Capitulo Seis: A Mudança

1918 Words
A mudança Depois dessa conversa com o Guto foi como jogar um balde de agua fria nos meus sentimentos, para ser mais franca eu percebi que confundi tudo o que estava acontecendo entre a gente eu pensei que o Guto poderia estar sentindo algo por mim, mas o que ele sentia era algo fraternal amor de irmão, toda aquela atenção e carinho que ele demostrava por mim era apenas amizade e mais nada. Eu fiquei sem chão, tentei demostrar ser a mais maduras das mulheres e segura de mim mesma, mas por dentro estava acabada chorei muito naquela noite uma sensação de ter sido rejeitada, porque era tão difícil alguém gostar de mim, não sei explicada como estava me sentindo minhas emoções estavam uma confusão. O fato dele gostar de outra mulher e o pior era ela ser casada o que eu poderia fazer? Como competir com uma mulher dessa.  Se ele não gostava de mim a única coisa que me restava era aceitar a amizade e respeitar a decisão. E vida que segue. Terminou o mês de fevereiro e nós não tocamos mais no assunto era como se aquela conversa nunca tivesse acontecido, nossa amizade continuava da mesma forma pelo contrário estava ainda mais atencioso, mas eu não quis criar esperança ele havia deixado claro seu posicionamento, ainda que não fosse o que eu queria, mas melhor ter amizade do que não ter nada. No início do mês de março decidimos sai para comer Guto, Marcinho, Danilo e eu, como tinha sido dia de p*******o fomos ao um restaurante em Santana, o Danilo que era o dono do carro foi na frente e o Guto dirigindo eu e o Marcinho no banco de traz, comemos, rimos horrores, na hora da volta o Guto pediu para vim do banco de trás. --- O Marcinho troca comigo comi muito bateu um sono deixa eu ir no banco de trás? Como o carro do Danilo era pura ostentação o Marcinho não pensou duas vezes correu para o banco da frente e deixou o banco de traz para o Guto. Entramos no carro e seguimos a nossa viagem de volta. --- Eita aí sim Danilão bora ligar o som baixar os vidros e ver as minas fica louca com a gente. --- opa demorou Marcinho agora as minas não aguentam. Eu olhava aquela situação e apenas ria, o Guto não expressa nenhuma reação verbal só abria aquele sorriso lindo e balançava a cabeça. --- Olha Guto seu irmão se achando a última bolacha do pacote --- Nem falo nada o Marcinho adora ostentar. Bem diferente de mim prefiro tudo mais prático e simples. --- entendi, é bem notável a diferença de vocês e olha que são irmão. --- nem sempre o fato de ser irmão precisa ser igual. --- Verdade. Fomos conversando durante o trajeto, até que o Guto me pediu algo que eu não esperava. --- Cris posso deitar um pouco no seu colo? Estou com sono Mais o que de pressa eu disse sim --- Claro. Além do sono você está bem? --- estou bem só estou cansado um pouco --- entendi. Guto deita no meu colo e meu coração vai a mil  porque ele nunca havia pedido algo para mim desta forma, porem eu alinhei meus pensamentos e disse isso para mim mesma, isso é apenas uma deitada no colo como amigo nada mais além disso, não imagina coisa onde não tem, ele é seu amigo e não namorado só amigo ele gosta de outra não se esqueça disso, neste momento que eu repetia isso como um mantra na minha cabeça o Guto começa a beijar meu braço, e abraçou minha cintura, eu congelei na mesma hora, um frio subiu pela minha espinha porque ele nunca tinha feito uma coisa dessa meu corpo enrijeceu  e ele percebeu e disse. --- O que foi Cris algum problema? --- Não! Só fiquei surpresa.                   --- Serio? Não deveria ficar. Disse isso e sorriu se ajeitou no banco apertou ainda mais minha cintura e fechou os olhos e fingiu que estava dormindo. Quando o Danilo parou o carro na porta da minha casa eu balancei o Guto para ele acorda ele levantou olhou em volta --- já chegamos? --- logico achou a que Cris morava onde no Japão? --- não né só achei que poderia demorar mais não quero ir para casa agora a anoite está tão bonita --- então mais vamos na onde? Vamos comer de novo? Eu não quero estou estufado. O Guto deu a sugestão de passarmos no Mc Donalds para comprar sorvete todos concordaram o Marcinho foi o primeiro assim ele continuava ostentando com o carro do Danilo. Saímos do meu portão rumo ao Mc, Guto continuou deitado no meu colo e voltou a beijar meu braço eu estava todinha arrepiada, mas fazia a louca já que os meninos estavam sentados no banco da frente do carro eu não poderia dar bandeira então o mais normal era conversar com eles normalmente enquanto o Guto se revezava entre alisar minhas costas e beijar meu braço. No final daquela noite quando pela segunda vez eu fui deixada em casa, sai do carro dei um beijo no Danilo e no Marcinho pela janela da frente quando fui dar um beijo no Guto pela janela traseira ele saiu do carro. --- Não precisa sair Guto --- logico que precisa sou um cavalheiro --- nossa me sinto lisonjeada. Ele sorriu com o comentário veio até mim e disse --- obrigada pela noite. Ele disse isso e me deu um beijo bem no canto da boca. Fiquei sem ação porque o Guto nunca tinha feito algo parecido assim. Fiquei totalmente imóvel, mas agi como se aquilo fosse algo normal dei um sorriso e entrei. Naquela noite eu não dormi foi a noite mais longa da minha vida, minha