria. _ Não precisa me olhar como se eu fosse sua passagem pra fora desse mundo terrível. Eu não o vi. Acredito que eu tenha sido a primeira. _ Aqui não. - Dominic a interrompeu levantando um dedo em direção a ela como se quisesse calar a mulher com a mão. - Estamos sendo observados. Joana olhou na mesma direção que seu colega estava olhando. E sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Eles pegaram, quase ao mesmo tempo, no braço da mulher. Cada um de um lado. E a puxaram para o carro. A empurraram para dentro e saíram em direção ao departamento de polícia. Se o assassino estive ali, essa mulher precisará de toda ajuda possível para se proteger.

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