O Segredo das Sombras - O Sangue

Joana Hunter é uma mulher maravilhosa, do tipo que faz qualquer homem ou mulher na rua virar a cabeça para olhar pra ela. Loira de olhos azuis, cerca de um metro e setenta e cinco de altura, barriga chapada porém com pernas grossas e bumbum bem torneado e empinado. s***s na medida. Um rosto de anjo com a boca carnuda e o nariz empinado. Qualquer um que a veja imagina logo que se trata de uma modelo ou atriz. Mas não é bem assim. Desde pequena, Joana sempre sonhou em ser policial. Entrou para a corporação com dezessete anos. Hoje, aos vinte e oito, é uma agente especial do FBI. Uma das melhores investigadoras criminais que eles possuem. Seu faro apurado para encontrar criminosos e sua inteligência a colocaram onde está. E o fato de ter sido criada em um bairro criminoso de Los Angeles ajudou muito mais. Seus pais eram boas pessoas. Trabalhadores honestos. Sua mãe era professora e seu pai era policial. Joana era sua única filha. Quando ela tinha cerca de quinze anos, eles foram assassinados na porta de sua casa. Estavam chegando do trabalho. Dentro do carro a polícia encontrou um pacote de presente. Era o vestido que Joana sempre sonhou. O crime nunca foi solucionado. Apesar da insistência policial em pegar os bandidos que fizeram isso com alguém da corporação. Joana foi criada por um tio, irmão de seu pai. Um homem rude e m*l humorado. Vivia reclamando de tudo. Quando ela conseguiu entrar para a corporação policial, foi embora da casa do tio e nunca mais voltou. Joana estava acostumada a ser sozinha no mundo. Mas, no trabalho, ela nunca estava só. É que Joana trabalhava em dupla com Dominic Garcia. Um homem de pouco mais de quarenta anos. Não tão magro, de aparência normal. Cabelos e olhos castanhos escuros, um pouco mais alto que Joana. Dominic se achava o melhor investigador. Quase sempre, era ele que levava os créditos para resolver os crimes e pegar os criminosos. Mas Joana estava saindo de sua sombra e sendo vista. Isso fez com que ele ficasse mandão e m*l humorado. Mas Joana nem ligava. Para ela, o importante era pegar aqueles que infringiram a lei. Isso era tão comum que essa noite de plantão, começou como outra qualquer. Joana estava sentada na sua mesa enquanto Dominic estava tomando um café, parado na porta da cozinha, bem em frente. O telefone tocou. Eram quase sete horas. A polícia de Los Angeles precisava da ajuda dos investigadores do FBI. Joana chamou Dominic e foram imediatamente para o batalhão de polícia. Ao chegarem, foram direto para a sala do delegado. _ Senhores, eu detesto dizer isso, mas precisamos de ajuda! - O delegado, um senhor de cerca de cinquenta e poucos anos quem os chamou. Seu nome é George. _ Pode falar! - Dominic se adiantou com o ar de superioridade de sempre. Joana o olhou e quase começou a rir da pose do seu companheiro. _ Temos um criminoso em série para pegar e nossos homens não podem investigar corretamente pois esse criminoso está atuando em todo o estado. _ E de que crime estamos falando? - Joana passou a frente de Dominic. _ Veja! - George colocou três fotos de três mulheres mortas em cima da mesa. _ Estupro? - Joana perguntou. _ Não. - George respondeu. - Apenas homicídio. O problema está na forma como ele mata. Eu explico. É que acreditamos que esse homem escolhe suas vítimas, as estuda. Depois que ele consegue pegar, as mantém em cativeiro e só mata num determinado período da lua. _ O que significa que precisamos o pegar antes que ele faça uma nova vítima! - Dominic falou. _ Exatamente! - George respondeu. - Ele mata suas vítimas na lua cheia. E elas são mortas com violência extrema. _ O que quer dizer com isso? - Joana se adiantou. _ Que o criminoso as tortura até o limite máximo, para depois matar. Venham comigo que eu vou mostrar. George os levou até o necrotério. O legista de plantão aguardava para mostrar o cadáver de duas vítimas. _ Você disse que ele matou três mulheres, mas aqui só tem dois cadáveres! - Dominic observou. _ A primeira vítima que encontramos a família precisou enterrar os restos mortais rapidamente. Ela foi mutilada, seu sangue foi extraído até a última gota e vários de seus órgãos estavam dilacerados. Já essas duas, foi um pouco diferente. O sangue também foi extraído, porém essa, que acreditamos ser a segunda vítima, apenas alguns órgãos foram cortados. Já essa outra, da esquerda, ele manteve os órgãos intactos. - O legista que respondeu. _ Então ele está se aperfeiçoando! - Joana comentou. Dominic apenas concordou de cabeça. Já George respondeu. _ Ao que parece sim! O legista abriu o saco onde as vítimas estava e expôs dois corpos de mulheres cujos s***s foram arrancados. Suas partes íntimas estavam mutiladas e seus rostos, repletos de hematomas. A violência com que o criminoso matava suas vítimas era enorme. _ A primeira vítima também estava assim? - Dominic perguntou. _ Ela estava mais machucada e alguns órgãos internos foram arrancados. - O legista respondeu. _ Então presumimos que estava morta a mais tempo e que algum animal a encontrou. - George respondeu. _ Sim. E onde elas são encontradas? - Joana perguntou. _ Isso é o mais curioso. É que cada uma dessas mulheres são de cidades vizinhas a Los Angeles. Porém, todas são encontradas aqui. No bosque. E sempre embaixo do mesmo pé de carvalho. - George explicou. _ O assassino é daqui. Isso nos ajuda porém temos uma coisa indo contra nós! - Joana observou. Diante da cara de interrogação de seu companheiro e de George, ela continuou. - A próxima lua cheia é daqui duas semanas. O tempo não estava a favor de nenhum deles. E a próxima vítima desse assassino estava bem perto de ser encontrada.