cabeça estava a mil várias perguntas sem resposta, vários porquês sem saber o que pensar, o que estava acontecendo? Será que ele tinha mudado de ideia? Será que ele estava me vendo de forma diferente? Será que ele percebeu que sentia sim alguma coisa por mim? Será! Será! Será! Meu Deus era tantos serás que eu estava ficando maluca. Mas no fundo estava cheia de esperança, no fundo queria mesmo que ele estivesse sentindo alguma coisa por mim, porém não queria me iludir criar esperança onde a última frase foi “ eu gosto de outra mulher ainda que ela seja casada” Como lutar contra isso? Não tinha como lidar e até mesmo lutar contra o que estava acontecendo naquele momento, o jeito era ver onde isso iria parar se é que fosse parar em algum lugar, talvez eu estava vendo coisa onde que não tinha. Foi um simples gesto mais que me deixou muito feliz.         No dia seguinte quando nos encontramos agi normalmente o Guto também não deu nenhum sinal que queria tocar no assunto então fiquei na minha. Anoite ele me chamou para sair. --- Cris estava pensando em ir comer alguma coisa está afim? --- Está pensando em ir a onde? --- em qualquer lugar só quero bater papo hoje. --- mas está tudo bem? --- sim estou bem só quero  jogar conversa fora mesmo. --- beleza vamos sim.  Saímos e realmente foi um momento bem agradável conversamos de várias coisas rimos, mas em nenhum momento tocamos no ocorrido do dia anterior. Já no carro voltando para casa o Guto diz. --- nossa estou com vontade de tomar sorvete! --- você não está falando sério está? --- Logico que eu estou você sabe como eu gosto de sorvete. --- Guto acabamos de comer e você quer tomar sorvete? --- qual é o problema? Vai me dizer que você não tomaria um sorvete de prestígio? --- logico que eu tomo, mas... --- Não tem mais Cris vamos e pronto.  Desviamos o caminho e fomos para o mercado compramos o sorvete e duas colheres porque ele queria comer no pote, chegamos no estacionamento antes dele abrir a porta o Guto me fez uma pergunta --- Cris está tudo bem? --- Sim. Porque? --- Porque você não tocou no assunto de ontem. --- não tinha o que falar, não teve nada demais, porque eu tinha que pensar ou falar alguma coisa? --- Não! Claro que não. Só perguntei porquê... --- Porque?  Fala Guto.  --- por nada. – -- então é isso vamos embora.  --- vamos sim. Caminhamos para carro, passai a mão pelo pescoço demostrando um ar de cansada, e mais uma vez o Guto pergunta se está tudo bem, disse sim só estava um pouco cansada e realmente era verdade, ficar perto do Guto era uma maratona infinita de emoções e sentimos diferentes e eu estava tensa exausta daquilo precisava dar um jeito naquela situação. Pensei em me afastar por um tempo talvez isso ajudaria. --- Cris, Cris está ouvindo o que eu estou falando. --- o que foi Guto? Estou te ouvindo --- não parece estou te chamando e você não responde --- fala o que você quer --- disse que estava tensa --- sim estou mesmo --- vem aqui que eu vou te fazer uma massagem --- Que! Massagem? --- sim você disse que estava com dor nas costas uma massagem é sempre bom. --- não Guto não precisa, nesse momento só preciso ir para casa e deitar um pouco, mas obrigada mesmo assim. --- para de ser chata vem aqui. Nesse momento ele me puxa pelo braço colocou o sorvete no teto do carro, se posiciona atrás de mim e começou a fazer a massagem, existia uma certa distância entre nós, mas mesmo com essa distância parecia que ele estava colado em mim eu sentia um calor subir pelas minhas costas, quando as mãos dele tocaram meu ombro parecia que estava em brasa porque sentia meu corpo queimar fechei os olhos para curti aquela sensação era uma simples massagem, mas era algo inexplicável, comecei a dar alguns passo para traz, senti minhas costas no peito do Guto. Ele chegou no meu ouvido e disse. --- relaxa você está muito tensa dessa forma não tem como a massagem fazer efeito. Sua voz era música para meus ouvidos, relaxei os ombros e nossa a sensação foi ainda melhor. Sentir quando a boca do Guto encostou no meu pescoço eu quase entrei em êxtase, o que estava acontecendo ali? No estacionamento de um supermercado? Uma simples massagem poderia causar tanta sensações e emoções ao mesmo tempo? Qual era a visão aquela cena aos olhos das pessoas que passava naquela local? As pessoas iriam ver apenas um cara fazendo uma massagem no ombro de uma mulher, talvez achassem que fosse um casal ou não, mas na minha cabeça eu achava que estávamos quase nus apesar de eu saber que o estacionamento estava praticamente vazio, eu sabia que aquilo era errado e ainda assim estava tão bom. Estava me sentindo como se estivesse flutuando, Guto passa a mão pela minha cintura e me abraça e agora estou realmente colada no peito dele, e mais uma vez ele sobe as mãos e passa pela minha nuca e desce pela as costas, minhas mãos estava imóvel porem meu corpo respondia completamente aqueles toques, mas justamente nesse momento uma vozinha no fundo da minha mente dizia “Ele não gosta de você, ele gosta de outra ainda que seja casada. ”  Me afastei dele. --- Guto para com isso. --- o que foi? --- Não foi nada, vamos embora. --- está tudo bem? --- sim! Está tudo bem. Capitulo sete
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